3 de agosto de 2018

Jogos Olímpicos Gay - Modalidades e regras são diferentes



Desconhecia a existência de jogos Olímpicos Gay, mas ao que parece existem e, este ano, pela primeira vez, existe uma comitiva portuguesa.
  • O evento terá uma passadeira vermelha onde serão comentados os outfits dos atletas?
  • Estes jogos dão todo um novo significado ao salto com vara e ao lançamento do martelo.
  • Ao contrário dos jogos olímpicos tradicionais, a prova rainha não é os 100 metros, mas sim a patinagem artística.
  • No atletismo, tal jogos olímpicos tradicionais, também aqui os africanos são os atletas mais cotados.
  • No judo tradicional, o combate acaba por ippon, no judo gay acaba por chave de virilha.
  • Os mínimos olímpicos são medidos em centímetros.
  • As regras são diferentes nos olímpicos gay, em vez de medalhas são atribuídas tiáras aos vencedores.
  • Também com a tocha olímpica a coisa é diferente e é transportado o dildo olímpico.
  • Não existe maratona, apenas a marcha, porque só conseguem correr meio tortos.
  • Na natação sincronizada todas as equipas escolhem as mesmas músicas da Lady Gaga ou da Barbra Streisand.
  • Será que há cerimónia de abertura ou já não é preciso?
  • As equipas de futebol feminino são exactamente as mesmas dos outros jogos olímpicos.
  • É o único evento desportivo onde o badminton não é a coisa mais gay.
  • Na luta greco-romana o maillot já faz todo o sentido.
  • Nas corridas de estafeta os atletas em vez de passarem o testemunho ao colega, passam HIV.

Agora que já fiz todas as piadas de mau gosto que me consegui lembrar, falemos um pouco mais a sério. Primeiro, a prova não é exclusiva a gays, qualquer pessoa pode participar independentemente da sua orientação sexual e, por isso, não me parece que isto seja uma espécie de segregação, mas sim um evento que pretende dar visibilidade e desmistificar o preconceito homossexual no desporto, no geral. "Não gostas de futebol? Ganda maricas" é comum ouvir-se entre grupos de amigos ou nas aulas de educação física de qualquer escola. Se repararmos bem, noutras áreas já não existe qualquer problema em alguém assumir a sua homossexualidade - no caso do mundo do espectáculo é até aconselhável para progressão de carreira - mas no mundo do desporto ainda continua a ser tabu, a não ser que acreditemos que não há futebolistas gays. Este evento pode servir para quebrar esse estigma e não vejo nenhum mal nisso, mas, tal como qualquer notícia que tenha a palavra "gay" no título, não está a ser bem acolhida. Os media têm alguma culpa, decidindo não esclarecer logo no título ou cabeçalho que os jogos não são exclusivos a gays, mas isso daria menos indignação e menos cliques, claro. Deixo alguns dos comentários à notícia:
Percebemos, rapidamente, que quem discrimina acha que este evento é uma "descriminação" o que prova que a ignorância anda de mão dada com o preconceito. 




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