27 de janeiro de 2015

Orgias, masturbação e sandes de presunto



Aqui estão algumas das dúvidas enviadas esta semana, devidamente respondidas na rubrica semanal "O Doutor G explica como se faz". Vamos a isto. 


Quando estava a fazer o amor com o meu namorado meti-lhe um dedo no cu, tendo ele gritado nesse preciso momento: mais fundo Ramón. Devo estar preocupada?
Marinela, 22, Parede

Doutor G: Cara Marinela, não penso que haja qualquer tipo de motivo para haver preocupação. Foi um grito de prazer ou de dor? Aí é que está o cerne da questão, se foi de prazer não há nada a temer, cada um se excita com o que quer. Se foi de dor é não voltares a fazer. De qualquer forma, acho que o mais óbvio é ele lhe estar a dar a fome e gritar "Jamon", que foneticamente é semelhante a Ramón, mas que no fundo o que ele estava a pedir era uma sandes de presunto. 


Ajude-me Doutor G, um dia destes estava a fazer amor com a minha namorada quando ela me enfiou um dedo no cu. Quando o senti, lembrei-me de um colega de faculdade que estava cá em Erasmus e gritei: mais fundo Ramón. O que faço agora? Acho que ela anda desconfiada que sou gay, mas não sou, gosto muito de pipis.
Alberto, 25, Parede 

Doutor G: Caro Alberto, diz-lhe que estavas a pedir uma sandes de presunto e a coisa resolve-se. Acredito que gostes muito de pipis, mas provavelmente também gostavas de experimentar moelas.


Se há coisa que aprecio, é uma valente bazucada no béfe duma donzela! Ora, perante tal cenário, um pensamento recorrente, se me apresenta. Está um gajo a lançar cargas de ariete na rebimba da gaja e pensa: "Será que hoje é dia de sorte, a gaja está na dieta da Depuralina, só bebeu 2 copos de purgante e fez um clister antes de sair de casa? - o que resulta numa saída à lá Troika, ou seja, limpa! - Ou então, a gaja é uma lambona, almoçou mão de vaca com grão, jantou chispalhada com molho de mostarda e quando eu desenterrar o nabo, este vem com toping? Ocorreu-me que se, imediatamente a rechear-lhe o casqueiro com fondue, lhe aplicar uma cachaporrada à trolha, no cachaço, a tipa contrai-se toda (com a dor e com a surpresa).O anel fica tão apertado com a contracção que, é o momento ideal para saltar fora, limpo e enxuto. 
Dúvida: A aplicação de tal técnica, pode ser considerada violência doméstica ou apenas, limpeza a seco? Obrigado.
Adamastor, 40, Alfornelos 

Doutor G: Primeiro que tudo os meus parabéns pela tua escrita eloquente, nada a dever ao grande filósofo do chavasco que era o "Diário do meu pipi". A técnica que falas era exactamente a que eu iria sugerir ao começar a ler o teu email. Acho que disseste tudo. Nunca será violência doméstica, mas pelo sim pelo não, em vez de lhe dares no cachaço, dá-lhe uma na nádega direita com tamanha força que até as tuas impressões digitais ficam lá marcadas. Se ela se queixar em tribunal a defesa é mais fácil, advogando que foi puramente uma agressão no calor do momento.


Sempre que o meu namorado ejacula na minha boca eu vomito-lhe a barriga. Gostava de superar este nojo.
Ana, 25, Porto

Doutor G: Cara Ana, porquê na barriga? Ao menos põe-te de joelhos e vomita para o chão. Gargareja com caracóis que vais-te habituando à consistência e diz ao teu namorado para beber muito sumo de ananás para te adoçar a boca. De nada. 


Olá Doutor. Queria ver se me conseguia tirar esta dúvida que tenho. A minha mulher está grávida já de 2 meses, e tem andado um bocado em baixo ultimamente. Há uns meses atrás ela perguntou-me se eu queria faz um ménage com ela, mas como achei que isso não era normal vindo dela, pensei que fosse uma armadilha e disse-lhe que só ela era importante para mim. Agora, passado este tempo, veio com esta conversa outra vez, mas desta vez perguntei-lhe de que maneira ela queria fazer. Ela disse que queria apenas experimentar uma vez na vida e que não se importava de que forma era. Com a cara que ela fez, eu decidi aceitar e perguntei-lhe se conhecia alguém do sexo feminino que estivesse interessada. Ela no dia seguinte já tinha tudo pronto, a rapariga que ela escolheu também era jeitozinha. No final de finalizar o acto do coito com as duas meninas, deitei-me e pensei um bocado sobre o que tinha acontecido e daqui vem a minha dúvida doutor. Enquanto efectuava o acto, a minha mulher estava grávida, será que no meio disto tudo, em vez de estar a participar num ménage, estaria antes numa Four-Way, ou teríamos de estar todos em acção para que fosse uma Four-Way?
Carlos Jorge, 37, Braga 

