17 de novembro de 2016

Declarações palermas de uma "psicóloga"



Então, diz que a Dra. Maria José Vilaça, responsável da Associação de Psicólogos Católicos, disse que ter um filho homossexual é como ter um filho toxicodependente? Já sei o que estão a pensar: «Associação dos Psicólogos Católicos? Que palhaçada é essa?». Deve ser uma associação à qual as pessoas recorrem quando têm uma pancada tão grande que não há terapia que safe e só lá vai com rezas, orações e coisas que temos a certeza de que funcionam mesmo. São uma espécie de exorcistas licenciados que ninguém contratou para um call center.

A Ordem dos Psicólogos já veio dizer que as declarações eram palermas (talvez tenham utilizado outras palavras, mas, na verdade, era isto que queriam dizer), como se já não lhes bastasse terem de emitir comunicados semanalmente a distanciar-se das declarações do Quintino Aires. A Maria José já veio esclarecer e dizer que não foi isso que ela disse, e que essa comparação apenas se referia ao facto de haver pais que rejeitam os filhos por estes serem homossexuais, tal como acontece aos pais de toxicodependentes. Pronto, estamos esclarecidos! Afinal, a Maria José não é assim tão palerma, certo? Até faz sentido e, nesse caso, o preconceito está do lado dos pais, algo que, infelizmente, é verdade em muitos casos. Estava já de pazes feitas com a Mizé, quando descubro este vídeo que tomei a liberdade de editar para ficar mais curto, mas sem tirar nada do contexto, onde podem ver a verdadeira posição da Dra. relativamente à homossexualidade.


Gostaram? Muita forte a Mizé. Até a santinha lá atrás está com ar de quem está a sentir vergonha alheia por dizerem merda em nome dela. Vamos analisar por partes:

0:03 - A Zé, infelizmente, já procriou e tem três filhos. Coincidência, ou não, tem mesmo aquele ar de quem só fez sexo três vezes na vida. Mesmo pinta de professora primária que se tocava por cima da roupa a olhar para a foto de Salazar.

0:25 - Não, minha amiga. Uma infantilização da sexualidade é andar a chafurdar em criancinhas como os padres que a tua Igreja protege e, mais do que comprovadamente, abafa escândalos atrás de escândalos que serão apenas a ponta do icebergue pedófilo.

1:00 - E a marota da sociedade que agora vê a homossexualidade como uma coisa normal? Na Arábia Saudita é que a fazem bem! Pena de morte para quem não experiencia a sexualidade na plenitude entre homem e mulher. Realmente, tanta gente sem escrúpulos que anda por aí sem colocar a questão se a homossexualidade está certa ou errada! Enfim, pessoas que andam na rua sem se perguntarem constantemente se o que os outros fazem no quarto é ou não aceitável. Não tarda, a bonita tradição da homofobia está completamente extinta. Os jovens estão perdidos e precisam de Jesus dentro de si. Não literalmente, digo eu...

1:23 - É um problema cultural grave, sim senhora. Diria até que que ter as ruas do Bairro Alto cheias de pessoas com roupa colorida é um perigo para quem tem epilepsia! E o cheiro a perfume? Aquilo é gente que toma dois banhos por dia e usa laca com aerossóis sem se preocuparem com o aquecimento global! Vou sempre à volta por uma rua de cima cheia de mitras que vendem droga que esses sei que a única coisa que me querem espetar é uma facada! 

1:29 - A senhora psicóloga admite que, em alguns casos, pode haver ali stress nos cromossomas, mas não acredita que isso os leve direitinhos para a homossexualidade. Quanto muito é gente que nasce a gostar imenso de calipos e de pepinos, mas daí até gostarem de pénis só com um empurrão da sociedade. Por exemplo, depois de verem o videoclip dos O-Zone: Dragostea Din Tei, que foi produzido e musicado pelo Belzebu em pessoa! É coisa para fazer com que até o mais másculo dos taxistas chegue a casa e comece a redecorar a sala.

