30 de junho de 2015

Sexo submisso, fetiche com o chefe e banco de suplentes



Vamos a mais uma rubrica: "Doutor G explica como se faz". Talvez seja de ter começado o Verão, esta semana houve uma enchente de emails com dúvidas, pelo que não irei responder a todas. Fiz por ordem de chegada, por isso, as que não figuram aqui, serão respondidas para a semana. Tenho que contratar uma assistente...



Oi Doc, tenho apenas uma pergunta simples, ou não... Namorei com um rapaz durante cerca de 3 anos, até que não deu mais acabou tudo... Mas bem, durante esses 3 anos, a nossa vida sexual era bastante ativa, com muitas loucuras, e maluqueiras das boas!!! Ele era consideravelmente bem dotado e funcionava muito bem com os dedos, o melhor dele eram mesmo os dedos, porque tinha alturas em que o bichinho dele me magoava bastante. Mas, por muitos orgasmos que ele me desse, eu nunca consegui dar um orgasmo ao gajo. Simplesmente quando estava quase lá, entrava em pânico ou algo assim e parava por completo. Ele nunca reclamou, até porque eu arranjava sempre umas maneiras giras de o compensar... A minha pergunta é, será que me consegues explicar porque isto acontecia???
Rafa Lima, 22, Lisboa

Doutor G: Cara Rafa, não consegui perceber se eras tu que entravas em pânico, ou ele. Pela frase parece-me que era ele, o que é ainda mais estranho. Nunca conheci um caso de um homem que entrasse em pânico imediatamente antes do orgasmo. Conheço alguns casos em que entravam em pânico depois, quando passava a bebedeira e olhavam para a cara da rapariga. Não percebo também quais eram essas maneiras giras de o compensares, já que um homem quando não se vem, mais vale não ter feito sexo. Aliás, quanto melhor é o sexo, mais frustrante é, quando não se atinge o orgasmo, pelo menos para os homens. Era não largares o bicho e dares uma de piston humano até ele se vir e perder as finezas. Podias fazer também, como se faz aos putos, para comerem a sopa toda: "Aposto contigo que faltam 1000 bombadas". Ele, imaturo, como todos os homens são, vai querer ter razão e dizer "Não faltam nada, aposto contigo que são só 56.". Depois é ver quem tem razão. Caso eu tenha percebido mal e fosses tu quem entrava em pânico, o que acontecia é que és uma egoísta. É isso.


Bom dia ilustríssimo Doutor G! Conheço uma rapariga que estaria a mentir se dissesse que me deixa indiferente quando nos cruzamos na rua, claro que não abona ao facto ela ser gira, ser interessante, possuirmos alguns gostos em comum e a minha vontade de a possuir (no sentido greco-romano sob os lençóis e tal como viemos ao mundo claro está) ser obviamente de somenos importância. No que às conversas diz respeito, fluíam aprazivelmente até que, numa dessas conversas no facebook, eu a convidei para um café, desde esse momento ela começou a responder com mais demora e eventualmente quem entabulava conversa era exclusivamente eu. Para complicar a questão, parece que por desígnio universal nos cruzamos em momentos chave (mas isso não irei desenvolver agora...). Bem sei que vai dizer que o melhor é seguir em frente... Deixe-me dizer-lhe antes de mais que estou inteiramente de acordo consigo e é precisamente esse o meu objectivo e a razão do meu apelo ao seu vasto conhecimento e sabedoria. No mero reino conjectural eu e um amigo meu, que é homossexual, ambos solteiros há mais tempo do que gostaríamos, falámos da possibilidade de sairmos os dois à noite, irmos a um estabelecimento de divertimento nocturno, vulgo bar, denominado como friendly e em equipa tentarmos a nossa sorte, obviamente eu com as amigas e ele com os amigos (e obviamente, cada par seguiria depois o seu caminho: "amigos, amigos... negócios à parte"). Parece-lhe um plano de todo exequível? Se sim, alguma dica para iniciar conversa? 
Anónimo, 29, Guimarães

Doutor G: Caro Anónimo, essa rapariga com quem falavas, das duas uma: ou só queria ver se estavas interessado, não tendo intenção de levar as coisas para a frente e, mal percebeu o teu interesse, desligou; ou apareceu outro macho a fazer-lhe a corte que ela preferiu. É assim a vida, acontece aos melhores. Como tal, é, e como tu bem dizes, seguir em frente. Relativamente à segunda parte da questão, acho que sim, que deves ir a esse arraial de morcela. Eu já entrei uma vez num bar desses, fui atendido que foi um instante e ainda me pediram desculpa e abriram espaço para eu passar, sempre com um sorriso na cara. Para não falar de que há sempre perfume no ar, que os gays não saem de casa sem estarem nos trinques. As formas de abordar mulheres nesses espaços são sempre complicadas, já que, para estarem ali, ou apreciam carpete, ou não estão para aturar gajos na noite a fazer-lhes a corte, caso contrário iriam para uma discoteca normal. No entanto, pode ser a altura perfeita por isso mesmo, porque têm a guarda em baixo. Sugiro uma abordagem eloquente: "Aposto que sou o único gajo aqui que não tem um interesse em comum contigo". Ela perguntará "O quê?" e tu, todo airoso, respondes: "Pila. Só gosto da minha.".


Prezado Dr, G, vamos ao que interessa: o meu prazer em ser submissa! Adoro submeter-me aos homens com quem estou. Agora, estou  com um fixo há cerca de ano e meio. Gosto de ser o objeto do seu prazer mais animalesco e da sua fúria mais desumana. Gosto. Palavra de que gosto! É AGORA: E  gosto – ahh como gosto ![espasmo] que o meu namorado me dê o beijo negro! Dr. G. é o melhor do mundo!!! Negro, húmido, gelatinoso, suave e forte ao mesmo tempo e tão profundamente profundo – permita-me o pleonasmo. Venho-me em três tempos. Mas tenho um problema. É que, como boa submissa que sou, gostava de poder retribuir o beijo negro ao meu namorado e (ainda) não consigo. Não consigo porque o gajo tem muitos pêlos no cú e por vezes aquilo está tudo encaracolado e cheio de bolinhas de bosta seca agarrada. Mete-me nojo. Já lhe pedi para depilar o ânus. Ia ajudar a resolver o meu problema, não acha? Até já lhe disse que o que dói é só a primeira vez, que as depiladoras são simpáticas e bem-parecidas. Mas não… recusa-se. O que fazer??? Como convencer um homem a depilar o ânus? Como contornar a questão? E veja que isto será para proveito do próprio!! Eu quero proporcionar-lhe o Beijo Negro, mas preciso de condições… Obrigada, Dr. G .por toda a eventual ajuda que me possa prestar. Afinal, também é homem e terá a sua perspetiva - masculina - sobre este assunto. 
Ana Maria Ramos , 31, Leça da Palmeira

Doutor G: Cara Ana, começo por te felicitar por, mesmo dando o teu nome completo, seres desprovida de preconceitos e falares abertamente de chavascal. Um reparo, no entanto, utiliza antes a expressão "botão de rosa" ao invés de "beijo negro". Beijo negro, pressupõe sujidade, enquanto que o botão de rosa é cheiroso e mais clarinho, como mandam as leis. Se o teu namorado quer que lhe afagues o ânus com a língua, terá que ser com as tuas regras. Ou ele se depila, ou não há nada para ninguém, já que acredito que lamber os sininhos de cocó que ficam por lá pendurados, quais lontrinhas bebés tarzans, presas nas lianas, seja de tirar a vontade a qualquer pessoa. Sugestões:

  1. Se ele não quer ir à depiladora, que faça a depilação em casa, com uma gillette, máquina de barbear ou mesmo com cera.
  2. Colocas um papel de celofane a tapar a sanita, metes na parte de cima Super Cola 3 e quando ele se for lá sentar, fica com tudo agarrado. Sim, é possível que descame o trombinhas mas, à partida, a questão dos pelos fica resolvida.
  3. Deixas tu crescer os pelos nessa zona e quando ele for, novamente, com a boca ao teu túnel de chocolate, incauto, tu dizes-lhe "Vá, lambe o meu rabo de esquilo agora, a ver se gostas". Pode ser que ele perceba que assim é nojento.

Caro Doutor G, há um certo rapaz que me desperta o interesse, e dava-me a entender que era mútuo, e como tal resolvi falar com ele. Acontece que falámos uma única vez e ele nunca mais me disse nada e eu entendi que ele não está para aí virado e pronto tudo bem. No entanto, cada vez que me vê fica com aquele olhar de cachorrinho abandonado, não sei se sabe bem do que falo. Agora a questão, ele está à espera que eu faça o trabalho todo ou só gosta de me "ter na mão"?

Anónima, 21, Lisboa

Doutor G: Cara Anónima, só há uma forma de saber. Os homens, por norma, não se fazem de difíceis, mas há alguns casos em que gostam de fazer esses jogos a ver do que é que a outra pessoa é capaz. Ele pode ter namorada, por exemplo, ou pode ser um xoninhas que não tem coragem para falar contigo. Convida-o para um café, depois de jantar, que é para ele perceber que vai haver funaná pelado e logo vês o que ele diz. Se ele disser que não vai dar, seja qual for a razão, é porque não está interessado. Podes sempre enviar fotos dos seios depois disso, a ver se o convences, mas já sabes, não mostres a cara.


Caro e excelentíssimo Dr.G, é o seguinte: Estou confuso, há uma rapariga que conheci que é uma deusa grega que provocou um sentimento por mim tal como Adamastor e Tetis (se bem que eu sou um Adamastor bem mais pequeno e belo). Conhecemos-nos num grupo de amigos e fui ganhando interesse por ela nas nossas saídas de grupo. Cheguei a falar com ela por facebook (e eu sou um tímido do caralho, mas já fui bem pior) mas as conversas eram sempre sobre trabalho, tentava ser engraçado mas ela sempre respondia com educação com "desculpa", "se faz favor" e "obrigada" e o assunto acabava por morrer logo. O meu sentido aranha dizia-me que ela não tinha nenhum interesse por mim. Na ultima vez que tive com ela, ela pareceu-me muito desastrada a minha abeira. Ria-se por tudo e por nada (se eu dissesse "parede" ela era capaz de se rir), imitava os meus gestos e posso dizer que tive um momento bem agradável. O meu sentido aranha começou a apontar para o interessada. Poucos dias depois, falei com ela por sms, tentei ser engraçadinho como costume e o que me pareceu ser uma conversa agradável acabou por morrer logo depois devido as respostas vagas dela. O meu sentido aranha acabou por desnortear completamente. Isto não significa que vou desistir já, até porque ela brilha demasiado. Mas Dr. G, o que você acha? Ela está a fazer-se de difícil ou algo do género ou eu é que sou um calhau do cabo das tormentas? Só não queria que aparecesse um Vasquinho da Gama e me fodesse.  
Anónimo, 23, Lisboa

Doutor G: Caro anónimo, as mulheres são peritas em enviar sinais errados, por isso, não precisas de te autoflagelar muito por não perceberes o que se está a passar. O que aconteceu foi o seguinte: ela primeiro tinha alguém em vista e por isso não te deu muita trela; depois deixou de ter alguém em vista e deu-te trela; depois passou a ter outra vez alguém e voltou ao mesmo. Isso, ou ela nunca teve interesse, e da vez que dizes que ela se ria de tudo o que dizias, estava drogada. Às vezes também acontece. Pode ter-se dado o caso de tu te teres afastado e ela ao ver-te quis outra vez que voltasses a aquecer o banco. Quando o fizeste, ela mandou-te para as reservas novamente. Há também a remota hipótese de ela ser tímida e estar tão apaixonada por ti que nem sabe o que dizer e prefere não se aproximar, para não se magoar. Como sempre, é convidá-la para sair e ver o que ela diz. Se der uma desculpa, seja ela qual for, é porque não quer dançar a morna com os corpos quentinhos.


