30 de abril de 2015

Pornografia: Hábitos de consumo dos portugueses



Ontem vi uns dados estatísticos sobre os consumos de pornografia em Portugal e achei interessante partilhar, juntamente com alguns comentários e insights, que é como as pessoas que percebem bué de cenas dizem.


Estatísticas gerais

Como podemos ver, o dia de maior utilização é a segunda-feira e o de menos é o Sábado. Fico contente por ver que os portugueses preferem sair à noite ao fim de semana, do que ficar a tocar solos de oboé em casa. O facto de o dia de maior utilização ser a segunda-feira também me alegra, já que quem tem motivação no dia mais deprimente da semana, é capaz de tudo.

Tempo médio de visita é de 8 minutos e 36 segundos, 40 segundos abaixo da média mundial. Não consigo perceber como é que se demora tão pouco tempo a ver pornografia. Nem dá para perceber o enredo e ver a profundidade das personagens, salvo seja. 8 minutos demoro eu a ver decidir qual é o filme que quero ver, já que é essencial uma boa escolha para que o serão seja bem passado. Por último, acho preocupante dedicar-se tão pouco tempo a fazer arrotar o menino, já que está mais que provado, que uma das técnicas para aguentar mais tempo durante o acto, é exactamente o de efectuar sessões de masturbação mais demoradas, criando assim uma habituação e fazendo com que o cão de Pavlov, mal veja o sino a badalar não se ponha logo a salivar.

25% de mulheres? Sim senhor, estou impressionado! 2 pontos percentuais acima da média mundial, suas malucas!

Nas categorias mais populares percebemos que os portugueses não discriminam e que tanto vão a velhas como a novas. De realçar a presença de Anal na quarta posição, reflexo dos tempos de austeridade.


Idades


Tudo normal aqui, excepto o facto de o grupo dos 18-24 ter menos percentagem que o dos 25-34. É sinal que a criançada anda entretida com outras coisas. É de exaltar que 5% dos utilizadores tenham idade superior a 65+, sendo que o que acho de valorizar não é o serem activos sexualmente, mas sim o facto de saberem mexer-se na Internet.


Pesquisas mais populares


Ainda dizem que os portugueses não são patrióticos e não gostam do que é seu! As três primeiras posições são ocupadas por termos pesquisados por quem quer ver produto nacional, enquanto batem punho e empreendem as suas técnicas de onanismo. Só falta colocar a bandeira na janela de cada vez que vão "tocar" o hino. Para além disto, é também de valorizar que "brazilian" esteja na 5ª posição, contribuindo assim para que se espalhe a lusofonia. De resto tudo normal, excepto o "caseiradas portuguesas" que pelo que pesquisei agora é uma edição de vídeos pornográficos portugueses que já vai na 10ª edição. Pensei que fosse algum prato transmontano ou algo do género. Se calhar é.


Actrizes mais populares


Lisa Ann? Por amor da santa ao contrário, que mau gosto. Kim Kardashian? Já vi bonecas insufláveis com melhores prestações na cama. Érica Fontes em 3º lugar, mais uma vez a mostrar que somos um povo que gosta do que é seu. Seu e de todos, neste caso. Fico triste por não ver a Tori Black e a Mia Malkova numa melhor posição no ranking. De resto já as vi em todas as posições.


Os mais precoces


Aparentemente no Norte de Portugal a coisa dá-se mais rápido. Talvez seja do frio ou algo do género, que parecendo que não, tira a vontade de o ter fora das calças. Faro a ganhar a corrida de quem chega mais tarde ao ponto de encontro, mostrando que no Algarve a vida é mais calma e há mais tempo para ter hobbies. Lisboa está também bem posicionada e logo a seguir cidades Alentejanas, a mostrar que sabem tratar da sua cabecinha não pensadora.


Feriados


Parece que no Natal e na Passagem de Ano ninguém quer amarfanhar o peru. Acho muito bem, respeitinho é bom e eu gosto. Ironicamente, no dia da imaculada concepção já se nota um acréscimo da utilização, que dispara no dia do trabalhador, no 25 de Abril e, claro está, no Carnaval, época festiva de brincar com o palhaço.


Tecnicidades


Os portugueses utilizam mais o computador que os dispositivos móveis para ver pornografia, a diferença é bastante grande em relação ao resto do mundo. Haverá quem diga que é porque ainda não somos um país evoluído tecnologicamente, eu cá acho que é porque temos padrões de qualidade e achamos que ver pornografia no ecrã de um telemóvel é disparate.

E é isto, espero que tenham aprendido muita coisa. Aposto que muitos de vós interromperam a leitura deste post a meio para pesquisar no google por "Caseiradas portuguesas". Eu conheço-vos como a palma da minha mão... Palma da mão no contexto deste post é capaz de ficar estranho.

PS: Aposto que quem não tinha pesquisado "caseiradas portuguesas" foi pesquisar depois de eu ter dito que já tinham pesquisado. Ou então vão agora.
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29 de abril de 2015

UBER proibida em Portugal? Acho muito bem!