Doutor G: Caro Carlos, só é considerado Four-way se o bebé der algum pontapé durante o acto, caso contrário não participou. Acho que é um facto mais que sabido e que vem em qualquer livro de sexologia que se preze. Tantos anos para fazer uma ménage e vão escolher a altura em que a mulher está grávida? Bem sei que a gravidez dá desejos estranhos, mas quando assim é, dá-lhe antes almôndegas com chocolate, esparguete com chantilly ou batatas fritas com maça, que a vontade passa-lhe.


Doutor G, a minha dúvida pouco tem a ver com sexo. Ando com um homem casado há 2 anos, ele promete que vai deixar a mulher mas que é preciso tempo para se preparar, principalmente por causa dos filhos. Gostava de acreditar que esse dia vai chegar, já que eu gosto mesmo dele. O que aconselha?
Rafaela, 33, Lousã

Doutor G: Ele nunca vai deixar a mulher. Agora faz o que quiseres com esta informação. 


Já passei dos 40 anos e só tive uma mulher, em termos de sexo. Era virgem até aos 26 anos e agora tenho uma enorme vontade de conhecer outras vaginas e até há uma colega de trabalho está maluca para ir para a cama comigo. O problema é que já não sei como conquistar uma mulher e pior, nem me lembro como se tem sexo. Preciso ajuda.
Xico, 45 anos, Funchal 

Doutor G: Primeiro que tudo acho estranho que alguma mulher esteja maluca em ir contigo para a cama, quando utilizes expressões como "conhecer outras vaginas". Segundo, se ela já quer, então a parte da conquista já não precisas de ajuda. Terceiro, na parte do sexo não te posso ajudar, o sexo só se aprende fazendo, não se ensaia. É como o Stand Up Comedy, por muito que o faças sozinho em frente ao espelho, só quando o fazes ao vivo e vês o público a "gozar" o momento, é que sabes se és bom ou não. No entanto, aconselho o visionamento de alguma filmografia da especialidade, como: "20 mil línguas sob Marina", "7 ânus no Tibet", "Peter Pau" ou ainda o clássico "Zero zero mete"


Há uns tempos, numa tarde domingueira no verão estava eu à sombra nas traseiras da capoeira da minha bisavó a curtir a paisagem da minha terra natal e a descafandrar (termo regional para esgalhar) com todo vigor o meu mergulhas. Nisso aparece a minha prima e depara-se com meu o ritual estival de masturbâncias, ou seja a encerar a trave. Começa a chamar-me nomes, rotular-me de punheteiro, sarapitoleiro e não sei que mais. Ora eis o cerne da questão. Eu não sou nada disso como dá para entender. Isto são muitos anos de treino de palmatória e eu ando para patentear a minha orientação sexual. Inicialmente, na minha pré-adolescência, considerava-me monosexual, ou seja mono-dextrosexual, devido a prática e a técnica de uma só mão (direita neste caso). Mais para a frente mono-sextrosexual (esquerda neste caso). Mas atenção, sempre com protecção nos pulsos para nunca sofrer do contagiante pulso partido, como meio mundo que anda para aí. Com o avantajado crescimento do mergulhas, a técnica progrediu para, com duas mãos e daí, uma nova classificação taxonómica brotou para o mundo. Duosexual. Nota, não confundir com bissexual, que isso já há aos montes.
Como não subscrevo com a redutora classificação que são abreviados os homossexuais (de paneileiros ou de bichas), gostava imenso ser o pioneiro com classificação patenteada nestas artes manuais.
Por isso gostava que me ajudasse a definir a minha orientação sexual. Sabe srº doutor, é que não gosto nada ser como o catavento. Ora é isto ou ora é aquilo conforme as vaidades e sabores das modas decorrentes.
Ismael, 27, Évora

Doutor G: Caro Ismael, estou de tal forma desiludido contigo que nem consigo responder à tua pertinente pergunta. A única coisa que me ficou na memória foi o facto de não teres aproveitado para comer a prima. És o que se chama em sexologia, um coninhas.

E é isto. Para que esta rubrica tenha continuação, já sabem, é continuar a enviar as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com para a próxima segunda-feira. 


Até lá, façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.




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