Bom dia Dr. como tem passado? Sou casada e estou num novo emprego há coisa de 5 meses e aconteceu-me o cliché mais parvo e básico de todos os tempos: apaixonei-me pelo meu chefe directo... Não sei nem quando nem porquê, mas aconteceu! E tem sido complicado lidar com isto tanto a nível profissional como a nível familiar... Já tentei saber se haveria disponibilidade para mudar de departamento (talvez a distância ajudasse) mas a resposta foi negativa. Isto afecta o meu trabalho, como é óbvio, pois torna-se complicado fazê-lo sentindo-me ao mesmo tempo uma menina parvinha ao lado dele (tenho 31 anos, ele 46)...Tento ser o mais profissional possível mas acho que já se começa a notar...Em casa as coisas não andam melhores... Gosto do meu marido, no entanto ando sempre distraída (a pensar no outro) e ele mesmo diz que eu ando distante... Não quero magoar ninguém nem sair magoada disto, mas não sei como ou o que fazer para parar de pensar em quem não devo e concentrar-me apenas no meu trabalho. Pode-me ajudar Dr.?
Uma fã, 31, Lisboa

Doutor G: Cara fã, realmente é um cliché bastante ultrapassado. Só falta dizeres-me que és a secretária dele. Peço perdão, a técnica administrativa. Muitas mulheres tendem a sentir uma atracção por homens no poder, suspeito que sejas como a primeira leitora, que gosta de ser submissa na cama. Tenho várias soluções para o teu problema:

  1. Ficares quieta, porque provavelmente isso é passageiro e a tua relação vale mais. Para não falar da relação de trabalho, que poderia ficar prejudicada e, nos dias de hoje, mais vale não arriscar;
  2. Acabares a tua relação e mandares-te para cima do teu chefe e dizeres-lhe que lhe queres fazer uma retenção na fonte;
  3. Pedires para o teu chefe te pagar por sexo, já que, sendo efectuado no local de trabalho e a troco de dinheiro, acaba por não ser traição e ser apenas um acumular de funções;
  4. Fazeres sempre um trabalho exemplar, sem erros nem falhas, para que ele nunca te repreenda e ateie o teu fogo de ser ralhada e de levar uns tau taus dele. Esta opção, tem a vantagem de que, fazendo um bom trabalho, podes subir mais rápido e sentares-te na cadeira dele (sem ele lá sentado).

Dr. Eu e o meu namorado costumávamos a ter sexo do bom, e ultimamente a coisa ta fraca. Ele fala muito e só diz coisas de puto que ta a fuder a primeira vez, e isso torna-se desagradável, como por exemplo: "anda aqui para ao pé de mim fazermos umas coisas" ou "ai és tão boa que assim fica difícil" ... Não é nada o meu género, então acabo por evitar fazer seja o que for com ele. Tenho um rapaz que quer rebolar comigo á quase 2 anos e nunca tive nada com ele, mas já se começa a sentir vontadinha. Eu amo o meu namorado mas assim fica complicado.

Anónima, 23, Tondela

Doutor G: Cara Anónima, não percebo o que tem de mal essas coisas que ele diz. Já lhe disseste que não gostas? O primeiro passo é a comunicação, depois, sim, uma chapada. Quando ele começar com essas coisas, já que não gostas, senta-te na cara dele, para lhe abafar a voz. Simples. Agora não me digas que andas com vontade, quando o teu namorado, pelos vistos, faz questão de dizer que te deseja e que, por isso, já te estás a sentir tentada a fazer rugby nua com o outro. Tu queres é esfregar-te no outro e estás a arranjar desculpas, confessa lá.


Caríssimo Doutor G, depois de alguns treinos à experiência consegui entrar num plantel. Tenho saído do banco, pois o titular já tem alguns anos de casa.
No entanto, o titular está com problemas na renovação de contrato e já se fala de um corte total nas negociações. Como tal, aproveitei a oportunidade e tive aquele efeito Mantorras - entra, faz o gol e leva tudo à loucura. Felizmente para mim estou afastado de lesões o que me torna ainda mais valioso. E ao contrário do ex-número 9 do SL Benfica ainda não desenvolvi nenhum amor eterno pelo clube. Há, de facto, um carinho algo especial, mas nada do outro mundo. Como o meu contrato também não é garantido, de vez em quando vou treinar à experiência a outros sítios, porque nos devemos sempre lembrar que há várias possibilidades de escolha neste mundo. Visto que estou a começar a ganhar o meu lugar e a assumir um lugar de relevo onde estou, há que relembrar que estou a lutar por isso contra um jogador da casa, que pode ou não estar de saída. E a minha questão é, devo continuar a lutar pela titularidade onde estou ou procurar ganhar o meu espaço noutro local? 
A, 22, Coimbra

Doutor G: Caro A, tudo depende da liga onde joga esse clube. Se me disseres que joga na distrital, então talvez seja melhor continuar com os treinos de captação noutro local. Se me disseres que joga na Liga dos Campeões, então talvez seja de investir. Relembro apenas que, um clube que anda a sondar o mercado às escondidas, poderá ser um clube com pouca ética para se progredir na carreira. Salvo raras excepções, será sempre um clube trampolim para voos mais altos e nunca um clube pelo qual se deva enamorar, sob pena de nos sentarem no lugar do outro pobre coitado. Começou o Verão, a época de transferências vai abrir e, como sempre, estará ao rubro. Para já, não assinaria qualquer tipo de contrato, muito menos com cláusula de rescisão avultada. É continuar a treinar onde houver campo, neste caso pelado e não relvado. Mete os olheiros a trabalhar, que há sempre boas contratações a custo zero neste defeso.


Caro Dr. G, conheci um rapaz à cerca de 4/5 anos, através do Facebook, não temos nada em comum mas sinto que gosto demasiado dele (afinal um puzzle não se constrói com peças iguais), e como deve estar a imaginar já nos envolvemos sexualmente, mais propriamente, sempre que estamos juntos temos relações. Durante este tempo, tanto ele como eu, já tivemos (pelo menos) uma relação séria com outra pessoa, mas quando tudo acabou voltamos a falar. Chateamo-nos com regularidade e sempre que estamos demasiado tempo sem falar sentimos saudades um do outro. Mas nunca fui tomar um café com ele, nunca fomos jantar juntos, nunca fizemos nada juntos (a não ser aquilo que já referi a cima). Nunca estivemos juntos fora de casa. Conheço o grupo de amigos dele mas porque a cidade é pequena e andámos na mesma escola. Sempre que falo em termos algo mais sério ele diz que não se sente bem em relações mais sérias, ou o simples facto de irmos tomar café ele diz que isso nunca vai acontecer. O que eu concluo disto é que ele só me quer para levar para a cama, mas a questão é, Será que se fosse só para isso, ao fim deste tempo todo, ele já não me teria mandado para outro lado? Tento deixar de lhe falar mas não consigo, tento conhecer pessoas novas e entregar-me a novas relações mas não consigo, só penso nele apesar de não ser a relação dos meus sonhos. Será que sou eu que sou uma fraca ou ele é o maior cabrão de todos os tempos?
Anónima, 20, Aveiro

Doutor G: Cara Anónima, tudo depende do quão boa és na cama. Um homem não manda embora um bom partido sexual, passe o tempo que passar, só porque sim. Nunca sabemos quando aparece outro. Agora, permite-me que te dê na cabeça. Se ele diz que não quer uma relação séria, nem sequer quer tomar um café contigo, se ele tem essa honestidade e to diz na cara, como é que ele pode ser um cabrão? Ele colocou as cartas todas na mesa, tu é que estás à espera, iludida, que ele tenha um às de trunfo na manga, quando não tem. Ele não quer nada mais sério contigo, seja porque não quer prender-se, não gosta de ti o suficiente ou porque tem namorada. Sim, isso explicaria a impossibilidade de ir tomar um café contigo. Seja qual for a razão, se ele não quer, só tens que lhe agradecer a frontalidade e decidir: partes para outro, ou continuas a entregar-lhe o teu tesouro, sabendo que nunca vais ter o coração dele. Por tesouro, entenda-se pipi. Só para que não restem dúvidas.


Dr. G. Ando com um dilema em relação a uma miuda, conhecemo-nos a uns bons meses e sempre tivemos química, rolaram uns beijos na altura que nos conhece-mos mas nada de mais, ela tem problemas com a ex "basicamente nao a esquece e anda a chorar feita maria madalena pela miuda que já passou a outra a algum tempo" , tenho feito de tudo para mostrar que gosto dela, sempre fui direta com ela, mesmo quando lhe quero saltar a espinha, mas nota se que ela não tem interesse. O que faço? Amarro-a a uma cama ou deixo em paz?
ICP, 19, Porto

Doutor G: Cara ICP, finalmente uma dúvida de alguém que gosta de pessoas do mesmo sexo! Logo agora que toda a gente tem fotografias com arco-íris e essas mariquices! Parabéns a ti, já podes casar nos Estados Unidos! Em Portugal já podes há 5 anos, atenção, não te estou a mandar embora, feito Passos Coelho. Bem, confesso que estou em terrenos que não conheço bem, todo o meu conhecimento de relações lésbicas provêm de filmes marotos e nunca abordam a parte das ex-namoradas, só quando elas aparecem de repente no quarto e se juntam à festa. Nem se lavam nem nada, já estavam preparadas e tudo. Um mimo. Eu não sei quais são as regras da etiqueta nas relações lésbicas, pelo que me é complicado sugerir a melhor opção. Se fosses homem, dir-te-ia para não a amarrares à força numa cama. Como és mulher, até és capaz de te safar com isso, caso ela te acuse de violação. Os polícias vão certamente gostar dos detalhes para preencherem a queixa. 