Então parece que a UBER foi proibida em Portugal? Eu acho muito bem, vêm para cá essas empresas estrangeiras a querer roubar o trabalho aos portugueses de forma desleal!

Onde é que se já se viu oferecer um serviço com mais qualidade e eficiência, de forma mais conveniente e a um preço reduzido?

Era o que faltava. Andam os taxistas anos a aprender a arte de conduzir à chico-esperto, para depois vir um badameco qualquer tirar-lhe o pão da boca? Um xoninhas que usa piscas, não se mete à papo seco nas rotundas e não buzina nem chama nomes por tudo e por nada? Não pode ser, Portugal precisa de manter as suas tradições e ter choferes de praça é uma delas. Para não parecer que estou aqui a falar sem saber, deixo aqui uma das muitas conversas interessantes que já tive com taxistas. Já foi há 4 ou 5 anos mas garanto-vos que foi 99% isto que se passou e desde já peço desculpa pela linguagem obscena que se segue:

- Boa noite, é para a Buraca se faz favor - digo eu ao entrar num táxi na Gare do Oriente em Lisboa.
- Buraca? Se fosses preto não te levava. - diz o senhor taxista, numa honestidade que faz falta a Portugal.
- ... - sorrio eu, tentando interpretar aquele comentário de forma leve.
- Vamos pela 2ª circular? - pergunta o senhor.
- Pode ser, a esta hora não deve haver trânsito.
- Então vai ser sempre a abrir HE HE HE! - exclama ele, enquanto calça uma luva branca na mão direita.
- Pois... vamos a isso - concordo eu, não querendo ser desmancha prazeres.
- Então e há muitos assaltos lá na sua zona?
- Alguns, mas não é tão mau como se pensa.
- O que faz falta a Portugal é um Salazar, que fazia logo uma limpeza a essa pretalhada toda. - sugere ele, como quem sabe imenso de política e estado social.
- Não me parece que seja da cor da pele... - tento eu explicar.
- Ai não é, não! São todos uns larápios! Só sabem é roubar! - interrompe-me ele, enquanto acelera mas olha para trás, descurando a estrada.
- Tenho muitos amigos que não são assim... - continuo eu.
- São amigos são, quando menos der por isso roubam-lhe o carro e a mulher!
- Experiência própria a falar? - digo eu a meter-me fora de pé.
- Eu não! Ai dela! E filha igual, se aparece lá em casa com um preto, meto-a fora de casa.
- Sem o conhecer? Só por ser preto?
- Ó amigo, a ver se a gente se entende. Não é só por ser preto! É por só querer é boa vida e trabalhar nada. - diz ele, demonstrando que afinal não tinha nada a ver com racismo.
- Ah... ok.

Nisto passa outro taxista por nós quando já estávamos na 2ª Circular e em excesso de velocidade.

- Olha aquele filha da puta deve querer picar-se comigo! Eu já lhe mostro. Está a ver este botãozinho? Isto carregando aqui ele nunca mais nos vê. - diz o taxista com os olhos a brilhar. O que é certo é que o carro passou dos 120 km/h para os 180 km/h em poucos segundos e ele grita enquanto bate com a mão no tablier - Só falta aqui uma anti-aérea caralho!
- Eu não estou com pressa... - digo eu como quem diz para ele abrandar.
- Agora é este que não me sai da frente! Condutores de fim de semana! - grita ele não se lembrando que era quinta-feira.
- Então e o negócio anda bem? - pergunto eu só porque sou parvo.
- Ui, nem queira saber, está uma desgraça. Hoje em dia, só compensa com os turistas, que uma pessoa mete sempre a mais e já dá para fazer um bom serviço. Agora de resto, só aos fins de semana à noite. - desabafa ele.
- Pois e à noite não deve ser fácil trabalhar...
- É só bêbedos! Elas piores que eles agora! Entram aí no táxi, todas tortas, saias subidas, mesmo a provocar, está a ver como é que é. Um homem até tem que se controlar para não as levar aí para um beco escuro HE HE HE HE.
- Pois... acredito.
- Estou-lhe a dizer homem, parece que estão mesmo a pedir, a ver se um gajo cede e elas não têm que pagar a corrida... pagar pagam, mas de outra forma, não é? Não é? Hum? Hum?
- É capaz.
- Não me vai dizer que não gosta de mulheres, pois não?
- Gosto pois. - digo eu de forma muito máscula.
- Ah bom, estava a ver que era um desses! É o que há mais por aí! No outro dia levei dois rapazes, assim da sua idade e quando dou por ela, olho pelo espelho e estão-se a beijar! Até me deu um nó no estômago! Mandei-os logo sair, era o que faltava agora! Oiça o que eu lhe digo, qualquer dia são mais que nós! Então ali na Baixa só se vê é paneleiros!
- Ficam mais mulheres para nós. - digo eu tentando fazer-lhe ver o lado positivo.
- Não fica não, que elas ficam mal habituadas. Porque esses paneleiros sabem cozinhar, gostam de ir às compras com elas, depois elas ficam desabituadas dum homem a sério e já não querem fazer nada em casa. - conclui ele, num raciocínio brilhante.
- Bem, agora depois na rotunda é à direita e pode parar logo ali - digo eu.
- Ah, já estava a ver que era mesmo para o meio da Cova da Moura, já lhe ia dizer que não ia para o meio dos pretos. - diz ele virando o disco na mesma música - Pronto, são 10 euros e 85 cêntimos.
- Aqui tem. Já agora, se eu lhe dissesse que a minha namorada é preta, não se ficava a sentir mal com o que disse?
- Ah mas pretas é outra coisa, são fogo na cama amigo. Fogo na cama, é o só o que eu sei!
- Por acaso não é, mas podia ser...
- Ah caralho que me estavas a enganar! Mas olha que são mesmo fogo, pele de veludo e fogo! É preciso é ter cuidado por causa das doenças! - diz ele estragando tudo novamente.
- Vá, obrigado e boa noite.
- Obrigado eu amigo.

