2 de julho de 2013

A noite todos os gatos são parvos


Na noite as pessoas transformam-se. Deixamos de ser bestas semi civilizadas para passarmos a ser só bestas. 

Talvez nas discotecas esqueçamos o quão fria se tornou a espécie humana, tão desapegada do tacto e do contacto com os outros. Talvez na discoteca se recupere algum do espírito de união e despreocupação com o futuro, pensando-se apenas no presente imediato e no prazer de estar e ver, sem pensar. Talvez seja uma forma de dizer "estamos aqui e estamos vivos", sem deixar que nos deitem abaixo com notícias da crise. Talvez seja por isto tudo que vamos a discotecas ou talvez seja para ver mamas e rabos e papar gajas e gajos. Pimbas enganei-vos bem, pensavam que isto ia ficar um texto poético e bonito não era? Bardamerda pah, se querem isso vão ler blogues sérios!

As discotecas são o equivalente das danças tribais de acasalamento. Vestimentas a rigor e pinturas faciais tudo para atrair o parceiro certo. É ver tudo a exibir-se, quais pavões abanando o que Deus lhe deu, e muitas vezes o que que acrescentaram à posteriori.
Já repararam que nos transportes públicos as pessoas não toleram a proximidade como nas discotecas? Será que pondo um bar e música dentro das carruagens do metro o pessoal já se roça sem problemas? Deixo no ar...

Claro que há muita (alguma vá) gente que vai apenas para se divertir. Claro que sim. Mas a grande maioria vai para se exibir ou para ser cortejado.
Se houvesse um estudo de mercado de certeza que uma percentagem altíssima das mulheres diria que apenas vão a discotecas para dançar com as amigas e que até é incomodativo estarem sempre a ser abordadas e olhadas como bocados de carne. Para essas deixo uma ideia de negócio: discotecas exclusivas para mulheres! Com a quantidade de mulheres que afirma isso, seria um sucesso garantido! Mas não existe nenhuma porquê? Serei eu um visionário ou serão muitas mulheres hipócritas? Qualquer que seja a hipótese eu saio a ganhar.

"Olá boa noite, quem tem pipi não paga, quem tem pilinha são 10€ por favor" - Diz o belo espécime da raça humana que quase sempre prima pela delicadeza no trato e inteligência nas palavras, que se encontra à porta da discoteca. "Ai a igualdade e não sei que!" Era unirmos-nos e irmos para as ruas queimar os nossos trousses e pedir igualdade!

Os homens medem o tamanho do seu membro através da quantidade de álcool que conseguem ingerir sem virar o barco. Sempre foi assim desde que se descobriu o álcool  Um ritual antigo mas que continua a impressionar muitas possíveis parceiras. Eu cá para mim o gajo que não bebe é que ganha, não só poupa dinheiro como consegue continuar a destingir as beldades dos camafeus, que com o barulho das luzes, álcool no sangue, maquilhagem, soutiens e calças almofadadas é cada vez mais uma tarefa hercúlea.

Não há encadeamento lógico entre os parágrafos eu sei. 





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