26 de junho de 2019

Marcha de Orgulho Heterossexual



Dia 21 de Setembro haverá uma Marcha do Orgulho Heterossexual. Acho bem, fazia falta algo para celebrar a heterossexualidade e lutar contra o preconceito e discriminação que nós, todos os heterossexuais, sofremos diariamente. Lembro-me quando, por volta dos 15 anos, me assumi como heterossexual aos meus pais. Foi muito complicado eles aceitarem, especialmente porque tinham medo do meu futuro e do sofrimento que este me poderia trazer. Lembro-me de dizerem, a chorar "Ainda por cima tu queres ir para informática e és heterossexual? Nem há gajas em informática e as que há têm bigode e fazem lembrar homens... ainda se fosses bi! Agora assim vais acabar sozinho?". Foi difícil para eles, especialmente para a minha mãe, que sempre sonhou em ter um genro gay que a ajudasse na decoração para a casa e fosse às compras com ela. Assim, teria uma nora e todos sabemos que as mulheres de hoje já não são prendadas como as de antigamente e que eu teria de cozinhar todos os dias. Lembro-me de os meus pais me dizerem que era uma fase, que eu estava confuso e que era uma moda influenciada pelos filmes e histórias da Disney em que há sempre um casal heterossexual. Não foi uma fase, ainda hoje aprecio pipi, apenas e só.

Ser heterossexual sempre foi complicado e as pessoas não sabem pelo que nós, especialmente os homens heterossexuais passamos. Primeiro, temos de aturar mulheres como parceiras e companheiras de casa, ter o ralo da banheira sempre entupido de cabelos e, pior, depois do sexo temos de conversar. Os gays têm a vida facilitada: se forem homens, querem é despachar, vir-se e ir jogar Playstation ou cantar Mariah Carey no Sing Star; se forem mulheres querem as duas ficar a conversar. A discriminação de ser um homem heterossexual começa logo na adolescência e nas relações amorosas: lembro-me de estar interessado em alguém do sexo oposto e sentir a pressão de ser eu a tomar a iniciativa para ir falar com ela; nos gays não há esse problema, já que qualquer um pode dar o primeiro passo por estarem em pé de igualdade genital. Também nos restaurantes os homens heterossexuais são discriminados, tanto aquando da prova do vinho como quando o empregado traz a conta. Partem do princípio que, por sermos o homem do casal, temos de ser nós a provar o vinho e lá temos de fazer aquela triste figura de fingir que entendemos de taninos e robustez de sumo de uva. Com os casais homossexuais tal não acontece e o empregado serve o vinho a quem calhar ou àquele que parecer menos rabicho.

A esta discriminação junta-se o assédio de que os heterossexuais são alvo todos os dias. A imposição violenta da homossexualidade a todos nós é um flagelo desta sociedade progressista. Quantas vezes não estamos no multibanco a levantar dinheiro e um gay se posiciona atrás de nós, encosta-se e pensamos que é um assalto, mas não: é uma violação. Começa a fazer amor com o nosso rabo e acabamos por nos enganar a meter o PIN, várias vezes, e ficamos com o cartão bloqueado. É uma situação bastante aborrecida. Nas praias também sentimos essa imposição da homossexualidade de cada vez que, especialmente em dias de muito calor, vem um grupo de gays e faz um arrastão de picha. Um magote de gays, em sunga e com corpos oleosos, varre o areal e viola toda a gente a chapadas de pila. É terrível porque no fim um gajo já não sabe o que é protector solar e o que não é.

Por tudo isto e muito mais, faz todo o sentido haver uma marcha de orgulho heterossexual! Este é o cartaz do evento de Facebook que está a convocar a marcha hétero.

É horrível, não é? Pois, sabem porquê? Porque não têm um designer gay com bom gosto. Até nisto os heterossexuais sofrem, na falta de tacto para conjugar cores e escolher bons tipos de letra. Ficámos presos no tempo do Paint e do Word Art, enquanto os gays evoluíram mais rápido para o Photoshop porque gostaram do nome do programa por lhes fazer lembrar compras.

Deixo algumas sugestões de actividades para a marcha de orgulho heterossexual. Em vez de músicas como YMCA, passar músicas românticas com letra de amor heterossexual dos Queen e do George Michael, especialmente da altura que tinham bigode. Em vez de drag queens, devemos ir todos vestidos de polícias e pedreiros, profissões másculas, mas temos de ir mal vestidos e sem estilo nenhum para celebrar a heterossexualidade! Outra coisa importante é levar algumas crianças para abandonar à porta de orfanatos.