E é por conversas destas que eu acho muito bem que o UBER tenha sido proibido em Portugal. Os taxistas deviam ser uma espécie protegida, para que nunca se extingam e assim possamos continuar a observar a estupidez, racismo, machismo, homofobia e falta de civismo no seu habitat natural. Para quem gosta de escrever humor, os taxistas são como tágides, ninfas do asfalto.

Ah e tal, estou a generalizar e a maioria dos taxistas são pessoas que sim senhor. Claro que são, já apanhei imensos que foram impecáveis, cordiais e prestáveis, mas se estereotipar é giro, para quê ser politicamente correcto?
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28 de abril de 2015

10 tipos de bailarinos de discoteca



Hoje vou falar-vos dos tipos de bailarinos e bailarinas que se avistam em qualquer estabelecimento de diversão nocturna. Eu como bom observador que sou, cataloguei-os e sim, já deve haver artigos e vídeos sobre isto na Internet, mas apeteceu-me fazer a minha lista, pode ser? Claro que pode, que quem manda aqui ainda sou eu. Nota-se que estou mal disposto? Cá vão os 10 tipos:

O barman
O barman é aquele tipo de bailarino que está sempre no balcão, é uma das espécies autóctones às discotecas que se vê em mais abundância. O barman não está no balcão por adorar beber, embora também goste, mas sim porque tem a consciência que possui dois blocos de cimento onde deveriam estar os pés. Tendo essa consciência e faltando-lhe a confiança para assumir a sua inabilidade em termos de expressão corporal na pista de dança, decide ficar ao balcão, a abanar a cabeça a um ritmo desfasado do da música. Por vezes, dá-se um milagre da natureza e observamos a metamorfose do barman, qual lagarta que sai da sua fase crisálida, revelando ser agora uma bonita borboleta a bater asas energicamente na pista de dança. É sinal que bebeu demais.

O pinguim
O habitat natural do pinguim é a pista de dança mas não se sabe movimentar com a graciosidade com que se serpenteia na água. Anda ali, a abanar de um lado para o outro, numa fluidez de movimentos de quem está em pé no autocarro a passar em terreno acidentado. Este é talvez o tipo mais comum de todos e ao contrário do que se pensa, também está presente no género feminino. Há quem lhes chame os sempre em pé, cataventos ou desengonçados.

A stripper
A stripper é aquela dançarina de discoteca que se percebe que treinou em casa em frente ao espelho. Dá tudo o que tem e abana o rabo como ninguém, manda o cabelo para trás, especialmente se vir que está algum macho interessante num raio próximo, tentando acertar-lhe na cara, num ritual de acasalamento de deixar um qualquer pavão roído de inveja. Morde o lábio para ser sexy, mas muitas vezes parece que é devido ao herpes. Ela diz que teve aulas de hip-hop e que só vai às discotecas para dançar, mas no fundo todos sabemos que ela gosta é que lhe encham o... ego.

O Rui Costa
O Rui Costa é o mágico da pista, que distribui jogo para todo o lado. Vai a uma, agarra por trás e leva nega. Segue jogo, sobe equipa, vai à próxima, consegue dançar 30 segundos, até que ela se vira porque alguém lhe fez sinal que ele era feio, leva barra ainda mais feia que ele! É no barrote senhoras e senhores! Rui Costa reorganiza, vai ao bar, pede mais um imperial e um shot, levanta a cabeça, vê uma abertura, finta um, finta dois, faz uma revienga e agarra-a por trás. Dá um toque de classe dizendo-lhe ao ouvido "És buéda linda!", ela gosta mas não pode demonstrar já. Vira-se para ele e sorri, ele vê que ela é mais feia que um tractor agrícola, mas como profissional que é sabe que o que interessa não é a exibição, mas sim o resultado final. É golo!

