28 de fevereiro de 2017

Trocar o nome do parceiro durante o sexo



É Carnaval, galera. A noite de ontem foi fortíssima? Palhaços com enfermeiras? Pikachus com freiras? Padres com colegiais? Piada fácil. Vamos a mais uma consulta "Doutor G explica como se faz". 


Olá Dr. G, venho aqui expor o meu problema. Sou uma rapariga descomprometida e como tal nada me impede de explorar novos horizontes. Geralmente gosto de ir mais além com pessoas que já conheço minimamente e sinto alguma química. Até aqui tudo bem, seria pior se fosse para o urban sacar connects. Mas o problema é que depois de passarmos por bons momentos de conhecimento debaixo dos lençóis, descubro que ele tem namorada!! Quando acontece fico uns meses sem fazer novos conhecimentos e quando volto a investir volta a acontecer. Já é a 3ª vez. Mesmo que não há nada entre nós, todos os que se interessam por mim têm namorada. Dr. G achas que sou uma espécie de íman destinada a homens comprometidos?    
Filipa, 21, Lisboa

Doutor G: Cara Filipa, então, mas e o Facebook serve para quê? Sempre pensei que fosse para descobrir se as pessoas têm namorada. Se dizes que só vais para a cama com pessoas que conheces minimamente, era de esperar que já tivesses feito aquele diagnóstico inicial de pesquisar todas as redes sociais da pessoa e pedir a um amigo polícia para ver se ele tem cadastro. Bem, primeiro, desconfio que só esse tipo de homens é que se interesse por ti. Deves ter outros, mas aos quais não dás atenção porque não têm pinta de cabrões. Não te esqueças que és tu que os escolhes. No entanto, acho que deves levar a coisa como um elogio: sou tão gostosa que até os ursos comprometidos querem provar aqui o mel da menina.


Caro doutor, certo dia calhou em conversa com mais três amigos, qual é ou quais são as razões para que aconteça o seguinte: Duas pessoas (de géneros diferentes) envolvem-se e às duas por três, passado um mês ou dois, há um deles, sobretudo e na sua generalidade, os homens, que dizem "afinal não gosto assim tanto de ti"... e pronto, nesse momento, no geral, no more funaná pelado. Que razões acha que estão por detrás destas situações? São as mesmas para quando é a rapariga a fazê-lo? Mais uma vez espero o seu contributo de forma a esclarecer esta tão pertinente dúvida.   
João, 26, Coimbra

Doutor G: Caro João, isso da dúvida ser pertinente é um bocado relativo. Eu acho que é bastante parva, até. Nem percebi bem, se queres que te diga, mas vou responder na mesma só porque estou com boa disposição:

  • Se a dúvida é porque é que há homens que passado uns tempos dizem que já não gostam assim tanto, então a resposta é: o pipi em questão já não é novidade e fartam-se porque só estavam com a pessoa pelo sexo. Simples.
  • Se a dúvida é porque é que a partir desse momento já não há mais sexo: porque uma pessoa leva a mal quando nos dizem que já não gostam assim tanto de nós, mesmo que nós não gostemos assim tanto dela.
  • Sim, é igual para o caso das mulheres, apesar de os homens se importarem menos de continuar a fazer sexo com alguém que não gosta assim tanto deles. Se não houver mais nada e ela tiver uns seios de antologia, até nos pode odiar que não é por aí. Os homens são mais pragmáticos. Básicos, vá.

Boa tarde Doutor G, namoro à 4 meses e não tenho quaisquer problemas é tudo óptimo. Mas desta vez  disse o nome de outro homem enquanto fazíamos amor. Nunca tive qualquer relação com o outro homem cujo o nome prenunciei, acho que foram assuntos profissionais pendentes do dia que estavam na minha cabeça. Não tenho a certeza que o meu namorado tenha ouvido, porque disse baixinho (saiu-me!) e corrigi gritando o nome dele. No dia seguinte estava tudo óptimo como de costume. Devo falar sobre o assunto com ele, ou devo enterrar bem fundo o assunto e evitar o drama. Gostava de ouvir a versão do homem sobre o assunto, (já que as Mulheres preferem sempre o lado mais dramático e preferia evitar dramas). Doutro G tem algum fluxograma para o meu problema?
Maria, 27, Lisboa

Doutor G: Cara Maria, desde logo noto o problema de não saberes conjugar o verbo haver, mas pronto, já desisti. Tal como sugeriste, vou responder-te em forma de fluxograma:
Simples. Percebo que estejas ali naquele ponto de decisão em que não tens a certeza se ele ouviu ou não. À partida não deve ter ouvido, mas podes testar e de hoje em diante chamar-lhe um nome diferente sempre que fizerem sexo. Começa com Alfredo e vai até Zacarias. Diz que é uma cena tua. Podes também pedir durante o acto «Chama-se Kátia com K.», por exemplo. Mais vale ele pensar que és extravagante (maluca) do que andas a comer outro em part-time. Desde que não lhe chames "Pai", está tudo bem.