Aproveito para dizer que, embora haja muitas dúvidas que têm introduções giras, especialmente as que dizem que eu sou espectacular, às vezes tenho que as encurtar e retirar essa parte, mas um muito obrigado! Apesar de haver dúvidas em lista de espera, não deixem enviar as vossas para porfalarnoutracoisa@gmail.com. 


Partilhem e façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.

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29 de junho de 2015

O dia em que a América saiu do armário




Podia começar por fazer um trocadilho e dizer que de hoje em diante teremos uma Ameri Cagay. Mas como isso era demasiado fácil, não o irei fazer. Pois é, parece que o Supremo Tribunal decretou a legalidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Caso não saibam, é por isso que metade dos vossos amigos no Facebook meteu a sua foto de perfil com um bonito arco-íris por cima. Aposto que pensavam que eles tinham todos saído do armário de repente, numa espécie de arrastão colorido ao som da Celine Dion, mas que em vez de ser para roubar a carteira do bolso de trás das calças, era só para passar com a mão por lá. 

Sabe-se agora que no fundo do arco-íris não está um duende com um pote de ouro, mas sim um anão transformista com um pochete cheia de purpurinas.

Obviamente que estou contente com esta medida, mas não consigo deixar de ficar triste com a raça humana, pelo facto de apenas em 2015, o pais mais poderoso do mundo ter tomado esta decisão. Depois do Nobel da Paz, o Obama consegue agora o Nobel da Pás-Pás. Outro trocadilho fácil, é segunda-feira. Ele e a sua comitiva estão mais ou menos assim:

Como seria de esperar, muita da população norte-americana está indignada com esta decisão. Especialmente aqueles rednecks que acham que dois homens casarem é um ultraje à moralidade mas que, curiosamente, praticam o sexo com primas direitas, muitas delas com dentes a menos. Nada mal nisso a meu ver, todo o sexo, desde que consentido, é de valorizar. Aliás, eu acho que a homofobia e outro tipo de preconceitos e discriminações têm, na sua génese, a falta de sexo satisfatório. Isso e crenças religiosas, claro. Há um pastor de uma igreja norte-americana que prometeu imolar-se, caso a decisão fosse a que se veio a verificar. Estamos todos à espera. Não acredito que ele falte à sua palavra, nunca vi um pastor religioso a dizer mentiras!

É impossível distanciarmos este tema da religião. A homofobia está intrinsecamente ligada à religião, eu não conheço nenhum ateu que tenha problemas com o que as outras pessoas fazem no quarto, ou nas casas de banho dos Armazéns do Chiado. Claro que há muitos católicos (a maioria, quero eu acreditar) que também são a favor do casamento gay, óbvio que sim, amigos meus por exemplo, caso contrário não eram meus amigos, porque era sinal que eram pessoas com pouca inteligência. Nem estou a falar do casamento religioso, isso nem conta, e sabendo que Deus não gosta de muito de quem faz sexo anal, até é de evitar igrejas. Num país como os Estados Unidos, em que 30% da população acredita que tudo o que está na Bíblia é literal, que é criacionista de palas nos olhos e afirma que o mundo tem seis mil anos e que Adão e Eva deram início à humanidade, tudo é possível. Aliás, tendo em conta essas pessoas, realmente faz sentido acreditar nisso, já que a consanguinidade explicaria esses atrasos mentais. Gostava apenas de apontar o facto de que esta vitória reforça que a raça humana não vai buscar a sua moralidade e ética à igreja, pois se fosse por ela, ainda hoje haveria escravos e os homossexuais eram mortos, como ainda são na Arábia Saudita pela polícia religiosa.

É bonito ver que os Estados Unidos são aliados da Arábia Saudita e que conseguem colocar as diferenças de parte quando é para levar no cu até encontrar petróleo.

Relativamente às fotos coloridas no Facebook, tenho uma dicotomia de sentimentos. Por um lado é giro ver tanto apoio a uma causa que merece, sendo que trocar a foto do Facebook não serve realmente para nada, espero que estejam cientes disso. Por outro lado, é um bocado de mau tom para com os daltónicos. Primeiro foram as fotos cor-de-rosa pela menina que morreu de cancro, depois foram as do Charlie Hebdo e agora um arco-iris. Para quando uma vaga de solidariedade que consista em mostrar seios? Até era fácil de dizer que era por causa do cancro da mama e tudo! Quem trata dessas coisas que comece já a pensar nisso, se faz favor.

Para todos os homofóbicos, queria deixar aqui a resposta que o Arnold Schwarzenegger deu a um seguidor da sua página, após ele ter alterado a sua foto de perfil. É a prova que é possível ser machão e musculado e concordar com o casamento entre pessoas do mesmo sexo.


Bem jogado, sim senhor. Podia ter aproveitado também para dizer "I'll be in your back".

Os vizinhos de baixo da minha namorada, são notoriamente gays. Não sou de estereotipar, mas já vos falei das maratonas de karaoke pela noite fora, a cantar Britney Spears e Barbara Streisand. Este fim-de-semana festejaram esta medida com um bonito medley do Elton John. Agora a "Your song" não me sai da cabeça, caraças. A versão do Moulin Rouge, que ainda é mais mariconça. Por isso e porque não tenho muito mais a dizer, que não tenha já dito antes, fico por aqui. Sobre o mesmo tema podem sempre ler estes textos, caso ainda não o tenham feito. Adeus e um bem hajam.

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26 de junho de 2015

Ateei o fogo ao ga-to-to



Então parece que há uma tradição portuguesa, que se julgava perdida, que consiste em queimar gatos vivos? Finalmente vemos que os valores portugueses ainda estão de pé! Que as tradições que nos dão identidade como povo ainda se mantêm! Toda a gente sabe que os gatos têm sete vidas e que queimá-los uma vez só lhes apara o pelo, para não falar que todos sabemos que eles adoram colocar-se em frente à lareira. É uma espécie de depilação brasileira, já que toda a gente gosta de uma pussy(cat) rapadinha. É um favor que fazem ao gato sem pedir nada em troca, uma extreme makover que transforma um gato rafeiro num daqueles sem pelo, de raça cara e fina, para que ele faça um brilharete junto dos amigos. Não percebo a indignação das pessoas, ainda se fosse atirar-lhes água, isso seria uma crueldade, já que eles odeiam água. Agora atear-lhes fogo? Eles pelam-se por isso! Literalmente. Gato chamuscado de fogo frio tem medo já diziam as gentes.

Este caso dá-me esperança na nossa nação, que mesmo havendo leis que criminalizam este tipo de atitudes, há revolucionários e resistentes que sabem que as leis não são todas para cumprir, que se insurgem contra elas em bonitos protestos pacíficos nas ruas. É bom ver que em certos locais do pais as pessoas preferem trocar o Facebook e as redes sociais para saírem todos em família para ver este espectáculo bonito, numa confraternização da moral e dos bons costumes. Fortalecem-se laços e ganha-se um sentimento de comunidade ao partilhar este tipo de momentos.

Com progenitores assim, que levam filhos a ver este tipo de espectáculo, certamente que as novas gerações não estão totalmente perdidas.

Há pessoas revoltadas com esta bela tradição e que só pensam nelas próprias. Só vê quem quer meus amigos! Isto devia ser transmitido na TV pública e passado nos canais internacionais para que a nossa Diáspora pudesse também apreciar o que de bom se continua a fazer neste nosso belo cantinho. Acho até indecente que não haja apoios do estado para este tipo de iniciativas culturais. Vê-se no vídeo que é tudo muito artesanal e que não fosse o esforço do povo, esta tradição já se teria perdido há muito.

O gato não sofre, toda a gente sabe que eles adoram colocar-se em frente à lareira! Preocupem-se antes com o sofrimento dos caracóis que são cozinhados vivos para comer e não com os gatos que servem um propósito cultural e que acima de tudo é tradição! É tradição! É preciso mais algum argumento para vos convencer? Se temos touradas, não percebo a razão de tanto alarido. Ao menos nesta lide não há homens vestidos de lantejoulas e ninguém pagou bilhete. Felizmente ainda há gente com valores e que decide manter este ritual medieval do tempo em que as pessoas ainda cagavam em penicos e limpavam o cu com as mãos! É bonito! Para além do fortíssimo argumento de ser tradição, esta espectáculo sublime tem ainda a vantagem de fazer diminuir o número de imigrantes no nosso país! Esses gatunos que só nos querem roubar o trabalho e que não respeitam as nossas belas origens! Assim, há pelo menos um chinês que fica sem trabalho, já que com o gato queimado é preciso menos pessoal nos restaurantes para os esfolar. Acresce a isto o facto de ele ir já pré-aquecido e não ser preciso metê-lo no microondas, que isso sim era desumano porque um gato precisa de espaço para ser feliz.

De noite todos os gatos são pardos e como se vê no vídeo, todos os que estão a assistir e aplaudir são também eles parvos. Digo parvos, para não ter de lhes chamar filhos da puta.
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25 de junho de 2015

10 tipos de pessoas que não sabem fazer sexo



Depois do sucesso do texto 10 tipos de pessoas que beijam mal, pareceu-me apropriado fazer um texto sobre os 10 tipos de pessoa que não sabem fazer sexo. Como é óbvio este texto não foi feito exclusivamente com trabalho de campo, já que eu sei escolher bem e tenho olho para a coisa. Vou por isso basear-me em testemunhos de amigos que não sabem fazer investimentos de risco e me foram contanto as suas peripécias ao longo dos anos. Vou também falar de homens, porque tenho uma amiga que conta demasiados detalhes sobre os treinos de jiu jitsu que faz toda nua. Peço desculpa desde já pelo mau gosto que se segue.

O OBIKWELU
À primeira vista poder-se-ia pensar que este tipo de pessoa faria um brilharete, dada a sua costela africana. No entanto, por maior que seja o seu Pistorius, este tipo de homem é aquele que atinge a meta cedo demais. Creio que seja o maior motivo de frustração sexual para o sexo feminino, embora se pensarem bem acabe por ser um elogio. Até nisto as mulheres têm vantagem já que quando se vêm logo é porque muitos mais estão para vir. Trocadilho bonito agora, não foi? O Obikwelu pensa que o sexo é um sprint e não uma corrida de fundo. Outro trocadilho? Estou fortíssimo. Normalmente este tipo ainda piora a sua situação, pois como mal começa já está com comichões na glande, acaba por cometer o erro de descurar os preliminares e não fazer alongamentos no fim.

O TIKI-TAKA
Mais uma vez, pelo nome seria de esperar que este tipo de pessoa soubesse dar os toques certos, acertasse na baliza com mestria e elevada nota artística. No entanto, este tipo de pessoa caracteriza-se por estar sempre a trocar a bola durante o sexo, tornando-se irritante e frustrante. Muitas vezes tem oportunidade para concretizar mas joga a bola para o guarda-redes. É um jogo que ao fim de um tempo aborrece. Está sempre a trocar de posição, querendo fazer todas as do kamasutra em apenas 10 minutos, não dando tempo para as aproveitar. Muda de ritmo de forma repentina, mas num mau sentido, já que não o sabe manter quando devia durante mais uns segundos. 