As meninas de roda da fogueira
Há sempre alguns focos onde há um aglomerado de espécimes do sexo feminino, formando um círculo quase perfeito. As rodas de mulheres são usadas de forma similar à técnica das gazelas andam em grupo, protegendo-se umas às outras e aumentando as probabilidades de não serem comidas, embora neste caso o propósito seja por vezes o oposto. Quando numa roda de mulheres se vêem constantes mudanças de posições, é porque elas já avistaram um alvo. Se a troca de posições fosse falada seria assim "Maria, está aqui um gajo a roçar-se no meu rabo, já me encostei duas vezes e pareceu-me ter potencial, preciso de ver como é a cara dele mas não me quero virar para trás, que é para parecer que só estou aqui a dançar e ainda nem reparei que ele está a dar-me pancadinhas de pénis nos glúteos". Acontece o inverso também "Maria, o gajo que está atrás de ti é podre da bom, deixa-me ir para aí casualmente esfregar-lhe o rabo nas virilhas". Há ainda outro tipo de roda de mulheres, que é aquela onde no centro estão todas as malas, numa espécie de ritual satânico em honra da Pipoca Mais Doce. Ficam indignadas quando alguém passa e lhes pisa a mala sem reparar. Deixem no bengaleiro ou usem calças com bolsos em vez de vestidos curtos.

O gajo que dança bem
Há sempre um gajo que dança bem. Demasiado bem. Envergonha os amigos e as raparigas reparam nos seus movimentos ondulantes, no seu carisma na pista de dança e na sua confiança à entrada de cada música, como se soubesse de antemão uma coreografia cuidadosamente ensaiada. De repente chega um gajo grande e musculado, diz-lhe algo ao ouvido e todos pensam que vai haver porrada. Começam a mamar-se da boca! Toda a gente abana a cabeça afirmativamente, como quem percebe agora porque é que ele dançava bem. Nas discotecas africanas é diferente, todos dançam bem.

Os surdos-mudos
Há sempre alguns dançarinos de língua gestual, que decidem interpretar a música como quem está a jogar mímica com os amigos. Se taparmos os ouvidos e interpretarmos apenas os seus sinais, o resultado é algo deste género: "Vou de carro, deito o laço e pesco-te, mesmo no coração, bate forte o tambor, para a esquerda e para a direita, cuidado que me estou a afogar, toma palmadas no rabo e não digas a ninguém. Olha a onda! Vamos beber mais uma?".

Os Kama Sutras
Há sempre aqueles casais, que acabaram de se conhecer, mas que dançam como quem está a fazer sexo com roupa. Ele é por trás, pela frente, ao colo, perna para cima, perna para baixo e até me admiro nunca ter visto um 69 em pé, em plena pista de dança, às rodas quais patinadores artísticos à espera de sacarem a nota máxima. Vê-se mãos por dentro das cuecas em movimentos basculantes e ao ritmo da batida. Batida não foi uma palavra escolhida ao acaso. Nesta fase é estúpido continuarem ali, mais cedo ou mais tarde algum deles vai beber aquele copo a mais que vai estragar a noite a ambos.

O Zé Carlos Pereira
Este tipo de bailarino dispensa apresentações. É movido a álcool, drogas e dança à sua maneira, sendo que a sua maneira é andar num movimento perpétuo de quem vai cair a qualquer momento. Perde a noção do espaço, dá cotoveladas, empurra e fica furioso quando alguém lhe diz para ter calma com o Marco de Camillis que tem dentro de si. Quando um Zé Carlos Pereira quer ser Rui Costa há pandemónio garantido para gáudio de todos os espectadores. Mais cedo ou mais tarde ele vai atacar uma rapariga que tem o namorado ao lado e ele não reparou. Vai haver porrada, entram os seguranças, agarram nele e ele esperneia qual anjo selvagem enquanto é convidado à bruta a dançar lá para fora.

O Carlos Paião
O Carlos Paião é um tipo de bailarino que está mais interessado em cantar todas as músicas do que em dançar. Fica entusiasmado quando aparece aquela música da qual ele pensa saber a letra na perfeição. Quando está quase a chegar ao refrão vê-se-lhe o brilho nos olhos no crescendo de excitação e, inevitavelmente engana-se no local exacto onde ele entra e diz para o lado "Enganou-se o gajo" enquanto se ri para esconder a vergonha. Eu tenho uma ideia genial que era dar um micro com gravador a todos os clientes nas discotecas que isolasse todo o som e apenas captasse a voz da pessoa. Ia ser um festival de horrores mas onde iríamos descobrir novas línguas e variações criativas de músicas bem conhecidas como "Ai gote a peeling, dete tu naites gonna be a good good vibe". Há também outros tipos de Carlos Paião, que são os que bebem, conduzem e batem de frente num muro.