Com a adopção de crianças por parte de casais do mesmo sexo, é importante repor o stock de crianças abandonadas por heterossexuais para mostrarmos o valor da família tradicional!

Como é que eu agora termino com este discurso irónico e falo mais a sério sem quebrar a genialidade do texto? Já sei, faço um parágrafo a dizer que vou mudar o tom a partir de agora e passar para um registo mais sério. Pronto, já está.

Marcha de Orgulho Heterossexual é uma palhaçada, foda-se. “Se há orgulho gay porque não há orgulho hétero?”, perguntarão alguns. Eu explico, meus pequenotes. Ter orgulho em ser gay é tão parvo como ter orgulho em ser hétero, sim, já que não é uma escolha e ter orgulho em coisas que não dependem do nosso esforço ou dedicação não faz sentido. Ter orgulho em enfrentar o preconceito e ter a coragem de viver como queremos viver, isso, sim, já faz sentido. Ter orgulho em todos aqueles que lutaram contra a discriminação e o estigma, sim. Perceberam? Ter orgulho em gostar de chupar pilas, é parvo, mas ter orgulho em saber chupar bem uma pila, aí sim, já é válido, tal como eu tenho muito orgulho em ser um mestre no que faço. A questão é tão simples que me sinto sujo em ter de a explicar, mas a verdade é que assumir a homossexualidade ainda é, muitas vezes, lutar contra algo. Assumir a heterossexualidade não é nada até porque ninguém precisa de a assumir, pois todos partimos do princípio que alguém é heterossexual a não ser que seja uma mulher com cabelo curto que conduza camiões ou um gajo de perninhas fininhas que use pochetes. Nesse caso assumimos que são gays. Preconceito? Sim, mas preconceito quase sempre certeiro.

Haver uma marcha heterossexual é o mesmo que haver uma marcha de orgulho organismo multicelular só para ver as amebas todas fodidas a refilar.

Agora, acalmem lá é a patareca lésbica e a pila que gosta de rabo de homem que a sigla está a ficar muito grande. LGBT está bom, fica no ouvido. LGBTQIAPK+? Andamos a brincar? É uma serial key para crackar o Office? Ficamos com LGBT+, pode ser? Embora me traga traumas por me fazer lembrar os meus tempos de informático em que C++ era um pesadelo. Os apontadores eram uma merda, embora em LGBT+ também existam apontadores em caso de orgia de homens, havendo sempre um que serve para apontar. Bem, já chega de piadas nerds.

Dito isto, as marchas gays têm todo o meu apoio, podem ser exuberantes com gajos com plumas e lanternas enfiadas no rabo a dizer que são pirilampos. Por mim, tudo bem, transexuais, intersexo e tudo isso, não tenho nada a ver com o assunto. Identificas-te com um estegossauro e metes 7 pilas ao longo da coluna vertebral, alinhadas com os chakras, e dizes que és um estegossauro de pichas? Estás no teu direito, não tenho nada a ver com isso, mas não fiquem chocados por haver pessoas chocadas, até porque muitos se vestem assim para chocar. É normal, há pessoas mais conservadoras que vão achar aquilo uma palhaçada. Meter a pila num ninho de vespas e depois dizer que as vespas picam não vale de protesto porque toda a gente sabe que as vespas picam. Sim, as vespas deviam ter mais tolerância, mas sabemos que não têm, é preciso educar ou esperar que morram.

Mas bem, é por tudo isto que faz sentido haver uma marcha gay e não uma marcha heterossexual. Primeiro, porque marchar é um bocado maricas, depois porque houve e ainda há, em muitos países, verdadeira discriminação contra a homossexualidade - dá pena de morte em muitos casos - e, que eu saiba, meter pilinha no pipi só dá morte se a dona do pipi for casada com um gajo que tem uma arma. A marcha de orgulho gay não deve ser encarada como “Eles acham que os gays são melhores!”. Claro que haverá lá gays palermas que pensam assim e querem chamar à atenção para o seu novo corte de cabelo, mas a premissa e origem é muito mais profunda do que a futilidade aparente do evento e não é preciso ser muito inteligente para perceber isso.
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11 de junho de 2019

Dúvidas sexuais e sentimentais respondidas pelo Doutor G



O Verão está aí à porta e, com ele, chega a época de maior prática e funaná pelado. Como tal, o Doutor G tem sido inundado com dúvidas e, por isso, vamos sem demoras dar início a mais um "Doutor G explica como se faz".