A BITAITES
A comunicação é muito importante mas há pessoas que abusam e estão constantemente a dar indicações. Uma coisa é dizer um "Isso, ai mesmo, continua" outra é corrigir a toda a hora o que o parceiro está a fazer. Tenho um amigo que uma vez se queixou disso numa namorada e que ele chegava a sentir-se mal porque parecia que não estava a fazer nada bem. Eu perguntei-lhe se ela estava sempre a dar bitaites como a mãe dele fazia quando andava com ele à pendura no carro. Ele riu-se e concordou que era exactamente isso! A partir desse dia a relação dele ficou condenada à separação, porque desde então, sempre que faziam sexo e a rapariga começava com as indicações, ele por reflexo começava a pensar na mãe a repreendê-lo por ir a 50 numa rotunda. Por um lado aguentava mais tempo diz ele, mas por outro começou a frequentar um psicólogo especialista em complexo de Édipo.

O FERNANDO ROCHA
Seja ou não para o bujão e mai nada, as asneiras são giras mas vamos lá ter calma, especialmente se é a primeira vez com que se está com a pessoa. Tenho uma amiga que ouviu isto de um gajo no primeiro acto que efectuaram, depois de terem saído umas três vezes. Sim porque eu dou-me com gente que não é logo tudo assim à grande à primeira. O rapaz vira-se para ela enquanto estava por cima a diz "Estás a gostar de sentir o meu caralho na tua cona ó puta do caralho, és uma puta não és? És que eu sei. Uma rameira de primreira que gosta de é picha na rata! Foda-se. Caralho. Foda-se." e entrou em ciclo infinito entre o "caralho" e "foda-se". Isto foi claramente uma tentativa de bater o recorde de maior número de asneiras num curto espaço de tempo. A minha amiga tem imensa classe e respondeu-lhe "Para eu ser puta tens que me pagar no fim". Não houve mais encontros depois disso. Esta é outra vantagem de ser mulher já que se fosse ao contrário, o homem teria gostado e despertado a veia de camionista que todos temos. Somos uns porcos.

O NOJINHOS
Eu não percebo como é que estas pessoas têm sexo, quando têm nojo da troca de fluídos. É um mal que ataca ambos os sexos e que apenas é compreensível quando nos cheira que outra pessoa descurou na higiene íntima ou que foi ao WC recentemente e não havia lá bidé para refrescar a zona das vergonhas. Fora essas situações, as pessoas que têm nojo durante o sexo são parvas. Tenho um amigo que uma vez a rapariga com quem ele estava a lutar todo nu disse as seguintes palavras que eu nunca mais me esqueci "Vem-te para este guardanapinho". Vem-te para este guardanapinho!!! Não estou a ver outra expressão que tire tanto o ânimo como esta. Por falar em nojos, uma coisa que acho nojenta é a chamada técnica ATM, Ass To Mouth, ou em português "Do rabo para a boca". Para quem ainda não percebeu, é o caso em que a mulher efectua o sexo oral logo em seguida ao sexo anal sem preservativo nem passar um dodot sequer. Sim, vê-se em filmes pornográficos e parece que está tudo limpo e polido mas aquela gente toma clisteres antes das cenas. É o único caso em que eu me armo em nojinho e não dou beijinho a seguir.

A DISTRAÍDA
Tenho amigos que se queixam de já terem privado com moças que a qualquer barulhinho se distraiam do que estavam a fazer. "Foi o teu telemóvel ou foi o meu?", "Olha, o vizinho de cima acabou de entrar em casa" ou um "Acho que ouvi qualquer coisa na sala, vou lá ver se deixei a TV acesa", são algumas das frases proferidas e que quebram o momento. Nunca deixar a televisão ligada com este tipo de pessoas, pois enquanto pensam que elas estão empenhadas no sexo, estão a anotar os números das televendas para ligar logo a seguir e ainda apanhar a promoção da baba de caracol. Também há homens que padecem deste problema embora seja mais raro. Os homens são monofuncionais e se é para a javardeira então, estão completamente focados. Pelo sim pelo não, não deixem a TV ligada no futebol, já que caso ele grite "Golo!!!" não irão perceber se foi do jogo ou se ele se armou em Obikwelu.

A CRISTINA FERREIRA
Sexo a alto e bom som é sempre bem vindo. Gritos, gemidos e palavrões e essas coisas todas dão pontos na arte do reboliço pelado. Mas não é preciso fazer uma chinfrineira que faz com que os vizinhos chamem a ASAE a pensar que se está a fazer uma matança do porco ilegal às 2 da manhã. Até porque quando é de mais soa a falso. Quando os pais estão a dormir no quarto ao lado, aí é só falta de respeito, a não ser que sejam os pais da rapariga. Se eles ouvirem o que se assemelha a um javali a grunhir depois de pisar pioneses e não se importarem, são sogros para manter para sempre. Com este tipo de pessoas é meter-lhes um par de meias na boca, lavadas de preferência, ou efectuar o 69 que quando bem feito não deixa espaço para grande gritaria.

A INSUFLÁVEL
Um dos casos mais graves nas mulheres. É um facto que para a maioria dos homens, 90% do que define uma mulher como boa na cama, é apenas estar presente, especialmente se os seus atributos físicos forem acima da média. No entanto isso apenas é suficiente para machos menos exigentes e uma mulher, por melhor que seja, não deve descurar no empenho e na técnica. Tenho amigos que afirmam que não fosse o quentinho que sentiam, julgavam estar a praticar o coito com um cadáver. O cadáver teria a vantagem de não ser preciso ir levá-lo a casa e seria ainda um bónus para quem tem terreno para cultivar.

O PEDINTE
Este tipo de homem é um daqueles que está mais preocupado com o seu prazer do que da mulher e quer que ela faça coisas com as quais não se sente confortável nem gosta. Aposto que já muitas mulheres ouviram as seguintes frases "Vá lá, só um beijinho na pontinha", "Vá lá, se estiver a doer eu tiro" ou um "Vá lá, vais ver que não sabe mal". Pedir não custa e o não é garantido, é um facto, mas estar a pedinchar quando já se viu que a outra pessoa não está para aí virada, é de quebrar a vontade a qualquer uma. Em vez de pedirem, têm que utilizar psicologia invertida e dizer coisas como "Isto está a demorar muito, com a minha ex eu vinha-me mais rápido" ou "Sabes a Carla? A nova namorada toda gira do João? O João diz que ela faz tudo..." ou ainda "Olha diz que se descobriu que o sémen emagrece, ainda bem que tu não engoles, porque para mim estás bem assim com um quilinho a mais".

A CHORONA
Mulheres que choram no sexo. Um clássico. Há três tipos de choronas sexuais:
  1. A que chora depois - foi muito intenso e aquilo baralhou-lhe as hormonas.
  2. A que chora durante - lembrou-se do namorado.
  3. A que chora antes - é melhor cancelar o chavascal porque é capaz de ser violação.

Não vou referir os casos mais óbvios como micropénis, vegetação amazónica e mau hálito. Falta num entanto referir um tipo de pessoas que não sabe fazer sexo que são as crianças. As crianças são péssimas na cama e é uma das razões pelas quais ser pedófilo é uma parvoíce. #bojardadodia

Já agora, quais é que já vos calharam? Conhecem mais tipos? Não se esqueçam de identificar nos comentários os vossos e vossas ex, só para lançar o caos.
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23 de junho de 2015

Guia para o orgasmo feminino e tuning genital



Bom dia estimados leitores. É dia de ajavardar com classe neste espaço que que é alugado sem factura todas as terças-feiras para a rubrica "Doutor G explica como se faz", um consultório ao género da Revista Maria, mas em bom. Vamos lá então efectuar a coisa.



Caro Dr. G, admitidamente não sou uma mulher que não passou por muitos relacionamentos, foram só dois, mas apesar de serem muito diferentes um do outro (um manipulador autoritário e outro muito xoninhas) em ambos os casos eles achavam que os orgasmos femininos "aconteciam naturalmente". Que se não tivesse acontecido dessa vez, havia de acontecer "para a próxima". Multiplique isto por uma vida sexual ativa, e eu passava a vida sexualmente frustrada até ter lhes ter explicado que prazer sexual não era para ser unilateral, e que precisavam de se dar ao trabalho aprender como é que o meu corpo funciona, assim como eu fazia com eles. Agora sou solteira e até gostava de ser aventureira e de ter sexo com alguém que possa surgir sem ter de me ralar, mas tenho receio de voltar a ser usada apenas como buraco para ejaculação alheia. Acredito sinceramente que este tipo de egoísmo é a regra e não a excepção. Dr. G posso sugerir-lhe que faça uma rubrica detalhada a explicar aos homens por A+B como dar prazer a uma mulher, onde "comunicação" é a palavra-chave? E quanto a mim, que me recomenda? Continuo a contentar-me com o meu vibrador, que nunca me deixou ficar mal? Obrigada.
Helena, 29, Lisboa

Doutor G: Cara Helena, aquela tua dupla negativa no início trocou-me as voltas um bocado. Quanto ao teu caso, eu também acredito que a maioria dos homens esteja mais preocupado com o seu prazer do que o da parceira e ainda bem que assim é, que assim o Doutor G faz sempre brilharete, tal é a sua dedicação. Infelizmente existe um código secreto que me impede de revelar os segredos, tal como qualquer mágico não deve nunca revelar como faz a "magia acontecer". Sim, a comunicação é chave mas um homem experiente sabe detectar quando está a tocar nos pontos certos sem ser preciso a mulher fazer como quando vai à pendura no carro, sempre a dar bitaites sobre a condução. Um dia posso ir contra os meus princípios e revelar todos os segredos, mas para isso vai ser preciso que a Durex se chegue à frente e me pague para fazer esse guia, uma espécie de Guia Michelin do chavascal ou um Borda d'Água. Borda é uma palavra engraçada neste contexto. A ti aconselho-te a que continues a tentar, mais cedo ou mais tarde encontrarás um que te queira levar ao céu, até porque é mais barato que levar-te a jantar ao Eleven. O vibrador podes ir usando mas com tento, porque está provado que pode criar habituação e depois só tens prazer com septuagenários com Parkinson.


