Gosto de preliminares, mas vamos directos ao assunto e comecemos mais um "Doutor G explica como se faz".
Caríssimo Dr. G, sempre me envolvi com homens e mulheres, tendo sempre mantido preferência para namoros com homens. Entretanto, decidi namorar com uma rapariga que mais tarde veio revelar-se uma tremenda pedra no sapato, isto porque: hora estava comigo, hora estava com a ex namorada. A vida sexual com ela era como se eu estivesse com um homem e eu basicamente ficava tipo boneca insuflável. Finalmente pus-me a andar namorei com outra rapariga 3 anos sem nenhum chouriço pelo meio, sendo que à pouco tempo cai na tentação novamente e até agora tem sido uma algazarra com o rapaz. Ele não quer nada sério mas também não quer que eu esteja mais com ninguém. A questão é que fiquei recentemente solteira, e continuo a gostar de chouriço... Mas também gosto muito de mexilhão, e a proposta de fazer uma mista, já foi recusada. Acredito que isto lhe esteja a fazer quase ou nenhum sentido, mas pode por favor esclarecer-me quanto ao meu ser dúbio?
LA, 25, Lisboa
Caro Doutor G, sou um rapaz de 22 anos. Há cerca de 2 meses comecei a experimentar o Tinder por conselho de uma amiga e encontrei por lá um rapaz que me agradou bastante. Temos falado regularmente desde aí e já nos encontramos duas vezes. Existiu um clima, mas nunca aconteceu nada a não ser umas trocas de olhares mais prolongadas. Há dias em que parece estar completamente a querer, mas depois começa a dizer que não quer relações com pessoas do Tinder e que só vai lá porque lhe faz bem ao ego. Já experimentei deixar de lhe responder às mensagens para ver se ele demonstrava interesse e foi exactamente isso que ele fez. Contudo, parece que falta sempre aquele próximo passo. Acha que devo investir nele? Ou será melhor partir para outro?
MS, 22, Porto
Olá caro doutor. Namorava há quase um ano com um rapaz 4 anos mais velho mas, há cerca de meio ano atrás tive que me ausentar 3 meses e, as coisas começaram a descarrilar, ciúmes, discussões, até que ele decidiu acabar, isto no primeiro mês que estive fora. Acontece que algum tempo mais tarde me contou que esteve com outra depois de acabarmos. Passou se o verão e as aulas voltaram, ele aproximou se de mim e decidi tentar "perdoar" (burra eu sei). Acontece que é extremamente ciumento comigo, quase obsessivo. Contudo não me consigo afastar dele, nem ele de mim:
1. Acha que ele é assim por medo que eu lhe faça o mesmo ou que é só a personalidade dele mesmo (visto que sempre foi muito possessivo)?
2. Acha realmente que perdoar um "traição" é aceitável, ou as coisas nunca vão funcionar?
Leonor, 18, Évora
Eu sei que é um fluxograma muito complicado de compreender, mas faz um esforço. Assumindo que já percebeste, passemos agora às tuas questões:
- Não. Se ele já era possessivo, está só a ser ele mesmo e se voltaste para ele já sabias com o que contavas.
- Esta pergunta não faz sentido neste contexto, mas sim, acho que é possível em alguns casos perdoar uma traição e a relação funcionar no futuro. Improvável, mas possível.
Caro Doutor G fazendo uso do conselho que insistentemente faz aos pacientes peguei no meu porquinho mealheiro e comprei dois bilhetes para o espectáculo de Braga. Qual não é o meu espanto quando duas meninas que convidei (uma após a outra e não as duas em simultâneo) rejeitam o meu convite. Afinal o seu espectáculo não é assim tão bom para atrair pipi ou elas é que têm mau gosto?