Bom Dia Sr. G, estou saindo com uma ex garota de programa, não a conheci na ex-profissão, mas vou direto ao ponto: ela tem uma enorme experiência e eu no caso não tenho nem uma, e isso me assusta um pouco, como posso lidar com a situação? 
Anónimo, 21, Rio de Janeiro 

Doutor G: Caro Anónimo, você está sendo muito coninhas, ou, aliás, bucetinhas. Se tu não tens experiência e ela tem muita, encara essa relação como uma formação/workshop gratuito. A maioria dos homens tem de pagar e tu tiveste direito a um giveaway de surra de bunda. Pergunta-lhe se tem o CAP de formadora que é para no fim teres direito a um certificado para poderes meter no CV. Tens de ver pelo lado positivo, se ela era garota de programa e está contigo de borla é porque gosta mesmo de ti, ou então és rico e estás a pagar os jantares todos e as férias e, afinal, ela ainda é garota de programa, mas sem carteira profissional. Outro ponto positivo é que se ela era garota de programa, provavelmente já esteve com gajos muito piores do que tu que só conseguiam sexo a pagar. Sim, também teve com outros muito melhores, mas o que interessa é que provavelmente não és o pior e sempre tens tempo para aprender.


Boa noite, acabei com a minha ex a uns 6 meses. Claro passei por aqueles momentos de desgosto e de não querer saber dela. Ela veio falar comigo a 3 semanas atrás e temos vindo a falar e tem vindo a cima os sentimentos. Nos acabamos porque não tínhamos nada em comum e era só funana pelado. Uma pessoa tem que procurar o bom de dois mundos, tanto o sexo como o intelectual. Não sei o que fazer, dar uma tentativa e possa ser desta ou deixar onde esta e ir a procurar de outras damas.

Anónimo, 23, Porto 

Doutor G: Caro Anónimo, apetece-me dar-te duas chapadas à padrasto devido aos erros a conjugar o verbo haver, mas é uma guerra que o Doutor G admite já ter perdido. É a vida, temos de saber quando desistir. Por isso, vou só dar-te chapadas à padrasto por outro motivo: voltar para o ex é comer comida com bolor e nem estou a falar de queijo que dizem que fica melhor. Se há 6 meses não tinham nada em comum achas que agora vão ter? Um semestre não chega para uma pessoa mudar muito a não ser que seja em Erasmus em Amesterdão e tomar cogumelos mágicos e descobrir que, afinal ,a vida não faz sentido e ficar lá a viver numa quinta ocupada por punks anti-capitalismo que fazem fila para comprar o novo iPhone. No fundo, esses sentimentos que sentes a vir ao de cima são as saudades de te vires em cima dela. Sou um romântico, eu sei. Agora, tu é que sabes quais eram as incompatibilidades e se achas que podem ser ultrapassadas. Faz assim, quanto estiveres com vontade de estar com ela, toca um solo de oboé e se, no fim, ainda tiveres vontade de a ver, pode ser amor, caso contrário era só vontade de voltar a um pipi onde já foste feliz.


Olá Doutor G, ao final do primeiro mês de namoro ele já falava em vivermos juntos e ter filhos. Disse-lhe para irmos com calma e construirmos algo sólido. Tudo corria às mil maravilhas e já fazíamos planos para daqui a uns anos quando o comportamento dele muda por completo. Quando lhe apetecia estar comigo agia como se nada se tivesse passado, mas no resto do tempo era como se eu não existisse. Para ele estava tudo bem em manter as coisas assim, embora eu notasse que ele parecia fazer de tudo para que eu terminasse o namoro e para me afastar da vida dele. Cansei-me e disse-lhe que não tinha feitio para ser a amiga colorida e que ele não tinha tomates, preferindo faltar-me ao respeito. Ele não negou e, mesmo assim, tentou que fosse eu a terminar passando essa responsabilidade para mim. Eu pu-lo no lugar e disse-lhe para ele ser homem por uma vez na vida e ele lá acabou por dizer que era melhor terminarmos porque não tinha respostas para mim e que para ele estava tudo bem. Terminarmos foi o melhor que podia ter acontecido, mas eu não entendo qual é o gajo que diz à namorada que quer fazer planos e ter filhos e depois quer transforma-la numa amiga colorida. Qual é a lógica deste comportamento? O gajo é parvo ou faz-se?
Anónima, 26, Lisboa

