11 de julho de 2014

Shark Tank à Zé do Pipo



Parece que vai haver um Shark Tank português e vai ser a Bárbara Guimarães a apresentar. A meu ver faz todo o sentido tê-la neste programa de empreendedorismo, visto a sua vasta experiência em bater punho. Normalmente era o punho do Carrilho que lhe ia bater na cara. Pensavam que eu ia fazer uma referência sexual, não era? Sou muita surpreendente!
Gosto muito do Shark Tank, espero que o português não desiluda. Para isso são precisas boas ideias e eu, como não podia deixar de ser, tenho uma do caraças! É preciso ter uma mente aberta para este tipo de conceitos inovadores e fora da caixa. Passo a explicar:

Um site com aplicação mobile para políticos. Cada político tinha o seu perfil, com todas as merdas que já disse e fez, geolocalização e sensores para detectar quem está a dormir e/ou bêbedo. O público podia seguir os políticos que quisesse e dar-lhes pontuações pelo seu trabalho. Podia até dar-lhes choques caso estivessem a começar a adormecer na Assembleia. Aos que estão no Governo e nas Autarquias era possível avaliá-los semanalmente e se chegassem a determinada pontuação negativa tinham direito a castigo. A consequência seria também votada por todos nós, eram sugeridas 4 e a mais votada era posta em prática. Por exemplo, Passos Coelho tentou mais uma vez tentar aprovar um orçamento de estado inconstitucional, merece castigo, certo? Qual?

  1. 51 Chibatadas nas nalgas em praça pública
  2. Comer o equivalente a uma posta mirandesas mas em cocó (percurso inverso do normal)
  3. Fazer sexo desprotegido com a Fanny depois dela fazer o jogging matinal
  4. Levar com uma colher de pau nas unhas e depois das unhas ficarem podres e caírem têm que as atar num fio e usar como espanta espíritos na cabeça.
Imaginemos que ganhava a 3 opção, era tudo transmitido por live stream na app mas também na RTP para equilibrar o buraco das contas.

Mais coisas, as promessas de todos os políticos feitas em eleições ficavam gravadas no seu perfil. Quando fossem eleitos começava o cronómetro a contar, caso não fossem cumpridas era lançado um aviso automaticamente a todos os seguidores e marcado um evento de Facebook à porta do gajo para lhe acertarem o passo. Sim, esta app iria ter integração com o Facebook obviamente. Todas as coisas que criticaram quando estavam na oposição e depois fazem igual quando chegam ao poder desencadeava o mesmo processo, tal como estarem na oposição e criticar o Governo em coisas que quando lá estivessem fizeram igual. Tudo isto contribuía para um sistema de rating. Todos os meses quem tivesse uma votação abaixo de um certo valor era corrido e era o público que escolhia quais os empregos aos quais ele se podia candidatar. Como caso de estudo apliquemos este cenário a quando o Gaspar foi demitido do Governo por fazer um trabalho deplorável. Para vai ele trabalhar a seguir?

  1. Gestor na MotaEngil
  2. Administrador do Banco de Portugal
  3. Desentope sanitas no McDonalds
  4. Bailarino de Dança exótica
Imaginemos que ganhava a opção 2. Era sinal que o povo português era burro. Como eu acredito que se nos forem dadas as ferramentas até somos um povo que sim senhor, calculo que a opção ganha fosse a 3 o que iria mostrar ao Gaspar o que realmente custa a vida e iria fazer com que ele fosse um gajo muito melhor no que tentou fazer, porque iria perceber as dificuldades de viver com pouco dinheiro e da criatividade que é preciso para chegar ao fim do mês.

Aliado a isto tudo havia também sistemas de apostas que eram sugeridas por todos, como por exemplo:
  1. Quem será o primeiro Ministro a ser demitido esta semana?
  2. Quando irá Cavaco desmaiar outra vez?
  3. Quando o Relvas voltar à faculdade em quantas semanas vai terminar o Doutoramento?
  4. Ficará Passos Coelho totalmente careca até final do ano?
"How do I make money?" perguntaria o Kevin O'Leary, tubarão careca. Primeiro que tudo em publicidade na aplicação e site. Depois no live stream dos castigos, com anúncios dignos de uma super bowl americana. As empresas que queriam aparecer como próximo emprego do político escorraçado tinham que pagar também uma taxa, excepto uma delas que era escolhida por sugestão do público, para garantir que empresas com poucos recursos e empregos de ordenado mínimo tivessem também oportunidade de serem seleccionadas. Outra fonte de receita seriam as apostas, tanto em termos do dinheiro investido por todos como de patrocinadores e parcerias com casinos e casas de apostas online.

O mundo da política ficava mais justo, quem fizesse merda ia ao ar na hora e todos se esforçavam para não levar chibatadas no bum bum. Isto iria gerar receitas que equilibravam o défice e ainda conseguíamos 100€ a mais do que temos que pagar à Merkl para ela ir fazer o buço (que para quem nunca reparou é em forma de quadradinho).

Que acham? O conceito ainda está embrionário mas acho que tem pernas para andar!




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