Anonimo, 22, Braga
Doutor G: Caro Anónimo, obrigado desde já pela aquisição de bilhetes para o meu bonito espectáculo dia 9 em Braga - que já se encontra esgotado - mas essa situação apenas prova uma coisa: és tão feio e/ou desinteressante que nem com um argumento de peso desses conseguiste que elas quisessem passar cerca de hora e meia sentadas ao teu lado em que nem precisam de falar. Mas admiro a tua confiança por nem ponderares que o problema poderia ser teu. Volta a tentar, como já está esgotado e não tem lugares marcados, pode ser que alguma se agarre a isso - ao bilhete - e se sente com alguns lugares de intervalo de ti. Até dia 9!Caro Doutor G, já tive alguns namorados, mas parece que tenho o síndrome do desinteresse, porque assim que alguém começa a mostrar que gosta mesmo de mim, todo o meu interesse diminui significativamente. Qual é o meu problema? Será que nunca gostei de ninguém verdadeiramente? Adoro a fase do flirt, mas depois... Há um ano envolvi-me com um rapaz e desde entao somos fuck friends. No início era só mesmo sexo, mas entretanto acho que nos tornámos amigos e falamos muito. Visto que já dura há um ano, às vezes penso que podemos ser algo mais e que ele é cada vez mais querido comigo e que talvez também pense o mesmo. Porém, cada vez que penso nisso e me "dou" um bocado mais, se ele fizer o mesmo e se tornar muito emotivo, só me apetece fugir e penso que na verdade não quero nada além de sexo e atenção. Acha que sou uma cabra? Ou maluca sem cura?
Joana, 23, Leiria
Caro Doutor G, eu não do Portugal mas estudei um ano no Porto (sou do México
e o meu português não é muito bom). Antes de ir estudar lá, meu namorado de três anos e eu concordamos não terminar o relacionamento mas podíamos sair com outras pessoas. Durante esse ano conheci muita gente mas teve um rapaz do Porto do que eu gostei bastante; eu sempre tentei que as coisas não ficassem muito sentimentais porque tinha planejado voltar com meu namorado. No entanto, como ele é muito giro, simpático e sempre ajudava-me com a língua e demais coisas, acabamos por apaixonar-nos um pouco, mesmo que ele sabia do meu namorado. Quando voltei no meu país, meu namorado acabou comigo porque achava que tínhamos estado muito tempo separados. Eu não sofri demasiado mas fiquei indignada por ter arruinado a minha chance com aquele rapaz. No entanto, o rapaz do Porto não desistiu depois de saber o que me tinha acontecido. Agora quer que volte para lá ou ir morar para outro país. Mas estou muito assustada porque não posso ir para nenhum lado até acabar o mestrado e minha experiência com relacionamentos à distância foi péssima, como já sabe. O que aconselha que eu faça agora?
Doutor G: Cara Anónima, e não é que o Doutor G é internacional? Bem, na verdade já tinha recebido dúvidas do Brasil e Angola, mas fora dos de língua oficial portuguesa é a primeira. Obrigado. Depois deste momento de auto-bajulação, vamos lá ao que interessa. O pesadelo de todos os homens estrangeiros são os portugueses que dão ajudas com a língua. Somos muito conhecidos por sermos desenrascados com várias línguas e de sermos muito prestáveis e hospitaleiros, sempre prontos para dar dois dedos (e de conversa também). Ora bem, o teu namorado nem é um problema na equação já que acabaram e nem ficaste muito importada com isso. Por norma, as relações à distância não funcionam, mas é experimentar. Hoje, a tecnologia pode dar uma ajuda e encurtar a distância. Por exemplo, com uma conta de Skype e com este kit que permite que em qualquer parte do mundo ele controle as vibrações do brinquedo! Podem comprar neste link e com o cupão DRG10 ter 10% de desconto.
Vão-se entretendo e quando acabares o mestrado logo se vê. Se calhar até chegas à conclusão que o brinquedo é melhor e que não precisas de homens para nada e que só dão chatices.
Está feito, para a semana há mais javardeira com classe. Mais uma vez, um agradecimento ao patrocinador oficial do Doutor G, Vibrolandia, que não tem medo de arriscar e de apostar em conteúdos como este. Relembro que podem comprar artigos para apimentar a vossa vida sexual ou para envergonhar alguém durante a partilha de prendas de Natal. Obrigado a todos e, como sempre, até para a semana e continuem a enviar as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com.
Anónima, 25, México
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Partilhem e façam amor à bruta, porque de guerras o mundo já está cheio.
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