Antigamente, este dia era feriado. Agora estamos aqui todos a trabalhar a não ser os milhares de desempregados e os filhos da mãe do pessoal que ainda está no bem bom a estudar e a queixar-se que as aulas isto e as aulas aquilo. Não aproveitem, não. Bem, vamos a mais uma consulta na rubrica "Doutor G explica como se faz".
Olá Dr G., pois que aqui a miúda, que está mais perto dos 40 que dos 30, gosta de rebolar! Tive uns quantos Fucking Friends e meia duzia de relacionamentos. Acontece que sem querer, tropecei numa cena antiga! Pois o primeiro tipo com quem soltei a franga, foi mau, na altura.... Agora.... Agora foi muito bom e não tenho duvidas que sou a melhor queca da vida dele. Conversamos e, dito por ele, não quer nada sério... saiu de um relacionamento complicado... Ok, a cena é boa, quero lá saber do anel, mas depois mete-me ao telefone com a mãe, oferece-me presentes, só falta deixar a minha escova de dentes em casa dele. O que raio se passa?
Anónima, 37, Lisboa
Caro Dr. G, passa-se o seguinte: sendo eu um jovem rapaz com os meus 25 anos e com a minha historia de relacionamentos... venho preguntar se o doutor acha normal... eu nao conseguir ter um relacionamento por mais que dois meses no máximo, algo me diz para saltar fora a primeira oportunidade... ela pode ser espectacular mas mais cedo ou mais tarde eu aborreco-me sera isto normal... ou um caso de xóninhas crónico?
Pedro, 25, Braga
Caro doutor G., namoro há 4 anos e há quase 2 que mantenho uma relação à distância. Amo-o muito e acontece que, apesar de termos acordado manter a coisa na monogamia, ambos temos tido affairs com outras pessoas; a pior parte, é que ele não assume (apesar de não saber esconder), e eu adorava que pudessemos ser sinceros um com o outro até porque eu própria dou as minhas escapadelas com alguma frequência (não consigo passar muito tempo sem levar com ele, fico toda nervosa). A minha questão é: devo assumir o meu comportamento e correr o risco de acabar esta relação ou continuar sem falar no assunto como se não fosse nada?
Maria, 23, Porto
Caro Guilherme, antes de mais quero felicita-lo pelo seu excelente livro que me tem proporcionado alguns minutos de riso diários. Agora, voltando ao assunto que me traz ate si: Há 3 anos conheci uma rapariga com quem me super identificava mas neste “match made in heaven” havia um senão: ela era casada. Os dias foram passando e a tensão sexual entre nos aumentou ate que não foi possível aguentar mais e acabamos ambos no vale dos lençóis. Pensei que seria apenas uma escapadela da parte dela pois era casada há 5 anos mas, contra todas as hipóteses 2 meses depois deste incidente a rapariga divorciou-se! Assim, sem ninguém pelo meio, decidi esperar mais uns tempos ate as coisas acalmarem e assumi uma relação, so far so good que ate decidimos juntarmo-nos num apartamento e realmente viver como um casal e puff... Até ali, a nossa vida sexual era muito activa e qualitativa, íamos aos lençóis 4 ou 5 vezes por semana e queríamos ambos mais e mais, mas tudo mudou. Sem razão aparente, de um dia para o outro a rapariga começou a evitar qualquer contacto sexual. Claro que a frustração e rejeição começam a tomar conta de mim, nunca fui egoísta no sexo, sempre pus a sua satisfação em primeiro lugar e a variedade sempre existiu. Mas também não consigo acabar com uma relação só porque não há sexo há 7 meses, mas também não suporto a ideia de ser rejeitado constantemente. Poderá o doutor elucidar-me com os seus conselhos?
PM, 30, Lisboa
Bom dia caríssimo Dr. G. namoro há 2 anos mas o gajo não me satisfaz sexualmente, tanto que eu tive que arranjar um segundo plano e ir chafurdar em território alheio. A questão é que me arrependo e bastante. E a pessoa com quem cometi o pecado do adultério nunca mais me disse nada depois do que aconteceu. Não tenho sabido como lidar com nenhuma das situações e aguardo ansiosamente que me elucide para o que fazer.