Shô Dr. é o seguinte: tenho um problema... Quando estou a cercar a presa, isto é, a "bater coro", não me quero gabar, mas sei exactamente o que fazer, quando, onde, porquê etc. o problema está quando consigo o que quero... A partir desse momento fico um xoninhas do pior e a dita cuja acaba por se fartar, só consigo voltar a ser o "bad-boy" por quem a dita cuja se apaixonou naqueles momentos em que pratico luta greco-romana com ela, todos nus, ora isso não acontece todos os dias infelizmente, logo a maior parte das vezes sou xoninhas. O que posso fazer para continuar a ter aquele "je ne sais quoi" de cabrão, sem estragar tudo? Tem algum conselho?
Rui, 20, Lisboa

Doutor G: Caro Rui, sofres do síndrome de cão abandonado, que rosna e ladra mas que depois de se lhe dar uns biscoitos só quer é mimos e festas no lombo. O meu único conselho é que continues a ser assim, porque hás-de encontrar uma xoninhas que goste de ti assim, todo fofinho e peganhento. Para cada xoninhas há sempre a sua cara metade, que prefere ficar a ver a Anatomia de Grey do que as 50 Sombras do mesmo. Podes evitar é utilizar vocábulos tais como "bebezinha", "queridinha", e "fofinha". Diminutivos só se for um "minha putinha do coração" que é fofinho e bardajão ao mesmo tempo. Não percebi a parte de não haver luta greco-romana pelada todos os dias. Percebi mas não consigo assimilar esse conceito.


Caro Dr. G, penso ter a história mais bizarra do mundo sentimental que alguma vez existiu. É quase como uma novela brasileira. E o desfecho pode muito bem ser trágico. É uma história que daria um pano para mangas, e o tricô todo se quiser, mas tentarei ser o mais resumida possível! 
À cerca de 15 anos atrás namorei com um rapaz no secundário. Foi só um anito, mas foi "aquele" rapaz. A relação acabou porque a inocência era tanta, e a falta de informação sexual era muito pouca que chegou-se ao cúmulo de acharmos que poderia estar grávida devido à penetração de 2 segundos do pénis e nem ter ocorrido ejaculação. Ficamos 2 anos sem nos vermos, e quando o voltei a encontrar no mundo social, ficámos com a sensação que "agora sim!" estamos maduros suficientes para praticar o sexo. Acontece que nesse tempo já namorava outro rapaz. Rapaz que mantenho uma relação já de 12 anos! Segue então o dilema: Namoro à 12 anos, e tenho um amante ex-namorado à 11 anos. Temo-nos encontrado quase todos os meses, apenas para mandar aquela pinada de satisfação. Acontece que os nossos encontros são demasiado "românticos" para quem apenas manda uma pinada e vai à sua vida. Pelo menos, no meu ponto de vista. Considero que tenha uma relação bastante amorosa e estável com o meu namorado, mas o amante é o "primeiro amor". Já cheguei ao ponto de achar que ele é o homem perfeito para a minha vida, mas depois o gajo nunca quer assumir uma relação séria comigo. E nesse caso não vou deixar a relação estável que mantenho com o meu namorado! Ele está solteiro desde então e apenas mantém esta relação de benefícios comigo. Será que ele não se importa de ter a "amante" disponível uma vez por mês e ainda assim ter que a "partilhar"? Estará ele ainda apaixonado por mim, apenas não quer admitir e sente-se bem assim? O que posso fazer para o convencer que aquilo que temos é uma relação que poderia dar certo?
Anónima, 32, Lisboa

Doutor G: Cara Anónima, a história é realmente trágica e logo desde início, quando a começas por contar com um "À cerca de 15 anos atrás". O "À" sem "H" e o "anos atrás" deixaram-me logo com a certeza que seria uma história problemática. Começo por informar que uma penetração de 2 segundos pode contrair gravidez. Basta a cabeça do pimpolho estar ensopada em líquido pré ejaculatório, que pode por vezes conter espermatozóides. Basta um deles ser o Michael Phelps dos girinos para acontecer o pior. É pouco provável mas é possível, nunca é demais aprender. Em relação ao resto do texto, se o Doutor G fosse de julgar as pessoas, diria que és uma badalhoca de primeira. Como não sou, digo apenas que tens que perceber o que queres da tua vida, até porque quando a tua relação com o teu amante fizer 15 anos ele pode exercer usucapião da tua patareca e depois vai ser uma trabalheira em tribunal. O que acho pior não é o par de cornos mensal que aplicas ao teu namorado, para mim o pior de tudo é quando dizes que não o vais deixar apenas e só porque é uma relação estável e não queres estar sozinha. Isso é o pior de tudo. Era giro se o teu namorado te andasse a trair também mensalmente há 11 anos e com o teu amante, embora se fosse esse o caso a solução para o teu caso era fácil, juntavam-se os três e só se estragava uma barraca.


Caro Doutor G, sou um caso perdido e já me sinto desesperada. O que é certo é que quando vou às festas académicas da minha terra e estão lá as glórias do passado, também chamados de "Os Verdadeiros", só me apetece despir um deles e rebolar no feno toda nua com ele, tal como cavalos num estábulo. Adoro aqueles caracolinhos que ele tem na cabeça de cima (ainda não sei quanto à de baixo), já para não falar que ele era conhecido como "Xuning" e não há nada que me faça mais húmida que um Ibiza a acelerar e deixar tudo preto para trás, tal como ele gosta. A minha pergunta é, será que devo falar com ele diretamente e dizer-lhe o que sinto? Ou devo ficar-me por estruncar o grelo à pala dele? Não sei se tenho estofo para tal homem. 
Anónima, 26, Lamego

Doutor G: Cara Anónima, primeiro que tudo, se o rapaz tiver caracolinhos na cabeça debaixo é melhor ir ao médico. Uma coisa é à volta, na base qual vegetação rasteira, outra é na cabeça qual juba afro. Dás por ti e encontras orelhas de maços de tabaco enroladas nas virilhas. Depois hoje em dia também é preciso ter cuidado, se calha a engolires vivo um dos caracóis, ainda alguma associação te cai em cima. Claro que deves dizer-lhe o que sentes! Um achado desses é para te agarrares a ele com unhas e dentes! Mete um aileron ao fundo das costas, a fazer pandã com a tatuagem que depreendo que ai tenhas e tenta uma das seguintes abordagens:

1. Gostavas que os estofos do banco de trás do teu Ibiza fossem de pele? Então leva-me para lá que eu estou com escamação.

2. Leva-me a um restaurante Mexicano que vais ver que eu também sei mandar rateres. 
3. Espero que tenhas mãozinhas para conduzir em piso escorregadio, é que a IC19 para o Cacém está toda molhada. Ah, e a minhas cuecas também. Devo estar a perder óleo.

De nada.


Caro Dr G. conheci um rapaz há 3 meses mais ou menos e temos falado desde então. Ele é muito simpático gosta de tudo o que gosto (ou finge gostar) chama me bebé amor, coração etc mas quando falo em estarmos juntos ele diz que trabalha muito etc etc mas diz sempre que quer muito estar comigo mas até hoje estou a espera do convite para um café. Para não falar que ele diz gostar muito de mim mas desaparece durante uns dias e volta com a mesma conversa do amor bebé... Já não sei o que pensar. Bjokas.
Filipa, 26, Estoril

Doutor G: Cara Filipa, ele tem namorada. É isto. Não sei que te diga mais. Ou isso ou está com uma micose genital e está à espera que passe para poder estar à vontade contigo. Não fosse essa hipótese de DST, o facto de ele te chamar "amor bebé" já devia ser razão suficiente para fugires. Agora a sério, ele tem namorada e/ou não está interessado em ti. O homem pode trabalhar 23.30h por dia mas se estiver interessado vai guardar a meia hora restante do dia para estar contigo, especialmente se lhe parecer que vai haver chafurdanço na pocilga. Já ninguém me mandava "bjokas" desde os tempos do mIRC.


Olá, caro Doutor G. sou um xoninhas com 22 anos, problemas de ansiedade social e auto-estima (acho que está implícito em ser xoninhas, mas não vamos por aqui que o seu tempo é com certeza precioso). Vá-se lá saber como, namoro há 4 anos com a rapariga mais bonita e sexy do universo, que tem alguns problemas em lidar com a rejeição e falta de auto-estima. Embora seja xoninhas tenho padrões bastante elevados. Ela é mesmo muito boa e uma pessoa super querida e epá, fofinha. Temos uma relação com os seus altos e baixos. Como é a minha primeira relação séria, eu não consigo perceber se isto é normal ou não, por isso venho pedir-lhe auxílio. A cada 4 ou 5 meses, às vezes menos, vamos ficando confortáveis com as rotinas e situações e deixamos de dar muita atenção um ao outro (é mais um problema meu do que dela), o que resulta com ela a pedir-me para acabarmos (acho que é uma encenação dramática para me chamar a atenção), porque sente que não lhe ligo. Diz para darmos um tempo durante 3 ou 4 dias e eu obviamente, como nunca deixo de a amar, quando ela diz para voltarmos a namorar torno-me o melhor namorado do universo, até que o ciclo se repete. Isto é um dos problemas que eu queria solucionar, porque nos prejudica, e não quero que um dia a relação acabe de vez. O outro problema é o facto de ela ser mesmo 5 estrelas e bastante sociável, o que atrai muitos machos. No entanto, em vez de os despachar, ela dá-lhes muita conversa, e às vezes sai com eles e tudo, descansando-me depois dizendo que não acontece nada e que só me ama a mim, para não me preocupar. Isto acontece desde o início da relação. Obviamente não posso ser como os machos de antigamente e proibí-la de sair de casa, mas acho que não é correcto da parte dela agir assim, visto que tem namorado. Por outro lado, sei que me ama a sério... vem ter comigo quase todos os dias a casa, adora estar comigo, fica de rastos se lhe dou pouca atenção, sinto que quase que depende da minha companhia e do meu amor... O sexo é óptimo só não é mais frequente porque não vivemos juntos em casa própria. Fomos a primeira vez um do outro (só para não pensar que não se ia falar de sexo). Eu amo-a mesmo muito, ela ama-me a mim, e gostava que deixássemos de ter qualquer problema. Quais são as suas conclusões, Dr. G? O que devo fazer? 
Pedro, 22, Lisboa

Doutor G: Caro Pedro, até me custa dizer o que vou dizer, mas pese embora a vossa idade e o facto de ser o primeiro namoro e não saberem bem o que andam a fazer, cá vai: ela não te ama. Ela pode gostar de ti, mas quem ama não acaba de 4 em 4 meses e depois diz "Anda cá à dona", sabendo que tu vais a correr para ela. Se é para chamar à atenção ainda pior. Claro que há também a possibilidade de ela te amar realmente e seres tu que não lhe dás atenção nenhuma e ela vê-se obrigada a essa estratégia manipuladora. Se tu reconheces que depois disso ficas melhor namorado então também podias tentar sê-lo sempre. Não quero parecer insensível, mas quando se dá um tempo, normalmente é porque aconteceu ou está para acontecer alguma coisa extra-conjugal nesse tempo de interrupção. O facto dela sair com outros machos que conhece e dá trela, leva-me a pensar mais uma vez que ela não te ama como tu a amas. Há sempre alguém que gosta menos numa relação e normalmente é a que manda e veste as calças lá em casa. Neste caso é ela. Mesmo que não se passe nada com os outros, se ela dá trela e sai com eles é porque tem uma grande necessidade de atenção e que lhe subam o ego e prefere alimentá-lo do que preocupar-se se tu te sentes melindrado com isso. Parece-me uma relação tóxica, lamento informar-te. Há quem viva feliz no meio da toxicidade atenção, eu é que não tenho paciência e ia já de vela. Mas lá está, são novos e cada caso é um caso e se gostas mesmo dela e achas que ela sente o mesmo e que era incapaz de te trair, então tentem que dê certo. Tenta tomar um pouco as rédeas da relação, nem que seja a dar-lhe umas palmadas no rabo e umas mordidelas valentes nas costas durante o sexo. O que resulta muito bem embora eu não aconselhe é fazeres o mesmo, começa a sair com outras raparigas e diz-lhe que é na boa, para ela não ser insegura. Da próxima vez que derem um tempo e ela te disser que está na hora de voltarem, pede-lhe mais meia hora e diz que é só para teres  tempo de te vires.


