7 de fevereiro de 2014

Dia 3 anda à roda



Parece que vão mesmo sortear carros entre quem pedir facturas com NIF. É um pequeno passo para um dia sortearmos pessoas para sacrifícios humanos, à la Hunger GamesDiz que a medida pode render até 800 milhões ao Estado. Eu não acho mal. A nossa obrigação é pedir factura e muita gente se esquece e muitos se fazem de esquecidos na hora de a dar. Se vão sortear carros, que sorteiem mas que é um pouco ridículo é. É uma mezinha para um problema mais fundo. Ninguém ter quer trabalho a pedir e ninguém quer dar, para meter o máximo ao bolso, um exemplo que vem de cima.

Qual será a marca de carros? Ao menos que fosse uma Portuguesa... ah é verdade não há... Assim que marca vai ser escolhida? Serão de um stand de algum tio de algum ministro? Ou será alguma marca cujo representante em Portugal é amigo de algum deputado? Algo me diz que será uma das duas, mas isto sou eu, que gosto de dizer mal de tudo.

Apesar de gostar de medida, porque sou pelo entretenimento e parvoíce em tempo de desgraças, tenho algumas sugestões que poderiam tornar melhor esta iniciativa. Desde logo a transmissão do sorteio, que deveria ser em directo, em horário nobre na TV pública com a Manuela Ferreira Leite com um vestido decotado a fazer rodar a tômbola e a agarrar nas bolas numeradas de forma sensual. Ela já tem experiência em apertar as bolas aos portugueses por isso tem tudo para correr bem.

Fora o sorteio em si, tenho outras sugestões para prémios. Carros acho pouco, até porque depois falta o dinheiro para a gasolina. Para mim sorteavam-se mais coisas, como por exemplo:

  • Tubos de vaselina, para não custar tanto a enrabadela contínua que andamos todos a sofrer, sem sequer um miminho ou um jantar antes.
  • Podiam sortear empregos. Era mais giro. "E o senhor Zé, desempregado de longa duração, antigo maquinista da CP irá agora trabalhar como Relações Públicas da discoteca Pipis na Cova da Moura (esta discoteca existe mesmo!)
  • Podiam já agora sortear obras de arte do espólio nacional. As do Miró já não dá, mas de certeza que haverá outras como as caricaturas feitas em guardanapos na tasca do Quim em Penafiel. Não vale o mesmo, mas são mais giras certamente.
E pronto era isto. Acho que não se devem fazer as coisas pela metade. Ou bem que é para a palhaçada ou bem que não é. Ficar a meio não é bom em nenhuma ocasião, especialmente no sexo, e já que nos estão a foder ao menos que nos façam vir.




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