M., 20, Inferno
Caro Doutor G, tenho 20 anos e estou na universidade, posso-lhe dizer que já tive algumas oportunidades indecentes de lutas greco-romanas debaixo dos lençóis, mas que nunca se chegaram a concretizar. Isto tudo deve-se a minha insegurança e receio uma vez que não sou muito dotado da parte de baixo. O que me aconselha a fazer da minha má sorte? Aqui vão as minhas medidas: 12,5 cm de comprimento e 12 de diâmetro
António, 20, Leiria
Doutor G: Caro António, deve haver algum erro com as tuas medidas. 12cm de comprimento e 12cm de diâmetro? Isso não é um pénis, é um disco! É um coto de um rolo de carne! Vou, então, partir do princípio que o diâmetro está errado e que é outro valor qualquer dentro do médio baixo. Não te vou mentir António, não tens um bacamarte, não. E, não te vou mentir António, o tamanho conta, nem que seja psicologicamente. Digamos que tens uma piloca modesta. Aliás, as boas notícias é que, segundo as novas estatísticas, só está abaixo da média por 0.7 cm. Não é um caso clínico em que precises de meter espuma isolante para dar volume ao bicho. É um pénis que se tiveres boa técnica, endurance e fores um gajo dedicado com os dedos e com a língua, elas não se vão queixar. Vê as coisas pelo lado positivo: vai ser-lhes fácil efectuar uma garganta funda (mais ou menos funda, vá) e nunca vão ter a desculpa de dizer que não querem anal porque lhes dói. Tens é de ter confiança! Agarra-as e encosta-as à parede e diz-lhes ao ouvido «Vou despir-te e dar-te uma meia-dose de enchido que até diz que é melhor porque a carne processada faz cancro!».Boas, Doutor G. Estou com um problemazito de gaja... completamente. Entrei há um ano e pouco para a Universidade e conheci várias pessoas, entre as quais a Antonieta que é a rapariga que me dou melhor. A Antonieta é muito tímida e nunca teve uma relação. Eu bem tento, porque ela é uma rapariga brutal, mas não vai lá. Bem, passado uns meses, comecei a dar umas voltitas com um rapaz e, vai na volta, quando contei à Antonieta, a reação dela foi muito estranha. Achei que ela estava interessada nele. Tempos depois disse-lhe isso, mas, como é esperado, ela negou. Entretanto, ela disse-me que estava interessada num conhecido nosso. E isso era brutalíssimo SE esse rapaz e eu não tivéssemos uma relação muito boa e SE ele não parecesse estar interessado em mim. Inicialmente, via-me a ceder a este rapaz, mas quando soube, risquei essa hipótese (para não estragar ambas as amizades). Até agora tudo ok, sou uma tipa porreira. Acontece que, neste momento, dou-me muito bem com um outro rapaz e tenho uma curiosidade enorme de dar umas cambalhotazitas com ele. A chatice nº 3: ela parece ter uma igual pancada por este, embora não tenha admitido. Questão: Devo continuar a dizer que não às minhas cambalhotas por causa de uma amiga que não sabe o que quer? É que, vendo as últimas situações, temos tendência para achar piada aos mesmos. Ou devo simplesmente avisá-la mal me interesse por um rapaz, do género "Pára lá Antonieta que este é meu!"?
Inês, 19, Porto
E pronto, depois do trabalho que isto me deu, o mínimo que podem fazer é partilhar este texto e comprar o meu livro à venda na FNAC, Bertrand e hipermercados. Pumba, marketing digital outra vez assim à Tomás Taveira. Obrigado a todos e continuem a enviar as vossas questões filosóficas e javardas para porfalarnoutracoisa@gmail.com.
Façam muito amor à bruta que é quase Natal e de guerras o mundo já está cheio.