1:45 - Maria José, sabes o que é que também é uma imaturidade que se torna patologia? Ter um amigo imaginário chamado Jesus. Se o teu amigo invisível se chamasse Amílcar, era esquizofrenia, como tem múltipla personalidade e se chama Deus e Jesus, é fé. Toma juízo Mizé. Ajoelha mais e reza menos.

1:57 - Para começar a cura é preciso que as pessoas se sintam mal e admitam que têm um problema! Curiosamente, é exactamente nessa parte que a Mizé ajuda os seus pacientes. Com este discurso, um homossexual chega lá porque está com ataques de pânico devido a problemas no trabalho, e a doutora pergunta logo: «Será mesmo pelo trabalho? Não será porque ouviu dizer que a Boyoncé se vai divorciar do Kanye?», ou «Tem a certeza que não está nesse estado porque anda a fazer amor com o rabo com o Alfredo?». E o homossexual, que até aí nunca tinha associado uma coisa à outra, começa a sentir-se julgado. A Mizé aproveita: escarafucha e implanta-lhe na cabeça a ideia de que no rabo é pecado e de que ele se devia sentir mal com o facto de estar a trocar as voltas a Deus que tão habilidosamente fez o pênis e a vagina para que encaixassem. Anda Deus a fazer pénis e vaginas em série, sem que a mãe do Pedro Arroja lhe dê uma mãozinha, e depois vem um gay armado em esperto e diz «Meter o pénis naquela boca vertical? Ó Ó! Nem pensar, vou metê-lo no recto do Arnaldo que tem melhor aspecto.» Enfim, estes homossexuais que não respeitam o livro de instruções do Criador.

2:12 - Para a Mizé, um homem que goste de outro homem, ou uma mulher que goste de outra mulher, não são mais do que pessoas que se contentam com marcas brancas ou «sucedâneos da plenitude.» Vais ao supermercado para comprar chocolates suíços, mas estão esgotados e, por isso, acabas por trazer daquele chocolate espanhol meio manhoso? Ganda paneleiro.

2:24 - Felizmente, o tratamento para o espírito maligno do homossexualismo é possível, desde que se perca o medo! Obrigado Maria José, vou já avisar todos os meus amigos que tu estás cá para os salvares! Tive acesso em exclusivo ao plano de cura de um homossexual. É uma espécie de 12 passos, todos para a frente que é para não se atracar de popa:

Para homens:
  1. Comer três calipos ao dia durante uma semana para fazer o desmame inicial;
  2. Fazer um colar com postas de bacalhau asa branca e utilizar durante uma semana para habituando o olfacto;
  3. Um cunilingus em jejum durante três semanas;
  4. Efectuar o coito vaginal sem preservativo, mas ao som de Celine Dion para atenuar os efeitos secundários;
  5. Para evitar recaídas, deixar de ver o Querido Mudei a Casa.
Para mulheres:
  1. Deixar crescer o cabelo e deixar caducar a carta de veículos pesados;
  2. Comprar 10kg de pepinos: metade para alimentação, a outra metade para lazer;
  3. Fazer as lides domésticas e limpar o pó com as camisas de flanela;
  4. Efectar o coito vaginal, mas, nas primeiras duas semanas, só enfiar a cabecinha;
  5. Chamar por Deus e levar com ele todo lá dentro como uma mulher a sério.
É genético? É cultural? É uma doença que se apanha nas casas de banho? O que é que isso interessa? Se têm medo que se pegue, caguem em casa. Foda-se, não percebo esta fixação, muito católica, de espreitar pelo buraco da fechadura para verem com quem as pessoas andam a fazer sexo. Os católicos fanáticos são uns voyeurs que aposto que a primeira coisa que vão fazer quando chegarem ao céu é aproveitar a vista lá de cima para ver quem anda a pinar com quem, enquanto se esfregam numa nuvem e fazem contacto visual com um anjo assexuado. Palermas.




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