10 de fevereiro de 2015

Micro pénis, traições e homossexualidade



Esse fim-de-semana, foi gostoso? Com o frio que esteve é bom que se tenham agasalhado convenientemente com um preservativo de lã. Vamos a mais uma rubrica "O Doutor G explica como se faz"? Vamos sim senhor, que da última vez que vi ainda era eu que mandava aqui. Para quem ainda não conhece, é onde são respondidas a dúvidas sentimentais, sexuais e existenciais, enviadas pelos leitores durante a semana.


Caro Dr. G, comecei a namorar com um rapaz mas quando fizemos sexo pela primeira vez eu nem senti nada. O pénis dele é demasiado pequeno. Quando digo pequeno, quero dizer do tamanho do meu dedo mindinho e da grossura de um lápis. Eu gosto muito dele mas não sei se me consigo satisfazer assim. O que devo fazer?
Sofia, 26, Aveiro

Doutor G: Cara Sofia, dizem que o tamanho não importa, mas isso é porque as pessoas por norma mentem muito. É óbvio que importa, por defeito ou por excesso e parece-me que o teu caso é o primeiro. Já dizia Vinicius de Moraes "Que enquanto houver  língua e dedo nenhuma mulher nos mete medo", mas o Vinicius bebia bem, portanto também não é para levar tudo à letra. Pensa assim, ao menos no sexo anal não te vai doer.


Caro doutor G, sempre consegui grande parte das raparigas que queria, sem perceber bem porque conquista-las era algo que não exigia muito esforço da minha parte, agora precisamente na altura em que procuro algo mais sério, não consigo ter uma rapariga mais do que uma noite ou nos melhores casos mais do que alguns meses, o que está errado comigo?
Rafael, 20, Aveiro 

Doutor G: Caro Rafael, primeiro que tudo se uma rapariga não quer mais nada contigo depois de uma noite é porque não estás a fazer o trabalho bem feito. Quando é bem dada elas querem sempre o encore. De resto, pode ser porque estás a conhecer mulheres no sítio errado. Se vais à conquista das bêbedas de mini-saia em cima da coluna da discoteca é normal que elas não queiram uma relação séria. Se não é disso, pode ser do facto da tua personalidade não ser boa e para isso normalmente não há cura.


Tinha uma namorada espectacular, mas após alguns anos de namoro deixei-a porque a nossa relação tornou-se monótona e comecei a sentir vontade de estar com outras raparigas. Após isso arranjei outra namorada igualmente espetacular, no entanto após alguns meses a primeira namorada ligou-me para um café e eu acabei por aceitar, isto tudo na minha inocência. Quando fui a ver estava com língua enfiada na garganta da outra. Resumindo gosto das duas, o que fazer?
Sérgio, 21, Sintra 

Doutor G: Caro Sérgio, tens 21 por isso ainda te dou o desconto, mas ir ingenuamente tomar um café com uma ex-namorada é erro de principiante. Se gostas das duas é porque não gostas verdadeiramente de nenhuma, por isso deixa as duas e vai à procura do verdadeiro amor, ou então, para já fica com a que é melhor na cama. Fácil, fácil.


O meu namorado gosta de ouvir Celine Dion enquanto fazemos sexo. Para além disso, sempre que nos despimos ele dobra primeiro a roupa e arruma-a no armário, antes de começarmos a fazer amor. Será que ele é gay?
Ana, 32, Lisboa

Doutor G: Cara Ana, lamento dizer-te mas sim, o teu namorado se não é gay, já fantasiou em jogar ao esconde a morcela com os amigos. Arrumar a roupa antes ainda é desculpável, pode ser apenas o complexo edipiano, que o faz relembrar os tempos em que a mãe o mandava arrumar o quarto, enquanto o ameaçava com chibatadas de cinto nas nádegas. Agora ouvir Celine Dion? Seja no sexo, no carro ou em qualquer outro local, é rabixiche. Ainda assim, pergunta-lhe se quer ir fazer danças de salão contigo, só para ter a certeza.



Boas doutor G, sempre que vou a festas, como sempre uma ou mais raparigas. Nem que seja só uns beijinhos e quando a sorte toca à porta, uma quequinha dentro do carro. Pronto, quando vou para casa, nunca paro de pensar nas moças, sonho bastante com elas, não paro de pensar nelas.. 
O que será este sentimento?
Pedro, 21, Lisboa

Doutor G: Caro Pedro, isso é o teu pénis a sentir o síndrome de Estocolmo, que é aquele sentimento que alguns reféns acabam por sentir pelos seus raptores. Achei fofo teres dito "quequinha", espero que não seja porque foi rápida e pequenina, nesse caso o sentimento que dizes ter é sentimento de culpa por não teres dado o máximo, em que o teu cérebro racionaliza e ilude-te para te sentires tentado a contactá-las outra vez, para fazeres melhor figura da segunda tentativa.


Doutor G, acho que sou lésbica. Apesar de gostar de um ocasional rolo de carne, o que mais me excita é pensar num belo e suculento pipi. No entanto, é-me difícil lidar com isso e sair completamente do armário. O que aconselha?
Andreia, 23, Odivelas

Doutor G: Cara Andreia,  claramente que ao utilizares expressões como "rolo de carne" se nota que és lésbica e que tens futuro na camionagem. Ainda assim e correndo o risco de me arrepender, só poderei fornecer uma opinião mais profissional se visionar vídeos e/ou fotos tuas com uma amiga, para ter a certeza que se trata realmente de lesbianismo e não apenas de uma amizade íntima.



O Doutor G anda a receber menos mensagens. Se querem que esta rubrica tenha continuação, têm que ser mais proactivos e enviar as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com para a próxima segunda-feira. 


Até lá, façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.




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