Bónus
Antes de terminar, queria apenas fazer uma menção honrosa a quem vai de óculos escuros para discotecas. Eram duas chapadas na moleirinha! Só é aceitável para quem tem fotossensibilidade ocular com risco de ter um ataque epiléptico devido às luzes. Ainda assim, um ataque epiléptico poderia ser a única forma de dançarem bem, por isso deixem os óculos em casa. Outra menção honrosa que é importante fazer é às meninas que acham que dançar o esquema ainda é giro. Nunca foi!


É isto. Esqueci-me de algum? E vocês, querem confessar ser algum destes? Já sabem, identifiquem nos comentários os vossos amigos com o tipo de bailarino ou bailarina que eles são, só para os envergonharem.
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27 de abril de 2015

Fazer novos amigos, ménages, amantes e SIDA




Bom dia coisinhas e coisinhos. Depois de um fim de semana cheio de gin barato, o Doutor G está restabelecido para o seu consultório sentimental/sexual onde vos explica como se faz.


Conheci a mulher mais espectacular de sempre, mexe comigo como nenhuma outra alguma vez mexeu, sinto grande atracão por ela e acho que é mútuo, não avancei porque o meu melhor amigo, que conheço há mais de 10 anos, tinha um relacionamento com ela, eles acabaram mas ele ainda quer voltar, sei que se fizer alguma coisa ele vai ficar mesmo mesmo muito mal mas não sei o que fazer porque sinto que é mesmo uma cena diferente do normal. Estou solteiro há mais de um ano, isso terá influência? O que devo eu fazer?

Filipe, 25, Sintra 

Doutor G: Caro Filipe, tudo o que relatas é muito estranho. Suponho que a tenhas conhecido quando ela começou a namorar com o teu melhor amigo, pelo que concluo que tu não és o melhor amigo para ele, caso fosses não sentirias atracção por ela. Ela igual, se andou com um amigo teu e dizes que se sente atraída por ti, de fiar não será certamente. Referes que estás solteiro há 1 ano e a meu ver isso poderá realmente ter alguma influência, especialmente se nesse ano não afiambraste nenhuma. Mulheres há tantas e almas gémeas não existem, por isso para quê saltar para cima da ex do teu melhor amigo em vez de procurares outra? Só se não te fizer diferença perder a amizade dele e/ou levar uns bananos no focinho, que a meu ver eram bem dados.


Olá Dr G., tenho 26 anos e sou solteira. E gostava de mudar isso. Mas estou naquela fase da minha vida em que raramente conheço pessoas novas, pois o meu círculo de amigos não mudou muito desde os tempos de faculdade. Não sei se este é um problema comum a pessoas da minha idade, ou se sou só eu que sou uma naba na arte de conhecer pessoas. Sendo assim, gostava de saber a sua opinião sobre sítios/actividades que propiciem ao conhecimento de novos seres humanos. Como se fazem amigos novos?
L, 26, Lisboa

Doutor G: Cara L, quando perguntas sobre como fazer novos amigos, parto do princípio que estejas a falar de amigos com os quais queres andar à bulha toda pelada e quiçá, mais tarde algum passar a namorado. És mulher, por isso tens bastante mais facilidade em conhecer novas pessoas, já que serás abordada na noite mais frequentemente do que um homem o é. Caso não gostes de conhecer pessoas na noite e os teus amigos já te tenham apresentado todos os amigos encalhados que eles conhecem fora do vosso círculo, aconselho o uso de soluções tecnológicas como o Tinder ou algo do género. Participar em orgias é também uma excelente forma de conhecer novas pessoas e fazer amizades duradouras.


Doutor preciso que o senhor me ajude no problema que arranjei. Tal como o senhor sabe nos dias de hoje pode-se encontrar meninas em certos bares e que essas não têm idade para pinar. Há um ano atrás, eu na minha inocência entrei num bar cheio delas e assim que entrei uma começou a dançar comigo e eu, para não a afugentar (pois ela parecia ter pelo menos 20 anos com o corpo que tinha), agarrei-lhe nas ancas e dançá-mos durante um tempo. Isto tudo normal até ela me dizer ao ouvido que precisava de ir mijar e disse que queria que fosse com ela. Como sabia que ela queria pinar fui com ela e digo-lhe isto doutor, foi a melhor foda que dei recentemente. Mas como nem tudo é rosas, assim que acabámos notei que não tinha usado preservativo e disse logo para a gaja que tinha de ir ter com uns amigos meus. Hoje em dia namoro com uma rapariga de Setúbal e ontem ela apresentou-me a amiga dela (era a rapariga do bar) e que ela tem um bebé. Mas para além de ter um bebé com a idade certa, também me disse que a porca tinha SIDA. Estou encalhado, porque não sei como hei de lidar com este assunto, preciso que o doutor me diga instruções para puder curar-me desta doença.
Pedro, 23, Setúbal 

Doutor G: Caro Pedro, como diria Bruno Nogueira, foi o chamado "Azar do Caralho". Só no fim é que notaste que não tinhas usado preservativo? Mas ela é que tinha a pila ou quê? Provavelmente essa irresponsabilidade custou-te caro e apanhaste SIDA, mas muito pior que isso é o facto de escreveres "dança-mos". Devias ter saltado fora mal ela te disse ao ouvido "Preciso de ir mijar".