Olá Doutor G, tenho um alvo a abater que para mim é bastante giro mas para o resto das raparigas é só normal, mas não sei se vai querer esticar peles comigo. Não sou uma rapariga propriamente cheia de curvas, mas sou bonita. Estou farta de andar na vida de solteira e a brincar com meninos, quero algo mais sério, mas se nos metermos com alguém na noite fica com a ideia errada. O que fazer para conquistar e não só papar?? Agradecia um exemplo de discurso, esperando o pior cenário, de respostas secas por parte dele.
Anónimas Guimarães (que o mal é geral) 21 (a gente fez a média)

Doutor G: Cara Anónima, eu não consigo perceber as mulheres que têm problemas em abordar os homens. Os homens não são de jogos nem de rodeios, se o convidares para tomar um café e ele aceitar é porque está minimamente interessado, isto se não há nenhuma relação de amizade entre vós. As mulheres têm que perder a mania de que é o homem que deve tomar a iniciativa! "Ai não sei se ele quer" e essas dúvidas são aquelas com que todos os homens se debatem desde sempre, com a dificuldade extra de que as mulheres são peritas em enviar sinais errados, de serem mais selectivas ou de darem conversa só para ter atenção sem no fundo quererem forrobodó. Os homens querem quase sempre! Somos uns porcalhões! Em relação a técnicas para conquistar e não só papar, a resposta é simples: ter uma boa personalidade e não ser só uma boa queca.


Caro Dr. G., sou uma tipa bastante focada na aparência – o que não faz de mim uma pessoa fútil. Acho que uma mulher bem vestida e bem arranjada engrandece a classe. Sou bastante feminina e faço gala nisso. Gosto de uma boa minissaia, um bom tacão e claro, um bom livro debaixo do braço. Gosto de andar na moda. Aprecio mulheres como Greta Garbo, Simone Veill, Juliette Greco, Jane Birken… por aí. Topa o estilo não é Sr. Dr.? Tenho porém uma questão premente há vários anos: qual o penteado ideal para a rata?? Eu sei que a moda até nesta temática é muito volátil, mas gostaria de lhe perguntar qual o Look – permita-me o anglicismo – ideal e a tendência mais fashion para este Verão?

1. Estilo marquês de pombal – caracóis fartos
2. Estilo careca – é dos carecas que elas gostam mais. E eles?
3. Bigodinho de Hitler - para fazer cócegas na parte dos beijinhos
4. Estilo CR7 – apenas com uns cortes simétricos
5. Pirosa – fazer corações, meias luas, estrelinhas
6. Estilo Brooke Shields - tudo como é natural, bem selvagem
7. Estilo Paulo Bento – risco ao meio, pintelhos bem lisos
8. Estilo Luis Figo quando jogava no Sporting – encaracolado com corte à tigela.
Sandra Sacramento, 27, Oeiras

Doutor G: Cara Sandra, um discurso tão bonito e bem construído para depois utilizares a expressão "penteado ideal para a rata". Gosto! Bom, em relação às tendências, aqui fica o meu parecer sobre cada uma delas:

1. Estilo ultrapassado e já falei em cima sobre os perigos de ter alguém de uma associação de "defesa" dos animais à perna.
2. A maioria dos homens prefere este estilo, até porque é o que está no imaginário pueril alimentado pela pornografia. A algumas pessoas faz confusão, porque pensam que estão com alguém que ainda tem dentes de leite ou a roçar-se na careca de um criança com leucemia. Ficou um ambiente pesado agora. #bojardadodia
3. Bigodinho à Hitler está sempre em moda, dá mostras de uma mulher que sabe o que quer. Desde que não saia nada da câmara de gás, é na boa.
4. É piroseira e nenhum homem gosta de ver um pentelhado que parece que passou ali uma vaca e deu uma lambidela. Quer dizer...
5. Apesar de ser piroso os homens gostam, desperta o camionista que há dentro de nós. Não acumular a estrela de Davi com o bigode hitleriano.
6. Ultrapassado, há quem goste, especialmente quem conduz táxis.
7. É um não com tranquilidade. Eu já vejo o tempo que a minha namorada demora a alisar o cabelo. Com mais isso tinha que se começar a preparar sexta-feira para irmos sair no sábado.
8. Embora tenha nota artística, penso que desencorajará muita gente para a prática do desporto rei. Só se for com umas madeixas californianas e souber fazer reviengas.
9. Falta um que ainda está muito em moda e que é sempre uma bonita homenagem aos nativo-americanos da tribo Cherokee, que é o belo do moicano. Uma coisa aparada, nada de fazerem da vagina um Balotelli.



Há quem pense que as perguntas são inventadas por mim, mas nem a minha mente doente conseguiria tal proeza. Por isso, porque isto sem a vossa participação não tem piada, partilhem a rubrica e enviem as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com.


Até lá, façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.

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21 de junho de 2015

Carta aberta de um cão abandonado



"Querido dono, faz hoje três dias que te esqueceste de mim aqui amarrado a uma árvore. Espero que esteja tudo bem contigo e que me venhas buscar assim que possas. Está muito calor e eu tenho sede, não bebo nada desde que me trouxeste a passear. Tenho fome também mas já comi umas ervas que sabiam mal. Estou preocupado que te tenha acontecido alguma coisa e que eu aqui preso não te possa salvar! Passou por aqui um esquilo que me disse que tu não te tinhas esquecido de mim mas que me tinhas abandonado de propósito, como tantos donos fazem agora que o verão começou e querem ir de férias à vontade. Eu rosnei-lhe e disse para se calar! Ele não sabe o que diz! Eu sei que tu eras incapaz de me abandonar... não eras? Eu sei que dava trabalho, que às vezes me portava mal e não aguentava passar um dia sozinho em casa sem ir à rua e acabava por fazer no chão da cozinha. Tu ralhavas muito comigo e até me batias e embora não tivesse feito por mal eu sei que a culpa era minha. Sei que às vezes estava frio e eu demorava muito tempo quando me levavas à rua. Sei que quando nasceu o João me passaste a dar menos atenção mas eu não levei a mal, compreendo, ele é teu filho e como se fosse um irmão para mim. Sempre fui um bom irmão para ele, lhe lambi as feridas e o protegi do aspirador mesmo que ele me metesse medo com aquele barulho ensurdecedor. Lembro-me bem de quando era pequeno, que me deixavas aninhar no teu peito e dormir no teu quarto. Que dizias a toda a gente que eu era um cão muito fofinho! Com o tempo foste-te afastando um pouco de mim, mas eu compreendo, estavas cheio de trabalho e chegavas a casa cansado e a querer estar sozinho. Eu tentava brincar contigo para te animar mas tu mandavas-me calar e ir para a minha cama, que agora já era na varanda. Uma vez eu não obedeci e tentei brincar mais contigo, ladrei e tudo para entrares na brincadeira e tu bateste-me. Deste-me um pontapé no focinho com muita força. Doeu-me muito e fiquei meio desorientado... não te guardei rancor, passados 5 minutos estava a pedir-te desculpa e tu não quiseste saber de mim. Só me levaste à rua no dia seguinte e eu aguentei até lá! Fui um bom cão, não fui? Peço desculpa se às vezes fui demasiado irrequieto, se pulei demais quando chegaste a casa e te cravei as unhas nas pernas, mas c
omo um cão meu amigo uma vez me disse "Se quem tu amas entra numa sala de cinco em cinco minutos, deves ir cumprimentá-lo e mostrar de gostas dele da mesma forma eufórica de cada uma dessas vezes". Se me vieres buscar vou-te receber de patas abertas, vou-te lamber a cara vezes sem conta e ser o melhor cão que um dono pode pedir. Por favor não demores muito, não sei quanto tempo mais consigo aguentar, já sinto o frio mesmo com este sol abrasador.

Do teu melhor amigo, Bobby"


Pois é, chegou o Verão e com ele vamos ver multiplicados casos como os do Bobby. Seja rafeiro, de raça, seja um gato ou qualquer outro tipo de animal de estimação. São abandonados sem peso na consciência, por donos que um dia acharam que queriam ter um brinquedo e que depois se fartaram dele. Por donos que levam essa palavra à letra e acham que ter um cão é apenas isso, ter. Não é afeiçoar-se a ele e tratá-lo como membro da família que ele quer ser.

Querem-no porque tinha um focinho fofinho, para entreter os filhos ou porque sim, porque é uma raça da moda e fica-lhes bem com a roupa.

Não pensam ou pior, não se importam, com o trabalho que ter um cão acarreta e cedo se fartam de ter que o levar à rua, de ter os chinelos roídos ou de ter que limpar os cocós e xixis no tapete da sala de estar. Eu compreendo que dê trabalho, já tive cães e sei que por vezes podem ser uma prisão. Sei que é chato ter que os ir levar à rua quando está a chover e chegámos do trabalho e só queremos vestir o pijama e aquecer os pés. Sei sobretudo que ter um cão é uma responsabilidade, que custa dinheiro e tempo, mas sei que compensa tudo isso com o amor incondicional que ele nos dá em troca.

