3 de outubro de 2016

Fazer amor com a boca, desenhos e fluxogramas



Sei que foram semanas e semanas de espera, sem a vossa dose de javardeira com classe, mas finalmente o Doutor G está de volta para mais uma consulta "Doutor G explica como se faz".


Boa tarde, a minha mulher só quer fazer amor de luz apagada. Qual é o significado?
Anónimo, 42, Braga

Doutor G: Caro Anónimo, assim é que eu gosto: dúvidas curtas e directas ao assunto. Ora bem, podem ser vários os significados para tal exigência da tua mulher. Aqui fica um pequeno fluxograma que ilustra as principais hipóteses de acordo com um estudo altamente científico feito na Internet.

Caro Doutor G, tenho 19 anos e já ando a praticar esta divindade dos deuses, que muita gente chama de sexo, há quase 2. Já tive um namorado e depois dele tive alguns parceiros, mas apenas casos de uma noite. No início do ano comecei a envolver-me com um amigo meu e durante esse tempo não estive com mais ninguém (apesar dele sim) mas ficou estabelecido que não íamos ter nada sério. Passados 2/3 meses comecei a perceber que não era só isso que queria, fiz uma mini cena de ciúmes com uma gaja que apareceu no meio e resolvi acabar com os benefícios da nossa amizade. Depois disso ele começou a ver-me com outro rapaz e a situação dos ciúmes foi ao contrário. A relação com o outro rapaz durou pouco tempo e nunca deixei de falar com o meu tal amigo. Já voltámos aos exercício mas apercebi-me que ainda gosto dele. Nunca me senti tão à vontade com ninguém, tanto como amigo, como na cama. Quando estamos os dois juntos parece que não existe mais ninguém, estejamos a ver um filme agarradinhos ou a ter o sexo mais selvagem. Ele já disse que sente uma grande atração por mim e não há só sexo entre nós, mas não consegue resistir a outras gajas. Ajude-me Dr. G, continuo a ter o melhor sexo do mundo continuando a sofrer porque quero algo mais ou desapego-me de vez e talvez perca um grande amigo?    
Ana Pereira, 19, Viseu

Doutor G: Cara Ana, com 19 anos ainda estás longe de ter experienciado o melhor sexo do mundo. As únicas mulheres que o tiveram em tão tenra idade foram as minhas ex-namoradas da altura. Dito isto, não tens de ficar agarrada a alguém com medo de não encontrares outro que te dê uma excelsa saraivada de chicha. Lamento ter de ser eu a dizer-te isto, mas ele não gosta assim tanto de ti. Sim, pode ter um sentimentozito para além da real fodenga, mas se é ele próprio a dizer que não resiste a outras, acho que tens aí a tua resposta. É preciso fazer-te um desenho? Pronto, aqui fica o que ele diz versus o que ela realmente pensa:

A parte que falas sobre perder um grande amigo, vai acontecer de qualquer forma. Amigos que enveredam em caminhos genitais, nunca ficam amigos quando a festa acaba. Quem fica a mamar, desta vez no dedo, acaba por afastar-se.


Olá doutor G, numa noite de verão fui sair com 2 amigas e 1 amigo de longa data. Fomos para uma discoteca, eu já tinha bebido demais e para o bem de todos decidimos voltar para o nosso acampamento. No acampamento deitei-me no saco de cama e apaguei completamente, naquela tenda ficamos os  4 que tinham saído naquela noite, era uma tenda muito grande e espaçosa. Durante a noite, acordei e senti que tinha acabado a ser apalpada e que alguém tinha posto as mãos onde não devia.. De manhã acordei e aquelas imagens vieram-me à cabeça, queria acreditar que tinha sido um sonho, pensei assim até reparar que estava com a saia puxada para cima, com as cuecas puxadas para o lado e o saco de cama com o fecho meio aberto, olhei para o meu lado e o meu "amigo" tinha ficado ao meu lado. Não tive nenhuma reacção, fiquei apática até voltarmos para casa. Tenho a certeza absoluta que não foi um sonho, antes fosse... Ainda não contei a ninguém nem sei se o faça. Agora não sei como reagir quando estiver frente a frente com ele.
Anónima, 22, Lisboa