Caro dr. G, envolvi-me com um homem que, quando começámos, era solteiro. No entanto, arranjou uma namorada fixa (e xoninhas). Com o passar do tempo fui apaixonando-me por ele à séria, deixou de ser apenas sexo, e ele nada de largar a namorada, apesar de prometer que, provavelmente, um dia, vai acontecer. Então, peço-lhe um conselho, não como homem da ciência e questões afins, mas como homem. Acredito nesta ladainha?
Anónima, 27 anos, Parede

Doutor G: Cara Anónima, se já se tinham envolvido e ele arranjou outra como namorada é mais que óbvio que não a irá deixar para ficar contigo. Pode ser que ela faleça, é a tua única hipótese e atenção que não estou a sugerir que a mates.


Querido Dr. G, eu gosto muito de um rapaz e quero encanta-lo e queria pedir a sua opinião como homem que é, em relação a uma dúvida muito urgente que eu tenho. Eu tenho uma pele branquinha, cabelos pretos encaracolados e magrinha como a Paula Neves da telenovela Anjo Selvagem que passou na TV. Acha que uma lingerie vermelha ficaria bem com o meu tom de pele?
Liliana, 19, Algures

Doutor G: Cara Liliana, só poderia responder a essa pergunta se me tivesses enviado fotografias. Como tal, não posso avaliar em conformidade. Desde que não tenhas aquele cabelo desgrenhado à anos 80 que ela tinha pode ser que fique bem. Aconselho que, tal como essa personagem uses então um boné vermelho virado para trás a condizer com a lingerie.


Há cerca de um ano comecei a aproximar-me de um rapaz da minha turma com quem falo regularmente desde então. Uma noite ele bebeu de mais e envolvemo-nos mas o problema foi que no dia seguinte ele não se lembrava de nada e combinamos ficar só amigos. A nossa relação continuou como antes mas ele de vez em quando manda umas indiretas que me deixam confusa. Tenho receio de falar com ele diretamente sobre isto porque não quero estragar a nossa amizade.
Rita, 19 anos, Porto

Doutor G: Cara Rita, quando dizes que se envolveram porque ele bebeu demais fico um bocado preocupado... Espero que não o tenhas violado, nem que seja necessário estar bêbedo para alguém conseguir ir para a cama contigo. É por casos como esses que se deve filmar o acto, para que ele pudesse relembrar no dia seguinte. Uma amizade nunca se estraga com sexo, tal como um bolo de chocolate não se estraga com uma cobertura de chocolate derretido. A não ser que o chocolate seja daqueles espanhóis com sabor a ranço. 


Dr G, preciso de ajuda! Desde o primeiro dia de aulas que senti uma enorme atração por um professor meu, e ele deu-me todos os sinais de querer estar comigo, por isso um dia fui a ultima a sair e confrontei-o com isso... resultou de ser sentada em cima da mesa semi nua e ele a beijar-me toda.. fiquei com receio de sermos apanhados, mas continuamos até que finalmente toquei-lhe na parte baixa... e não é que é mesmo baixa?! Fiquei desiludida quando a senti, e além disso ele é bastante peludo, por isso disse que era virgem, ele ficou sem reacção e eu saí.. A partir daí o ambiente ficou estranho e todos os meus colegas perceberam que se passava algo entre nós, e o pior de tudo é que eu e ele nunca mais nos falamos e quase nem nos olhámos.. as aulas têm sido super constrangedoras! Será que ele se arrependeu de ter estado comigo por ter dito que era virgem e ele não me quer tirá-la ou eu devia ter dito algo acerca do seu mangalho para podermos esclarecer tudo? Acha que deveria voltar a falar com ele?
Anónima, 18, Faro

Doutor G: Cara Anónima, deixar a outra pessoa avançar até um certo ponto e depois dizer que se é virgem é de mau tom. Essas coisas devem ser ditas logo de início. Quando dizes que era baixa, estás a falar em altura ou em entusiasmo? Se era em entusiasmo, se calhar ele estava mais desiludido que tu com o que viu. Se era em altura tens a solução para o teu caso, já que lhes podes dizer que podem praticar o coito sem perderes a virgindade, pois dificilmente ele irá te irá conseguir rasgar o hímen. Quando dizem que os professores em Portugal não querem trabalhar, esquecem-se destes casos de professores aplicados que até acumulam funções.


