Já tinham saudades do "Doutor G explica como se faz", não era seus safadões? Então vamos lá dar início à primeira consulta de 2016.
Caro Dr.G, preciso dos seus sábios conselhos. É o seguinte, quando estou a fazer sexo oral à minha namorada sinto que me falta resistência na língua e que não consigo fazer o mesmo movimento e manter o ritmo do mesmo, especialmente com mais velocidade. Não sei se é devido à pouca experiência mas gostava de saber o que posso fazer para melhorar. Obrigado e bem haja
Anónimo, 17, Lisboa
Bom, isto é assim. Ando com um gajo que é meio parvo. Ele sente que tem alguma coisa a provar e sempre que há luta livre com as vergonhas à solta parece bicho. Não conhece o meio termo, coitado. Levo uma carga de pancada tal que, até agora, orgasmos nem vê-los. (já sozinha parecem pipocas!) Peço para abrandar mas o animal é um asno que só obedece durante uns segundos. Conselhos, Doutor G. Preciso de saber lidar com isto, senão mando-o pastar na certa!
Maria, 24, Leiria
Caro Dr. G, somos dois colegas de trabalho que nos conhecemos há uns meses e desde logo nos entendemos bastante bem. Todavia, o facto de nos darmos muito bem, tanto no local de trabalho como fora dele, faz com que os nossos colegas de trabalho e alguns amigos pensem que andamos a praticar o funaná pelados, tendo um deles insinuado que, se não andávamos, é porque éramos xoninhas e que deveríamos experimentar. No entanto, ambos namoramos. Assim sendo a questão é: estamos realmente a ser xoninhas em não experimentar uma luta greco-romano pelados ou os outros estão errados e os certos somos nós?
Luis e Carla, Porto
Doutor G: Caros, para enviarem esta dúvida é porque estão mortinhos por festejarem um aumento em conjunto, e não é de salário que estou a falar. Se namoram, então não estão a ser xoninhas, estão a ser boas pessoas. No entanto, ao quererem que eu decida por vocês, aí sim, estão ser xoninhas. Queriam que eu vos dissesse «Vá, força nisso! Dá-lhe o subsídio de almoço de rolo de carne ao empurrão! Isso, mostra-lhe o teu dress code casual chic com depilação genital em forma de lacinho!». Lamento, mas não vou dar-vos essa força para depois poderem justificar-se «Ah, mas foi o Doutor G que disse que era na boa!». Querem lambuzar-se, força nisso, mas lembrem-se: «com grandes fodas no trabalho vêm grandes responsabilidades e momentos estranhos nas festas de empresa quando um de vocês já não quiser nada com o outro e ele ficar melindrado.».Caro Doutor G, namoro há dois anos com um rapaz, gosto muito dele e tudo corre às mil maravilhas. O sexo sempre foi um pilar importante na nossa relação e, que fique claro, do melhor que se pode ter. Já fizemos das mais variadas posições, usamos brinquedos inclusive, mas existe um entrave na nossa relação sexual: o sexo anal. Não me queixo da dor, como a maioria das pessoas que têm problemas a este nível, no meu caso acontece que apesar do meu esforço sempre que ele põe a badagalo dele no meu ânus, dá-me uma falsa emergência evacuacional e temos de interromper o acto de imediato. Temos insistido bastante nesta vertente, mas o quadro repete-se sempre... Será normal ou acontece só comigo? Há alguma coisa que posso fazer para ultrapassar este transtorno?