Por isso queria deixar também umas palavrinhas ao dono do Bobby. És um excremento humano, um monte de merda sem princípios nem valores. Quem faz o que tu fizeste e é capaz de abandonar um ser que olha para ti como o melhor do mundo, que te ama sem querer nada em troca, quem é capaz de fazer isso não merece o h que tem no nome da espécie. És um merdas. Depois de o teres abandonado e deixado sozinho, amarrado a uma árvore sem poder lutar pela vida ou encontrar o caminho de volta para casa, devias ter tido um acidente que te incapacitasse para a vida. A morte era dar-te pouco, era ficares a comer sopa por uma palhinha e a cagar para um saco de plástico, acamado, o resto da vida, enquanto os teus filhos te iam gradualmente deixando de visitar, até ficares tu abandonado, sozinho e sem ninguém, a desejar ter morrido naquele acidente. Abandonar um cão não é o mesmo que matar um porco para comer ou gostar de touradas. Não é cultural nem é influenciado pela educação, é pura e simplesmente falta de valores humanos e morais. É não ter a capacidade de criar empatia por um animal que cada vez sabemos mais que de irracional tem muito pouco. Quem não consegue criar essa empatia depois de meses ou anos de convivência não pode ser boa pessoa. Não pensaste no trabalho que ia dar antes de o teres? Compraste-o com a mesma consciência com que compras um iPhone ou alugas um quarto para passar férias? Foi com essa irresponsabilidade que compraste um cão? Sim, digo compraste porque não o adoptaste de certeza. Aposto que o compraste numa loja, numa daquelas montras nojentas que os expõe como um brinquedo e aposto que foi assim que o viste. Um brinquedo giro que ficava bem com a mobília lá de casa, sem pensares que provavelmente ele ia alçar a perna para mijar essa mobília ou cravar lá os dentes porque tu não quiseste perder tempo nem dedicares-te a ensiná-lo a não o fazer.

Do fundo do meu coração e sem hipérboles, desejo sinceramente que morras. Há gente a mais no mundo e tu não fazes cá falta. Toda a gente erra, é certo, mas um acto como o que tu cometeste é premeditado, pensado e elaborado durante dias. É feito de forma reflectida e pensada. Não tinhas um amigo que ficasse com ele? Não sabias colocá-lo num site para adopção ou levá-lo a um canil? Tentaste alguma dessas coisas, ou também te dava muito trabalho ó meu filho da puta? Era mais humano que o tivesses morto. Que lhe partisses o pescoço ou o envenenasses. Qualquer uma dessas fazia de ti uma melhor pessoa. Agora deixar alguém que se considera como teu amigo preso numa mata para morrer desidratado, numa morte lenta que ele não consegue compreender? Em que saiu de casa e entrou no carro feliz a pensar que ia dar um passeio como tantos outros? Se é que alguma vez o levaste a passear. Como é que conseguiste virar as costas enquanto o prendias e ele olhava para ti? Como é que conseguiste não olhar para trás? Ou olhaste e viste-o a abanar a cauda a pensar que tudo era uma brincadeira e mesmo assim não cedeste? Mesmo assim não sentiste nada? Custou-te ou foi fácil? E porque o abandonaste? Querias ir de férias sem ter que o levar? Ficou maior do que o que pensavas? Ladrava e incomodava os vizinhos? Simplesmente fartaste-te? Seja qual for a razão, o que tu fizeste coloca-te na minha lista como lixo humano. Mesmo que se cumpra a nova lei dos maus tratos animais, a pena será pequena e branda para o que fizeste. Merecias ir preso e ser violado dia após dia no banho por um colega de prisão ironicamente chamado "Pitbull". 

Bem, já está. Tinha acabado de ver uma notícia que dava conta de que foram encontrados vários cães amarrados e abandonados e estava aqui uma raiva acumulada. Peço desculpa se estavam à espera de um texto com piada. Um bom início de semana para todos e não se esqueçam:

Nem um sem-abrigo abandona um cão, não sejas um filho da puta este Verão.
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16 de junho de 2015

Quantos encontros até fazer sexo?



Os preliminares são bons mas não aqui, por isso vamos directos para mais uma rubrica "Doutor G explica como se faz".



Caro Dr G, como posso saber se um gajo só quer sexo ou mais que isso (cenas serias). Obrigada.
Leonor, 18,  Estoril

Doutor G: Cara Leonor, o mais provável é ele só querer sexo. Se ele gostar do sexo e do resto é normal que queira algo mais. Se não lhe despertares o interesse para algo mais sério, ele ficar-se-á pelo sexo. De resto é ver e tentar ler os sinais, depende do historial dele, de onde se conheceram, etc. É preciso ser-se uma espécie de mentalista, porque os homens mentem mais que o Sócrates quando se trata de querer levar uma mulher para a cama. Outra forma fácil de veres se ele quer algo mais sério é olhares-te ao espelho. Passo a explicar: se fores mais feia que o José Cid sem óculos escuros nem capachinho, todo nu a segurar a revista da Cristina Ferreira, então é porque ele quer algo mais sério. Ninguém está interessado em "só sexo" com alguém com esse perfil. 


Boas Doutor G, como leitor usual do seu blog vim procurar os conselhos orgásmicos de sua pessoa. Tal como o Bear Grylls, exceptuando-se a parte de beber urina, tento sobreviver nesta selva de mangueiras. Como engenheiro que aspiro ser procuro a forma mais eficiente e mais rápida de encontrar o caminho para a felicidade humana, ou seja jogar às escondidinhas todo pelado. Tal como todo o homem tenho tido dificuldades em descobrir o que o público feminino mais gosta. Assim, queria começar por perguntar-lhe: Acha que estar parado na pista de dança, por ser diferente do que toda a gente faz, é benéfico para cortejar as babes na night tuga? Esta abordagem tem tido sucesso com a mulher estrangeira, no entanto eu quero é conversar com a flor de Vénus portuguesa. Acha que dançar é uma melhor alternativa ou a mulher portuguesa está atrasada em relação a esta nova forma de galantear? 
Ricardo, 19, Leiria

Doutor G: Caro Ricardo, estar parado na pista de dança não é certamente a melhor técnica. Ir caçar gajas não é o mesmo que ir para o Rossio fazer de estátua com os braços esticados e alpista na mão à espera que as pombas venham bicar. Atenta que "bicar" não foi um verbo escolhido ao acaso. Já aqui escrevi sobre as várias formas de dançar em discoteca. O sucesso de utilizar a dança como forma de corte depende de vários factores: Primeiro da tua aparência física, segundo da tua confiança ao abordares a parceira e terceiro do nível de bebedeira dela e teu. Se as três variáveis estiverem alinhadas, tens tudo para conseguir ter sucesso, caso contrário passarás de "Olha este gajo giro a dançar comigo!" para "Olha este nojento de merda a roçar-se! Como é que ele pensa que tem hipóteses comigo? Será que eu estou feia? Gorda? Realmente não fui ao ginásio esta semana..." e por aí fora, naquela montanha russa de conclusões femininas que tão bem conhecemos. Em relação à mulher portuguesa vs estrangeira, sim a portuguesa é mais retraída e gosta de se fazer de difícil, reminiscências da ditatura Salazarista. É dar-lhes tempo, que mais cedo ou mais tarde ficam piores que as Inglesas.


Caro Dr. G, não sei se alguma questão deste género já foi colocada neste espaço, mas como cada caso é um caso vou expôr o meu: há quase um ano que ando a dançar sem calças com um tipo, mas é muito mais do que isso. Falamos todos os dias, temos muito em comum (o que é raro encontrar porque somos os dois esquisitos com gostos esquisitos), as nossas personalidades complementam-se perfeitamente. No fundo, somos tão amigos como coloridos. Já falámos uma vez ou outra sobre tornar as coisas mais sérias, e é aqui que começam os problemas. Em primeiro lugar, eu nunca consegui ter uma relação saudável, acho que nasci sem o gene da estabilidade. A única relação minimamente normal que tive durou uns singelos dois meses. Depois, também não confio nele. É mentiroso e promíscuo, o que em si não é um problema porque ele sabe esconder as suas voltinhas e o que os olhos não vêem o coração não sente, não é verdade? - o problema que tenho com isto está relacionado com o terceiro e mais imponente obstáculo (guardei o melhor para o fim): ele tem namorada. Já tinha antes de me conhecer e, tanto quanto sei (apesar de nunca termos falado sobre isso, mas acho que ele sabe que eu sei), ainda tem. O meu medo é que as coisas se tornem sérias e com isso a minha testa começar a ficar mais pesada e eu fique merecidamente colocada na infeliz posição da rapariga. Tendo em conta que o que eu quero é passar o resto da minha vida com este sociopata que é possivelmente a minha alma gémea, devo ser inteligente e racional e afastar-me deste circo ou deixar as coisas como estão indefinidamente porque claramente nos merecemos e assim só se estraga uma casa? Agradeço desde já.
Anónima, 24, Évora

Doutor G: Cara Anónima, temo que a decisão de tornar as coisas mais sérias não passe por ti. Se andam há quase um ano nesse bailarico pelados e ele continua com namorada, é porque ele nunca a vai deixar por ti. Se por acaso ele se vir solteiro, porque por exemplo a namorada descobriu, aí talvez ele queira algo mais sério contigo. Não estou a dar nenhuma ideia, atenção! Nada de lhe colocares um tampão usado no bolso do casaco ou de lhe deixares madeixas de cabelos teus presos nas virilhas. O meu conselho é: se queres algo sério, tenta com outro porque esse não vale a pena. Se tu és igual a ele, as coisas não vão funcionar. Porque esse tipo de pessoas só está bem e "estável" com outra pessoa que os deixe ter o controlo e fazer das suas pela calada. Em relação ao deixar andar a ver no que dá, é sempre uma hipótese, se vivem ambos bem com isso só posso dar a minha benção. É mais sexo que se faz e isso é sempre de louvar.


Caro Dr.G, Gosto bastante da forma humorística como encara as dúvidas que lhe são colocadas. Por isso mesmo venho-lhe pedir a sua opinião, e se não puder ajudar sei que me vou rir o que é sempre bom. É o seguinte, preocupo-me bastante com o prazer que a minha namorada sente na relação, apesar de ambos sermos virgens também andamos à luta debaixo dos lençóis (temos as nossas brincadeiras) e temos bastante intimidade e segurança um com o outro, falamos de tudo e tentamos sempre partilhar o que sentimos para melhorar a nossa relação. Contudo sei que nunca consegui levá-la ao pico do prazer, nem sei se lá perto....(e sei que isso é bastante possivel sem fazer sexo propriamente dito) apesar de achar que me esforço por lhe dar atenção e fazer o que é melhor para ela. Contudo ela acaba por se sentir desiludida e frustrada e eu sinto-me mal por não conseguir fazer com que ela se sinta no "céu". Isto vem atrapalhando a nossa relação e tenho receio que acabe por ser impossível melhorar porque depois de tanta desilusão ela vai acabar por se fartar e perder o desejo. Gostava de saber se o doutor tem algum conselho que me possa ajudar, visto que considero que sei a teórica mas a parte complicada é mesmo ser bom na prática e considero que é retrógrado a mulher não se sentir realizada na relação por isso quero mesmo conseguir com que se sinta realizada. Foi com ela que comecei nestas brincadeiras pelo que não tenho muita experiência o que acho que não ajuda nada O pior é que muitas vezes ela acha que é culpa deva porque acha que não consegue sentir o que devia, mas é obvio que sem a estimulação correta não se pode sentir o que é suposto. Não sei se o facto de ela ser uma pessoa muito exigente e meticulosa estará a atrapalhar por ter expetativas muito altas que depois não se concretizam. Obrigado Dr.G
PS: Ela tem a mente bastante aberta em relação a assuntos sexuais 
Anónimo, 17, Brandoa

Doutor G: Caro Anónimo, estares a enviar mensagem a pedir ajuda preocupado com o prazer da tua namorada já é um muito bom sinal. Embora obviamente que grande parte dessa tua preocupação seja egoísta pois queres dar-lhe prazer também para te sentires bem contigo próprio. Verdade? Claro que sim, somos homens, faz parte. Claro que é possível fazer badalar a campainha de satã sem o coito em si, aliás, há muitas mulheres que o atingem mais facilmente dessa forma. A minha única pergunta é: E ela sozinha, consegue? Se me disseres que ela nunca tentou, então algo está mal com ela e com a sua sexualidade. Se me disseres que tentou e não conseguiu, novamente algo está mal com ela, fisicamente ou psicologicamente. Se me disseres que ela sozinha consegue, então o problema é muito provavelmente teu. Conversem, ela que te diga como está a gostar mais, para parares, continuares ou virares à esquerda na rotunda. Mais que tu, ela é que tem que saber como tem prazer. Comprem brinquedos, vejam pornografia e besuntem-se com nutella. Se nada resultar ao menos ficam com a boca a saber a chocolate com avelãs.