Bom dia Doutor G, sou o João 21 anos e sou da Madeira. Quero pedir desculpa pela texto enorme que ai vem. Estou com a minha namorada (3 anos mais velha que eu) à 4 anos e vivo com ela por opção minha, visto que eu e a minha mãe parecemos cão e gato. Conhecemo-nos na praxe da universidade, onde muita loucura acontece e eu só tava com a intenção de dar umas curtes e acabei na rede. A relação nunca foi muito forte, mais mantida por interesse de não ter que aturar a minha mãe. Acontece que no ano passado apareceu uma caloira louca que me pôs seriamente a "pensar". Ficamos todos amigos mas aquelas borboletas que incomodam o estômago e deixam um gajo sem dormir de noite ficaram cá. Po próximo ano lectivo a actual vai estudar po continente e vai deixar-me aqui com aquela Leoa. A minha questão é se eu devo acabar com a actual antes de ela ir embora (com a historia de que o amor a distancia não serve, o que não e mentira), ou se tento enfiar-me com a Leoa às escondidas numa de "tu não contas, eu não conto". O que esta em causa é que o facto de viver com a actual saturou a relação e dar um espaço não e bem uma questão visto que não posso com a minha mãe e não me consigo sustentar só. Apesar de ser inevitável que tenha que viver com a minha mãe quando a actual se for embora, mas sou capaz de aguentar. No que toca à Leoa ( caloira), acho que nunca me senti assim por nenhuma rapariga (não que já tenha tido muitas). Somos amigos e dou-me melhor com ela do que com a maioria dos restantes. Dado que os meu amigos são os mesmos que os da actual, e a Leoa é uma amiga em comum, tenho aquele receio que haja merda por causa disso. Para além do mais, só o facto de estar ao pé da Leoa já me deixa no triste estado de apaixonado. Obrigado pela atenção! Um abraço do teu fã.
João, 21, Madeira

Doutor G: Caro João, a tua mãe deve ser uma besta jeitosa deve. Disseste que conheceste a namorada nas praxes, onde muita loucura acontece e que acabaste na rede. Houve outros que nas praxes acabaram na rede de um pescador ali para os lados do Meco. O meu conselho é simples: Tu não gostas assim tanto da tua namorada e ainda por cima ela vai para longe, por isso mais vale acabarem. Isto houvesse ou não a Leoa na savana, seria o que eu aconselharia, até porque me parece injusto para ela que mantenhas uma relação apenas por interesse de não aturares a tua mãe, que volto a repetir, deve ser uma besta. Ou então a besta és tu, também pode ser esse o caso. Andares com as duas, por questões deontológicas não posso aconselhar, pelo que reforço novamente que deves acabar com a outra e depois sim, cobrir a Leoa sem dó nem piedade. Para finalizar, se a tua mãe é assim tão terrível, arranja um trabalho e aluga um quarto, já que se não a suportas, estares a manter a relação de mãe-filho só para teres um tecto para viver, parece-me xoninhas.


Caro Dr. G, preciso dos seus conselhos urgentemente. Namoro há dois anos, com um rapaz espectacular e mantemos uma vida sexual muito satisfatória. Nesta ultima semana, ele sugeriu-me algo fora do habitual e talvez um pouco fora das minhas capacidades! Quer fazer uma ménage á trois com a minha melhor amiga! Se a visse tocar flauta com o meu namorado isso iria tornar a nossa amizade muito estranha e além disso a atenção estaria virada toda para ela durante o acto, viste que era a "novidade"! Será que devo-lhe sugerir uma foursome com o seu melhor amigo, e talvez aí ficássemos todos satisfeitos e na mesma posição (não literalmente)? 
Anónima, 19, Açores

Doutor G: Cara Anónima, é bom ver que o Doutor G chega às ilhas. Sim, penso que será justo. Ele não vai aceitar, caso aceite é porque não gosta assim tanto de ti e está disposto a tudo para comer a tua amiga. Sugiro no entanto em vez de uma foursome, ser uma fivesome, onde o quinto elemento será uma espécie de arrumador de carros, que vai coordenando as arrumações e os estacionamentos. "Vai, mais um bocadinho, destroce e mete tudo. Está bom, está óptimo, pode vir".



E está feito. Se enviaram dúvida e não apareceu é porque ficou para a próxima edição, já que recebi bastantes e muitas ficaram de fora. Não desesperem! Partilhem e enviem as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com.


Até lá, façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.

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24 de abril de 2015

O pior primeiro encontro de sempre



Esta é a história do pior primeiro encontro que já tive. Vou provavelmente entrar em alguns detalhes pessoais, mas é o preço de estou disposto a pagar para vos divertir. Se a rapariga da história por acaso ler isto e ficar ofendida, temos pena.

Esta noite remonta há cerca de 10 anos, era eu um petiz e inocente criança de 21, na flor e pujança do início da vida adulta. Não havia Facebook, havia o Hi5 e o MSN que foi onde comecei a falar com uma rapariga que tinha conhecido através de uns amigos. Tínhamo-nos visto uma vez, eu adicionei-a feito garanhão e começámos a falar com alguma regularidade. Ela era gira e jeitosa e não dava erros daqueles que me tiram a vontade, como "à muito tempo", "janta-mos onde?" e "já rezervei menza para almossar no restauran". Por isso tinha tudo para correr bem e lá combinámos um encontro, que para maximizar as probabilidades de haver festa rija, foi uma ida à festa do caloiro de Lisboa ali no Parque das Nações. A sugestão foi dela, o que me agradou por ser uma mulher com iniciativa e não estar à espera que seja o homem a decidir tudo e porque nada melhor que um antro de gente bêbeda, cerveja barata e música de merda para um encontro correr de feição.