Doutor G: Cara Anónima, ora bem, a resposta é simples: ele no início estava apaixonado por ti e foi perdendo o encanto. Isso ou fazia-te juras de amor eterno só para ter direito a sexo anal, é uma técnica ancestral utilizada até por padres que juram amor eterno a Deus e depois usam o rabo de crianças como estojo para o pénis. Sou um génio das metáforas, obrigado. Bem, no entanto, e se me permites, podemos também estar perante um quadro de "namorada needy ninja cinturão negro mastershit". Repara: pelos vistos, tu é que não estavas satisfeita com a situação, mas ele dizia que estava tudo bem. No entanto, achavas que a responsabilidade de acabar era dele? Quem está mal é que se tem de mudar e se não estavas a sentir-te respeitada, esperas que ele acabe em vez de seres tu a dar-lhe um chuto no cu? Não me digas que és daquelas mulheres que no restaurante diz sempre "tanto faz, escolhe tu", não há nada pior que pessoas sem iniciativa, especialmente quando essa iniciativa é para seu próprio proveito. Ele foi com tudo no início e tu disseste para ele ir com calma, e ele foi, mas com calma a mais para o teu gosto. Resumindo, ele pode ser um cabrão, sim, pode ter arranjado outra entretanto, ok, mas pode simplesmente ter deixado de ver um futuro contigo no horizonte e isso pode ser por muitas coisas e uma delas é por lhe teres chateado tanto a cabeça. Ponto positivo: não deixou de gostar de ti porque o sexo era mau, caso contrário não te tinha mantido como amiga colorida. É sair da relação de peito erguido que ainda és nova e isso não descai tanto.


Caro Dr. G, vou ser direto: adoro lamber o ânus da minha namorada. Quando estou-lhe a fazer sexo oral gosto também de lhe lamber o ânus. É normal? É um caso clínico recorrente? As mulheres tendem a gostar? Pergunto isto porque quando pergunto a minha namorada ela diz que não sabe muito bem se gosta ou não, que é estranho. É de notar que apenas o faço ao fim de um banho, por razões óbvias.
Anónimo, 29, Lisboa 

Doutor G: Caro Anónimo, ainda há pouco tive essa conversa com outros membros do sexo masculino. Um deles gostava dessa prática, o outro dizia que era nojento. O Doutor G aprecia bastante e recomenda a prática, desde que feita com higiene, obviamente. É até uma falta de respeito não o fazer, repara: aquando do cunilingus o ânus está ali a escassos centímetros de distância e seria até, indelicado, não o cumprimentar. Se vais subir ao primeiro andar e encontras um vizinho no rés-do-chão não lhe dizes olá e dás, se ele quiser, dois dedos de conversa? Ora bem, no sexo é igual. O ânus tem terminações nervosas e pode ser usado como fonte de prazer, tanto para mulheres como para homens, sejam heterossexuais ou não. As mulheres tendem a gostar, dizem até que é uma nova tendência na sexualidade dos mais novos, mas cada caso é um caso e é ir vendo, se ela diz que não desgosta, estás num bom caminho. Coisas a ter em conta:

  1. Se ela faz a depilação genital, mas deixa um tufo no rabo, significa que não há cá brincadeiras naquela zona. Se ela deixa uma espécie de rabo de esquilo é porque para ela aquilo é terreno baldio onde nada deve ser plantado.
  2. O Doutor G, apesar de ser um javardo, sente uma responsabilidade que veio com tamanho poder: o sexo oral no ânus pode transmitir DSTs e outras bactérias, por isso vejam lá isso. Vou dizer para não fazerem porque vocês vão fazer na mesma, por isso, ao menos lavem-se bem e se virem um alto não é brinde do bolo-rei, é hemorróida ou cancro do cu.
Caro Doutor G. uma amiga minha, que vou intitular de Alzira, pediu-me ajuda mas eu achei que o Doutor era a pessoa mais indicada. Ela é casada, mas recentemente, verificou que o seu médico de família passou a ser um jovem doutor. Está bom de ver que passou a ser hipocondríaca e passou a contrair tudo o que era viroses. Depois de inúmeras idas ao centro de saúde e muitas horas de conversas, a Alzira verificou que havia uma certa empatia e um crescente clima entre eles. Ele discretamente vai dando sinais e ela já só fantasia com ele a fazer-lhe um exame completo ao pipi na marquesa do consultório. Mas isto já dura há meses (e aproximadamente 50 idas ao consultório), e ele não avança. As dúvidas da Alzira são as seguintes:
  1. Será que ele nunca vai avançar devido ao código deontológico que o rege?
  2. Será que ele tem medo de avançar por ter medo que ela faça queixa caso o desfecho seja insatisfatório?
  3. Será que ele não avança por ela ser casada?
  4. Como deixá-lo antever que ela está aberta a pular a cerca com ele (mas sem ser óbvio demais para o caso de estar a interpretar o comportamento dele mal e levar a tampa do século)?
Por favor, Doutor G., ajude esta minha amiga.
Uma amiga preocupada, 30, Porto