Ana, 23, Coimbra
Boas Dr. G, Daqui fala um xoninhas que não entende os sinais das mulheres nem sabe passa-los, ou seja, não sei como engatar gajas, nem sei perceber quando elas estão no papo (pode-se por isso concluir que por aqui escaranfunchar no mexilhão só a largar a nota). Sendo que já expliquei a base do problema, vamos para o problema que isso criou, como um bom estudante universitário fui de Erasmus, diverti-me imenso, festas, bebedeiras, etc. mas comer hambúrgueres com alface que é bom nada. Conheci várias pessoas, sendo que uma delas é uma rapariga portuguesa do Porto por quem me fui interessando, à medida que me fui interessando mais e mais fui ficando com a ideia que talvez ela também estivesse interessada (como sou xoninhas fico com o dilema se sou eu a imaginar coisas ou é verdade). O erasmus acabou e cada um foi para o seu lado, mas ainda continuo a ter interesse nela. Continuamos a contactar-nos ocasionalmente pela net, sendo que numa das vezes ela disse que devia ir visitar a cidade dela e que ela me mostrava umas "coisinhas ;-)". Portanto, a minha grande questão é o que quer ela dizer com "coisinhas ;-)", será que ela me quer mostrar a cidade ou quer que vá provar a francesinha dela?
Filipe Ruivo, 21, Lisboa
Doutor G: Caro Filipe, mas tu vais para Erasmus para sacar uma portuguesa? Mas tu és parvo ou quê? Isso é o mesmo que ir a casa da avó e comer sopa instantânea! Nada contra as portuguesas ou portuenses, todas elas muito lindas e tal, mas em Roma sê Romano. Bem, mas antes isso do que nada, especialmente para um xoninhas. Se ela te convidou para ires visitar o Porto e disse que te mostrava umas «coisinhas ;-)», ou é porque é zarolha ou porque te quer mostrar as tripas à moda do Porto. Sim, isto era uma metáfora para sexo anal mas se for do normal já vais com sorte. Agora... ir ao Porto, pagar viagem e, talvez, estadia vai sair-te a 100€ mais ou menos. Isto sem a certeza de nada. Há opções mais certas e mais em conta. Vá, deixa de ser xoninhas e vai passear ao Porto. Se não der em nada, ao menos passeaste e pode ser que no Porto arranjes uma estrangeira, já que és meio trocado das ideias.Caro doutor G, sou uma rapariga que preza muito a sua vida de solteira mas que começa a achar que talvez já esteja na hora de assentar. Tive uma cena com um rapaz que acabou por ser um choninhas. Apesar de ser um querido acho que mereço um homem à séria e infelizmente acabei por ter algo melhor com um amigo dele. Este rapaz foi muito mais másculo que ele mas tem ar de putanheiro. Que faço, insisto no choninhas que quase sempre é o meu plano B (mas é bom rapaz), cago pa ele e vou à caça de um macho latino que me leve ao céu e à lua mas sem compromisso ou espero sentada pelo "The One" de que toda a gente fala mas que nunca ninguém encontra?
Anônima, 21, Porto
Conheci um rapaz à uns dois meses na qual se tem revelado ser um verdadeiro coninhas, isto é, vê todas as semanas o prós e contras, documentários da BBC, entre outros do mesmo género, gosta de ver telenovelas, estuda com imenso tempo de antecedência, entre outras conices. Além disso, sempre que estamos no carro dele a dar umas beijocas, este está constantemente preocupado com as pessoas que passam na rua, estando sempre a olhar para a janela, enquanto estamos a dar uns meros beijinhos. A minha principal dúvida é se ele algum dia já visitou a gruta encantada, uma vez que tem assim tantas atitudes de coninhas. Ele tem 23 anos e caso isso seja verdade não sei como reagir nem como abordar o tema para perceber se já explorou os caminhos para a gruta encantada ou não. O que devo fazer doutor G? Estou cada vez mais ansiosa e desesperada por saber.
Patrícia, 22, Tomar
Obrigado a todos os que continuam a enviar as dúvidas e a dar continuidade a esta bela rubrica de carácter pedagógico. Quem quiser ver as suas questões respondidas é só enviar email para porfalarnoutracoisa@gmail.com.
Não se esqueçam de partilhar porque esta rubrica é como no sexo para perder calorias depois dos doces de Natal: quantos mais melhor. E, como sempre, façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.
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