Boa tarde dr. G, falo com um rapaz já a algum tempo dele (3anos) e nós sempre tivemos uma química forte , mas durante dois anos nunca combinamos nada ... entretanto eu comecei a namorar e deixamos de falar .. este ano o meu namoro terminou e, eu e o outro rapaz, começamos logo a falar e até já estivemos juntos duas vezes .. o "problema" é que as coisas não evoluíram , ele diz sempre que as coisas levam tempo, por outro lado já me apresentou a alguns amigos, diz que quer estar comigo, que tem saudades minhas e que gosta de mim ... e porque que não evolui?? Já não sei o que pensar ...
C. P , 20, Porto

Doutor G: Cara CP, deixa de ser uma xoninhas e espeta-lhe um beijo e enfia-lhe a língua até às amígdalas e logo vês. Estas dúvidas são o equivalente às velhas que vão entupir as urgências dos hospitais porque têm pontadas na barriga e afinal eram só gases. Perguntar «Porque é que a coisa não evolui» sem fazer nada por isso é o primeiro sintoma da síndrome xoninhus cronicus. Tens 20 anos, ainda vais a tempo de lutar contra isso. Agarra-o pela cara e trata dele como aquelas aranhas que metiam um Alien bebé no bucho das pessoas. 


Caro Dr. G, boa tarde, sou solteiro e bom rapaz, já tive os meus (vários) momentos de funaná pelado, só que, por agora, ando um bocado parado. Entretanto conheci uma rapariga da qual estou bastante interessado e até propus combinar um jantar com ela para provarmos um bife tártaro. Na altura a irmã gémea dela estava presente e fez-se convidada para o jantar. O problema é que com o trabalho e as idas ao fim de semana às Caldas da Rainha para ver a família ainda não tive oportunidade de combinar o dito jantar. Os meus amigos já me disseram para marcar o jantar com ambas as gémeas e deixar de ser coninhas. Eu estou apenas interessado numa delas e receio que a outra fique chateada e/ou ciumenta ao ponto de atrapalhar o arranjinho e prolongar a minha travessia do deserto. Sem querer abusar da confiança, como sou engenheiro creio que uma resposta com um fluxograma iria ajudar a clarificar as várias possibilidades e simplificar o entendimento da sua opinião especializada nestes assuntos do amor e sexo!  
Ricky Muchovery, 26, Amadora

Doutor G: Caro Ricky, nunca percebi bem a fantasia com gémeas, muito menos monozigóticas. Porquê? Imagina que vais à Zara comprar uma camisola e dizem que pagas o mesmo se levares duas. Vais levar uma igual? Não, vais escolher uma do mesmo modelo, mas com outra cor, ou levas uma completamente diferente. Igual com o sexo a três. É muito mais giro com duas que sejam diferentes. Para fazer sexo com gémeas uso um jogo de espelhos no quarto. Outra coisa é que no sexo a três com duas mulheres é giro que elas interajam uma com a outra, até para ajudar, e ver duas irmãs a ajavardarem-se, embora seja apelativo ao camionista que há dentro de cada um, se um gajo pensar bem é capaz de ser nojento e demonstrativo de algum problema mental que pode acabar em picadores de gelo empalados nas costas. Posto isto, obviamente que não se deve recusar uma ménage com duas gémeas porque até o próprio Deus leva a mal desperdiçar comida. Aqui fica o fluxograma, como pedido. Em troca, compras o meu livro que está à venda na FNAC ou neste link.
Posto isto, marca o jantar e logo vês. Mesmo que a outra estrague o arranjinho nessa noite, vais ganhar pontos. Agora, provavelmente, a outra não está muito interessada, caso contrário dizia à irmã para se desmarcar.


Querido Dr., tenho um amigo com benefícios há já algum tempo e recentemente num dos encontros de simbiose (em que ambos saem a ganhar), ele sugeriu-me que não explorássemos anatomias alheias e nos restringíssemos apenas à anatomia um do outro. Tendo em conta que é uma relação que tem como único fim o funaná pelado, será que ele quer algo mais sério ou está só a ser esquesitinho? É que o sexo é bom mas gosto de ter outras opções em aberto. O que devo eu fazer?  
Stéphanie, 23, Portimão 

Doutor G: Cara Stéphanie, eis as opções:

  • Ele quer algo mais - razão pela qual não quer que tu andes com outros. Pergunta-lhe directamente e logo vês. Se, por acaso, sentes o mesmo, força nessa relação exclusiva. Se não sentes, diz-lhe e não me chateies. 
  • Ele quer exercer usocapião do teu pipi - ele náo quer nada mais sério, mas como qualquer homem, é possessivo relativamente ao seu brinquedo novo. É inseguro e não suporta a ideia de haver outro homem a desbravar o mesmo terreno e com uma enxada maior e mais competente. 
  • Ele é hipocondríaco - tem medo que ao andares com outros apanhes algum tipo de bicheza na zona envolvente à boca do corpo. Há muitos homens que parecem estar apaixonados e que querem exclusividade, mas que afinal é só medo de apanhar gonorreia. 
De qualquer das formas, calculo que ele não esteja a fazer um bom trabalho porque pela minha experiência, quando uma mulher diz que «só quer sexo descomprometido», se o sexo for épico a história muda logo e começam a deixar escovas de dentes em minha casa. Mas lá está, essa é a minha experiência empírica e o Doutor G não serve de exemplo para ninguém. Seja como for, só tens de decidir se queres um dildo de chicha amestrado ou se queres andar por aí a montar póneis selvagens.


Está feito. Até para a semana. Partilhem e continuem a enviar as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com. 


Façam amor à bruta porque de guerras o mundo já está cheio.





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