1 de outubro de 2019

Resumo do debate com os partidos pequeninos



Ontem houve um debate na RTP com todos os partidos que não têm assento parlamentar para dar voz à democracia, por muito que nos custe dar voz a alguns que lá estavam. Foi um debate longo e deixo aqui um resumo. De nada.

- O gajo do PTP disse que fez boicote à sua própria campanha, ninguém percebeu muito bem porquê, mas parece que a certo momento entrou um gajo todo nu no mercado de Alvalade e isso lhe tirou votos. Parecia um sketch dos Gato Fedorento.

- Claro que um dos momentos altos foi o beatbox da Joacine Katar Moreira e conseguíamos ver na cara de todos os outros o pânico a pensar “Não podes rir, não podes rir, se rires perdes votos, não podes rir”, enquanto se mordiam e beliscavam nas pernas. 

- O Tino cada vez que falava parecia uma mistura entre poeta e bêbedo e vê-se que trata as eleições como reality shows pois disse “No domingo quando soltarem os gráficos vamos ver”, como se fosse a Teresa Guilherme quem vai anunciar o resultado das eleições.

- Ficámos a saber que o Gonçalo da Câmara Pereira tem o mesmo programa eleitoral desde 1975 e que defende o fim de portugueses de primeira e de segunda categoria. Sendo que é do partido monárquico, calculo que defenda a criação de uma terceira categoria que é para voltar a haver a nobreza, clero e plebe.

- A Joacine falou da subida do ordenado mínimo para 900€ e o gajo do PTP a seguir subiu para 1000€ como quem diz “Chupa, gaga”. Parecia um leilão para comprar o voto do eleitor.

- Nisto entra Santana Lopes, raposa velha, mais experiente, a beefar o Burundi. Diz que há coisas que funcionam mal e não deviam porque Portugal não é o Burundi. Vamos aguardar pela posição oficial do Burundi a ver entramos em guerra ou se ameaçamos enviar o Santana para lá e o Burundi rende-se logo.

- Discutiu-se muito sobre quem foi o partido que criou o ambientalismo. O Tino diz que qualquer dia dizem que foi o André Silva do PAN que inventou o planeta, o Câmara Pereira diz que foram os monárquicos, a Joacine disse que foi o Livre desde 2014 e o gajo do MPT diz que foi o fundador deles nos anos 60. Todos mais preocupados em ficar com os louros do ambientalismo do que em salvar o planeta.

- O André Ventura pegou-se com o gajo do PURP e disse “Vai para a feira do relógio fazer campanha contra os subsídios? É irónico” como quem diz “Ciganos são ladrões” que é muito o que o André Ventura sabe dizer, e mostrou a sua pulseira contra a violência policial. Nisto, o gajo do PNR mostra também a sua pulseira e percebemos que o Ventura e o Pinto Coelho são migas! Ali com a sua pulseira da amizade e a defenderem os mesmos ideais, tão fofos. Fazia lembrar aquelas pulseiras do equilíbrio, mas que não funcionavam, especialmente para o equilíbrio mental. São tão parecidos que podiam coligar-se e só não o fazem porque acham que cu-ligar é coisa de maricas.

- Marinho e Pinto fez o seu discurso habitual antissistema e anti classe política, a cuspir no prato onde tem comido. Os políticos são todos iguais menos ele que até acha que o salário do eurodeputado é pornográfico, mas ficou lá a mamá-lo e voltou a candidatar-se e, como não ganhou, tenta agora a Assembleia da República. De lembrar que ele já disse que 5000€ por mês não dava para viver bem em Lisboa. Por isso, vejam lá o sacrifício do menino de andar na política só para nos salvar a todos.

- O gajo da iniciativa liberal disse, a certo ponto, “Eu sou novo nisto e também tenho uma gaguez como a Joacine”, mesmo ali a tentar medir gaguez para ver se recebe um pouco da empatia do público. O gajo do PURP diz “Eu também, eu também!” e nisto corta para o cego do MPT como quem diz “Ah sois gagos? Faço raise com este birolho”. Ainda assim, ficámos a perceber que no meio de 3 gagos e um cego os mais deficientes eram os da pulseira da amizade.


PS:Podem ouvir esta crónica em formato áudio no podcast Por Falar Noutra Coisa, neste link da Antena 3. Também disponível no iTunes, Spotify e essas plataformas todas.




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