Doutor G: Cara Anónima, são poucas as vezes em que fico chocado com as dúvidas que me enviam. Posso até dizer que estou revoltado! Como é que é possível alguém, em pleno século XXI, ter o desleixo de violar alguém durante o sono e nem se dar ao trabalho de deixar tudo como encontrou? Arumar é o mínimo que se pede! Pelo menos puxar a saia para baixo e voltar a colocar a cueca no sítio para o pipi não se constipar! Enfim, já não se fazem cavalheiros como antigamente. Tens de fazer uma coisa: confrontar o gajo e perceber o que aconteceu, e perguntar aos restantes elementos da tenda se viram, ou ouviram, alguma coisa. Das duas uma: ou estavam ambos com os copos e toma lá que é de borla, com o consentimento catalisado pelo álcool, ou não; ou foste abusada durante o sono sem o teu consentimento. Se foi o primeiro caso, para a próxima bebe menos. Se foi o segundo, vai à polícia e contrata alguém para entrar em casa enquanto ele dorme e lhe enfiar um ninho de vespas africanas no rabo enquanto ele dorme. Estou a falar a sério, tens de perceber se esse teu amigo de longa data é um violador de belas adormecidas ou não. Isto é assunto sério, não é assunto para o Doutor G. 


Caro Doutor G , namoro com uma moça há cerca de 3 anos e o problema que tenho é que ela nunca me consegue satisfazer oralmente , já tentamos de várias posições , várias formas , sem língua com língua , e simplesmente não dá. É o meu fetiche. Já tive outras mulheres que me deram prazer e conseguiram o fazer bem. Eu gosto muito desta moça mas isto dá uma "comichão" que prontos , irrita-me. Já me experimentei ausentar me da masturbação , 3 meses. E mesmo assim , nada. E assim de tomates cheios , com vaginal , foi num instante. Estou a ficar sem ideias. Ajude me Doutor.
Anónimo, 27, Lisboa

Doutor G: Caro Anónimo, estou a ver que temos aqui um romântico e um sujeito cheio de classe. Por norma, um felácio é como pizza. Nunca é mau, mesmo que mal feito, exceptuando os casos onde trilham as peles e a cabeça do zé pinguço com os dentes. Repara como eu rapidamente me consigo adaptar aos pacientes e chegar facilmente ao seu nível de classe. Chama-se empatia. Bem, como deves calcular, não posso ensinar a tua namorada a fazer sexo oral. O principal no acto de fazer amor com a boca, é fazer-se com gosto, já que quando estão lá por obrigação uma pessoa percebe logo e mais vale ir Narcos. Se ela tem gosto em fazer, então já é meio caminho andado para se tornar numa artista. Sugiro-te que lhe mostres uns tutoriais online, pornográficos ou não, e que lhe digas como gostas que te succionem o ciclope anão. Lava-te por baixo e apara as ervas daninhas do bonsai, que talvez seja por isso que ela faz sacrifício e não se aplica. Usa lubrificante com sabor, chocolate, chantili, ou molho de leitão, para estimular a produção de saliva. Se nada resultar, podes sempre panar o pénis com peta zetas e quando ela lá for com a boca, ao menos já sentes alguma coisa.


Caro Doutor G, conheci há uns meses um boy, aqui na Margem Sul, por quem me apaixonei desde o primeiro momento em que o vi. Numa festa de faculdade, regada a álcool como é óbvio. Ficámos amigos. Saímos umas vezes, sempre com muita seriedade! Até ao dia em que ele me dá um kiss e fico assim meia nas nuvens. Mais umas festas na faculdade e ele, coitadinho, teve de ficar em minha casa, que pena! Acontece que, após estes episódios, o dito boy só quer encontrar-se comigo em minha casa e a altas horas da noite. O Doutor G sabe bem o que ele quer e eu também! Por favor, ajude-me: estou apanhada por ele mas não quero ser usada! Já tentei ao máximo afastar-me dele para o esquecer mas o destino encarrega-se de o meter à frente várias vezes por semana. Que faço Doutor?? Ajude-me! 
Madalena, 22, Margem Sul 

Doutor G: Cara Madalena, vou contar-te uma pequena história: tinha o Doutor G 18 anos quando uma rapariga o aborda no autocarro depois de intensos olhares. Pergunta-me o nome, diz-me que tenho os olhos bonitos, e pede-me o número. Dei. Mais tarde, liga-me a convidar para ir sair à noite e eu disse que não podia porque tinha exame nacional de matemática no dia seguinte. Nisto, ela pergunta-me “Tens dama?”, e todo o interesse que poderia haver por ela se desvaneceu. Aconteceu o mesmo ao ler a tua dúvida quando dizes “Conheci há uns meses um boy aqui na Margem Sul”. Senti uma facada nostálgica nas costas. O mais estranho é teres conjugado bem o verbo haver, o que me leva a ponderar que a tua dúvida seja falsa. Ninguém que diz “boy” e é da Margem Sul, sabe conjugar o verbo haver correctamente. Ninguém. Só se for rapper, que normalmente até escrevem bem. Só por isso, vou esquecer o que li e responder à tua dúvida: se ele só quer sexo e tu queres algo mais, tens duas hipóteses: dizes-lhe ou afastas-te. Ambas as coisas estão ao teu alcance. Uma, basta formares palavras de forma escrita ou verbal. A outra, basta dizeres-lhe que não, e não dares a desculpa do destino, porque da última vez que vi, o destino não tinha roofies.