Prezado, Dr. G. só de lhe estar a escrever, já estou molhada. É autêntico!!! Antes coçava o grelo a pensar no James Bond, agora fecho os olhos e só penso no seu pição (idealizo que seja assim... estarei certa!?) Desde miúda que pratico sexo com vários homens em simultâneo. E como gosto! O meu máximo foram três ao mesmo tempo. Mas preciso de novas experiências e sensações. Nunca tive experiências com mulheres, até aqui sempre achei muito ousado. Sei lá - como diz a outra! Queria saber a sua opinião excelso Dr. G(ostoso), sobre qual o número de gajos e gajas ideal para participar no bacanal e assim conseguir fugir a esta rotina monótona que se tornou a minha vida sexual, que apesar de activa precisa de mais (es)cavacanço... Sei que mora na Buraca - que belo nome de localidade - a minha buraca não é muito longe... Fica a dica :) 
Rute, 36, Amadora

Doutor G: Cara Rute, sim estás certa. Em relação a essa humidade é capaz de ser um cano roto, é melhor ires ao médico do pipi ver disso. Caso não seja nada patológico, agradeço o elogio. Portanto, vamos lá ver se entendi, sexo com outra mulher é muito ousado mas com três homens ao mesmo tempo é uma sexta-feira normal? Percebo, é como quem gosta de ir ao Chimarrão tomar o pequeno almoço mas jantar sushi é muita modernice. Em relação ao número ideal de participantes numa orgia, tudo depende. No meu caso, em relação a gajos o número ideal é 1, eu. Gajas, pode ser um intervalo fechado de 1 a +infinto. Mesmo que eu não dê conta de todas não há problema, ficam lá a ver, ou a arrumar-me a casa, nunca são demais. O ideal é ter sempre alguém que esteja apenas a ver e não participe activamente no chavascal, que faça de coordenadora de grupo e apontadora em algumas ocasiões. Género PT no ginásio "Vai, mais uma! Isso, é toda tua agora!". Isso e filmar, que essas coisas são para gravar e mais tarde mostrar aos netos. Por último, em relação à dica, obrigado mas terei que recusar. Códigos deontológicos e essas coisas chatas. Isso e porque os meus dentes ainda me permitem comer carne sem estar mastigada.


Caro Dr. G., sou caloira e conheci um rapaz numa noite da semana académica. Desde aí nunca mais nos largamos, andamos à mais de um mês a encontrar-nos. Dormimos juntos quase todas as noites, vamos ao café, ao cinema e ao fim de semana falamos quase todos os dias. Mas ele diz que não me beija à frente das pessoas porque quer ir com calma e quando saímos não andamos de mãos dadas nem dada. Inclusive ele já me disse que só teve uma relação séria e o resto tem sido só curtes. Contudo, quando estamos os dois sozinhos ele abraça-me e dá-me carinhos, dá a entender que gosta de mim percebe? E quando falamos por mensagens ele é sempre muito carinhoso comigo... Sinceramente Dr., acha que isto tem pés para andar ou será que para ele é só mais uma curte?   
Anónima, 19, Marrazes

Doutor G: Cara Anónima, isso à primeira vista parece-me que ele pode ter namorada e nunca te ter dito. Pode também dar-se o caso de ele ter dito aos pais que era gay e agora não querer ser visto em público todo hetero. Era uma desilusão para os pais. Vou mandar-me agora para fora de pé e dizer que pode ser por ter vergonha de ti, seja por uma verruga mais saliente que tenhas, uma buço proeminente ou até mesmo uma perna de pau que ostentas com mini saia. Caso não seja nenhum desses casos, ou ele é parvo ou só quer curtes. Podes sempre dizer-lhe que queres que te possua num local público mas que não precisa de te beijar nem dar a mão. Quando ele se estiver quase a vir tu páras e dizes "Desculpa, não me sinto confortável a dar-te orgasmos em público".


Olá Dr. G, começo por lhe fazer uma pequena pergunta: epá, mas onde é que anda aquele rei do javardanço que começou com esta rubrica? Parece-me que está mais sério e mais sentimental caríssimo... Por essa razão, gostaria que respondesse a este meu dilema, mas à sua boa maneira! Eu e a minha namorada somos uns praticantes curiosos - diria eu - na arte das lutas todos nus. Gostamos de inovar no que toca a técnicas de praticar o chavascal, de forma a chegar ao K.O. da forma mais gostosa possível. Não é preciso falar em pormenores, com a sua experiência e conhecimento, o Dr. percebe do que falo. Até aí, tudo bem. Contudo, como lutador afincado que sou, sinto sempre que podia dar mais "luta" do que aquela que realmente dou (leia-se aguentar mais tempo no "ringue"). Mesmo não sendo um daqueles que desiste 5 minutos depois de começar, queria lutar por mais tempo, se é que me entende... Sendo o Dr. um mago do nirvana (se é que me entende), fale-me das suas técnicas de resistência, para que as possa aplicar e tornar-me num - quase tão grande - tubarão como o é o Sr. Dr. Cumprimentos!
PS. sou do clube que gosta do bom português e conjuga o verbo HAVER como deve ser! 
Anónimo, 21, Porto

Doutor G: Caro Anónimo, é da idade e do tempo, faz-me ficar mais sentimentalão. Se reparares, duas dúvidas acima fui bastante javardo. Estou em Londres, lá está, é do tempo. Bom, em relação à tua dúvida, existem várias ténicas para se poder levar o combate ao 12º assalto, prolongando o KO até ao nascer do sol. Uma delas é beber uns copos mas sendo que beber todos os dias faz mal ao fígado, aconselho apenas em ocasiões especiais, quando é preciso fazer aquele brilharete. Segunda técnica é sempre que começares a sentir aquelas coceguinhas na cabeça do pimpolho, pensares na Manuela Ferreira Leite. Também funciona com a Merkl, mas pode causar danos irreversíveis. Uma vez vi uma entrevista de um actor pornográfico que dizia que pensava na mãe para aguentar mais tempo, mas isso é só doente, no entanto se quiseres experimentar, é pela tua conta e risco. "Come a sopa toda" ganha toda uma nova magia. Existem outras técnicas comprovadas e mais sérias mas com menos graça e como te queixaste que eu estava a ficar pouco javardo não as vou revelar, só porque sou um traquinas. Fica apenas um conselho, se tu ficas KO rápido pede a desforra e continua o combate de seguida. E outro e outro. Mete gelo e bebe um redbull se for caso disso.


Boas Doutor G, sempre quis falar disto consigo, por isso cá vai! A minha vida amorosa baseia-se sempre ou em gado ou xoninhas. Passo a esclarecer: ou conheço gajos que comem tudo o que se mexe; ou conheço gajos que são autênticos paus mandados, pães sem sal, sem qualquer tipo de conteúdo, enfim. Muito sinceramente, nunca conheci um gajo decente, um tipo interessante, com boa  treta, culto, com um óptimo humor e, acima de tudo, FIEL! Doutor, a questão pertinente aqui é: serei eu que só atraio gado em manada e paspalhos desinteressantes? Porquê que SÓ esses tipos vêm ter comigo? Terei de mudar algo em mim (?) Cumprimentos 
Anónima, 23, Lisboa

Doutor G: Cara Anónima, não te conheço por isso não posso responder. Há no entanto um certo tipo de pessoas que parece que têm escrito na cara que gostam de gajos cabrões. Já aqui falei na semana passada sobre o círculo vicioso Xoninhas-Badboy, que calculo que seja aquele onde estás metida. Quando dizes que só esse tipo de rapazes é que se vai meter contigo é que estranho, já que um xoninhas não se mete com ninguém. Talvez esteja na altura de começares tu a tomar a iniciativa e em vez de esperares que sejam eles a meterem-se contigo, pega as rédeas e escolhe um espécime que te pareça melhor.


Caro Dr G, gostava de saber quanto tempo em media devo esperar antes de praticar o coito com um gajo com quem ainda não estou numa relação. Não quero parecer oferecida e quero uma relação séria com ele mas não sei se ele quer.  
Inês, 23, Coimbra

Doutor G: Cara Inês, essa pergunta é parva. É das maiores palermices achar que há um tempo certo que se deve esperar, seja para ligar a alguém ou para fazer sexo. Querem fazer sexo? Estão com vontade? Conheceram-se há 10 minutos? Que se foda(m)! Comam-se todos para aí e lambuzem-se sem dó nem piedade caraças. "Ai, não posso fazer já que é para ele não pensar que eu sou uma porca e eu quero algo sério com ele!". Quer dizer, se fosse um gajo sem interesse era dar tudo na primeira noite, com sobremesa e tudo, como é um gajo como deve ser com quem se quer ter algo mais, vai-se obrigar o desgraçado a esperar quando ele é que devia ser recompensado por ser um gajo que epá sim senhor? Isso é começar uma relação baseada na mentira. Na mentira que "Eu não sou nenhuma porca" quando no fundo afinal é e não há mal nenhum nisso. Tu bem o disseste "Praticar o coito", ora se é praticar é para fazer o mais cedo possível para se ganhar experiência.



Está feito. Relembro que estou em Londres em trabalho e ainda assim não vos falhei. O mínimo que podem fazer é partilhar isto e referenciar o Doutor G junto dos vossos amigos que aparentem ter vidas sexuais pouco satisfatórias. Por falta de tempo ficaram algumas dúvidas de fora que saem na próxima edição. Enviem também as vossas para porfalarnoutracoisa@gmail.com.


Até lá, façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.

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