Doutor G: Cara Alzira, quer dizer, amiga da Alzira, assim é que é, enganei-me, o meu primeiro conselho é que a tua amiga peça o divórcio. Depois, quem me dera ter um médico de família assim, não que quisesse que me auscultasse o rabo, mas um que atenda assim tão rapidamente e que seja empenhado no seu trabalho. A minha médica de família demora duas horas a escrever no computador e não sabe coisas tão simples como o número de cigarros que um maço tem, além de ter de ser aqui o Doutor G a alertá-la para valores que podem estar mal nas análises. No fundo, a minha médica de família é uma espécie de Google, mas que passa análises e exames. Estará extinta em menos de dez anos quando a inteligência artificial fizer melhor o trabalho dela que, pelos vistos, foi para o curso por prestígio e não por vocação, ao contrário do Doutor G que está aqui a dar consultas de borla e se preocupa, de facto, com os seus pacientes. Bem, depois deste desabafo, vamos ao que interessa e às tuas dúvidas... da Alzira, perdão:
  1. Duvido que ele avance, mas se ela avançar duvido que ele se lembre do juramento de Hipócrates.
  2. Vivemos tempos em que dizer "bom dia" pode ser considerado assédio, por isso imagina um médico dizer "bom dia, agora dispa-se para eu lhe fazer um esfreganço cervicovaginal com esta espátula de chicha.". Pode ser perigoso e se o médico é novo, ainda pode não conhecer bem os médicos chefes para o encobrirem depois de fazer merda.
  3. Ela que apareça sem aliança a ver se há alguma mudança no comportamento dele. Se ele der conta e, por acaso, referir esse facto, é porque está interessado e tu... a tua amiga, pode dizer "Olhe, se calhar perdi em algum lado onde ando sempre a meter os dedos a pensar em si, veja lá, doutor". Se eu não sou um génio, não sei quem será.
  4. Aqui o ónus está do lado da Alzira. Ele está em ambiente profissional e, por isso, se ela quer que ele lhe meta outra coisa na boca e lhe peça que diga "Ahhh", tem de ser ela a ir directa ao assunto. Não pode ser discretamente, tem de arriscar a tampa e ter de mudar de médico de família. A vida é assim, feita de escolhas.
Vá, boa sorte para ti... para a tua amiga Alzira.


Caro Dr. G, namoro há 4 anos com uma sujeita e até hoje não tenho razões de queixa, apenas acontece uma coisa que não me agrada: Sempre que fazemos sexo, eu primo por ser ela a primeira a vir-se e só depois chega o meu momento. Acontece que quando ela vem-se fica muito "aterrada" e, apesar de continuarmos para eu me vir, ela já quase não quer trocar de posição e basicamente parece que estou a fazer sexo com uma boneca. Já falei com ela sobre este assunto e ela já tem melhorado neste aspecto, contudo gostaria de saber a sua opinião e se tem algumas dicas para dar a volta a esta situação.
Anónimo, 24, Portugal Continental


Doutor G: Caro Anónimo, desde já deixa-me dar-te os parabéns por duas coisas: primeiro, por saberes conjugar o verbo haver; depois, por seguires os ensinamentos do Doutor G e te empenhares em fazeres questão que a tua namorada atinja o clímax. O prazer delas deve estar sempre em primeiro lugar, não porque elas mereçam, mas porque se andarem satisfeitas sexualmente ficam menos chatas. Bem, o orgasmo feminino pode ser muito poderoso e o facto de ela ficar "aterrada" só pode abonar em teu favor. Tens de lhe dar um tempo, faz uma pausa para ir comer ou ver um episódio de uma série e depois ela que trate de ti com o mesmo empenho com que tratas dela. Se ela recusar, bem, já sabes o que sente a maioria das mulheres que fica a meio porque o homem se vem sem se preocupar com elas e a seguir vira-se para o lado e dorme.


Acho que foi uma boa consulta, concordam? Gostaram muito? Pronto, então pensem nisso ao ver as últimas datas do meu espectáculo a solo e respectivo link para comprar bilhetes.

15 de Junho - Viana do Castelo - Clica aqui para bilhetes

21 de Junho - Porto - Clica aqui para bilhetes
20 de Julho - Barcelona - Clica aqui para bilhetes

E é isto. Façam o favor de continuar a fazer chegar as vossas dúvidas para a caixa de correio electrónico do Doutor G: porfalarnoutracoisa@gmail.com.
Obrigado e, como sempre: 

Façam amor à bruta porque de guerras o mundo já está cheio.

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