Caro Doutor G, gosto de um rapariga que já conheço à algum tempo, que em princípio não tenciona ter uma relação comigo. O que devo fazer? Contar que gosto dela a ver se desenrola alguma coisa ou cagar nisto tudo, deixar de choramingar e partir para outra? 
Anónimo, 19, Perdido no mundo

Doutor G: Caro Anónimo, deixo aqui um pequeno fluxograma para ajudar na tua tomada de decisão.
Agora só tens de perceber se preferes ficar para sempre a pensar no que podia ter sido, ou se queres arriscar uma choradeira xoninhas no banho. Já agora, se tiveres de partir para outra e tiveres um telemóvel Android, podes clicar aqui e experimentar esta aplicação espectacular que é muito melhor do que o Tinder e que foi feita com a ajuda do Doutor G.


Boa tarde  Doutor G. A questão é que quero um relacionamento sério, quero apaixonar-me perdidamente, mas só “escolho” tótos. Onde estão os homens? Decididos, carinhosos, com iniciativa? Tive um relacionamento de cinco anos, que já terminou há dois. Desde aí, só me envolvi com cromos. Por vezes, fico balançada com esse meu ex namorado, mas sinto que já não o amo mais, não da mesma forma. Contudo, tenho saudades daquilo que éramos.  Além do sexo ser ótimo, éramos o pilar um do outro, conhecíamo-nos de cor e esperávamos passar o resto da vida juntos. Ele continua apaixonado, já tentou várias vezes reaproximar-se. Mas eu já não sinto o mesmo e não tenho o direito de magoá-lo. Ainda assim, queria encontrar alguém decente. Alguém que não tenha medo de apaixonar-se. Alguém que queira mais do que meia dúzia de noites agradáveis. Procuro alguém que queira perder-se e completar-se, seja capaz de tirar-me o fôlego e fazer-me rir. Onde encontro alguém assim? E o que devo fazer? Talvez a minha abordagem também não seja a mais correta. Eu sou gira, mas talvez demasiado tímida e sentimental.
Carochinha, 25, Lisboa 

Doutor G: Cara Carochinha, se queres um homem capaz de te tirar o fôlego só tens de pedir que te apertem o pescoço enquanto praticam a zona de descanso da apanhada: o coito. Viste como se transforma uma dúvida lamechas e cheia de chagas freitices numa resposta javarda? Chama-se “dom”. De nada. Vou dizer-te o que digo sempre: se só te calham totós, é porque não sabes escolher ou tens uma personalidade que os atrai. Uma coisa é irmos comprar alhos e vem um ou dois meio chochos. Aí é azar ou apenas uma questão de probabilidades. Agora, quando trazes meio quilo de dentes de alho e estão todos amassados e carcomidos de bicheza, nesse caso a culpa é tua que não os soubeste escolher ou não te deste ao trabalho. Lamento, mas não consigo responder à tua pergunta sobre onde encontrar alguém assim. Acho que o amor que procuras, a pessoa que te fará deixar de ponderar contentares-te com o ex que já não amas como outrora, o homem que será capaz de te levar ao céu e ver as estrelas numa noite nublada e de lua nova, a pessoa que fará com que todo o caos do universo faça, de repente, sentido, esse homem pode estar em qualquer lado e, como tal, vai ser complicado dares de caras com ele. É ficares com o menos mau. Viste o dom outra vez?



Obrigado a todos e, se tudo correr bem, até para a semana! Continuem a enviar as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com e não se esqueçam que já podem comprar neste link uma tshirt com a frase de assinatura do Doutor G.

PS: Não se esqueçam de votar, mais de uma vez, nos blogs do ano neste link.

PS2: Como sabem, ou não, trabalho num estúdio de startups onde desenvolvemos aplicações mobile. E se eu vos disser que lançámos uma aplicaçao que vai destronar o Tinder, com a vantagem de não ser uma aplicação puramente de dating, mas sim um jogo baseado no famoso "Fuck, Marry, Kill"? Impecável, não é? Têm coragem de jogar esta espécie de roleta e testar o vosso ego? Neste momento só está disponível para Android (download aqui) e era giro instalarem e dizerem o que acham. Se tiverem match comigo, podem ofender-me ou fazer-me cafunés virtuais.




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