Fui ter a casa da donzela de carro, no Citroen Saxo que era da minha mãe, mas não era daqueles Cup todos artilhados à peixeira, que somos da Buraca mas temos bom gosto. Ela desce, dois beijinhos na bochecha, eu deixo o carro lá e seguimos de táxi. Tomei esta opção por três razões: era difícil estacionar junto à festa e a casa dela era perto; eu queria beber e sou um condutor responsável; assim ia haver aquele convite do "Se calhar é melhor não pegares no carro assim, sobe para beber um chá ou até podes dormir aqui". Sou bué ninja. Depois da conversa de circunstância no táxi, lá chegamos à festa onde estava o maranhal de gente como era de esperar, o barulho e as filas nas barracas da cerveja do costume. Bebemos uma, duas e três cervejas, ali no espaço de meia hora, só para refrescar a goela. "Vamos beber shots!", diz ela como quem quer perder o controlo e acabar a noite à bulha toda nua. Pedimos dois, dos fortes claro, que com sumo é para maricas e eu desde novo que sou muito macho e apesar de ser daqueles que ardia eu mantive a postura, de lágrimas nos olhos mas sem fazer cara feia, para ela ficar logo maluca com a minha masculinidade. Entre um e outro shot, mais conversa de circunstância e, já não sei porquê, pergunto-lhe:

- Então e o que jantaste hoje?
- Nada.
- Nada? Então porquê?
- Mentira, comi uma maça.
- Então... mas não comeste mais porquê?
- É para o álcool bater mais.

Desde logo me apercebi que estava perante uma atleta olímpica da bebedeira. Uma estratega do alcoolismo quase tão profissional quanto o Toni.

Fomos conversando, de forma cada vez mais fluída, tal era a lubrificação social que o álcool nos ia conferindo. A conversa até estava interessante mas de repente ela dirige-se a um grupo de gajos com claro mau aspecto de quem tinha vindo de um bairro às cores ali perto. Eles estavam a fumar ganza e ela pediu-lhes para dar uns bafos. Eles, cavalheiros como claramente eram, não rejeitaram o pedido de uma senhora com tanta classe. Ela perguntou-me se eu queria mas eu recusei amavelmente, pese embora na altura ainda fumasse disso, não me apetecia misturar com o álcool nem com as doenças que eles poderiam ter. Não achei grande piada à atitude, mas como ela tinha um bom par de seios fechei os olhos a mais este claro sinal de alarme. Entre mais umas cervejas e shots, fomos falando cada vez mais alegremente, eu a sentir-me apenas um pouco tocado e ela também não dando mostras que o álcool e a ganza lhe tivessem feito muita mossa. Nisto, aparece um gajo que a conhecia, cumprimentam-se e passados 30 segundos ela vomita como que por geração espontânea. Meus amigos, não foi um vómito qualquer, foi um vómito de fazer corar de inveja a menina do exorcista! Um jacto de bocadinhos de maça que vai direitinho para os sapatinhos de vela do colega dela. Confesso que tive uma dicotomia de sentimentos, porque apesar de não apreciar uma mulher a regurgitar, aprecio ainda menos sapatos de vela.

Não comer nada ao jantar tivera o efeito por ela pretendido, tinha-lhe tudo batido forte e de repente. Ela começa a perder a força nas pernas e a ameaçar que vai com o queixo ao lancil do passeio. Eu seguro-a e pergunto-lhe se está tudo bem, só para ter mesmo a certeza que não estava.

Ela responde "Zbramans ion cklofin" e eu fiquei assustado por pensar que ela era daquelas nerds que sabem falar Klingon, uma língua qualquer do Star Trek.

Felizmente era só uma bebedeira de todo o tamanho. Agarrei nela ao colo e dei graças a Deus por ela não ter 80kg. Parecendo que não, não sair com gordas tem as suas vantagens e lá consegui levá-la até a um banco para ela se sentar e recuperar. Ela começa a dar sinais de vida, olha para mim como quem não está com o auto focus a funcionar e lança-se numa tentativa de beijo, com escalope de fora e tudo. Eu sou apanhado de surpresa e com o bafo e sabor da bílis dela, vomito-lhe na boca. Mentira, esta parte é mentira, mas ela tenta realmente beijar-me só que eu desvio-me e ela volta a deixar cair a cabeça, num desmaio de desilusão ébria. Nesta altura e para minha salvação, aparecem dois bombeiros de serviço a tentar perceber o que se passava. Devem ter logo pensado que era mais um caso de um gajo que tentou embebedar uma rapariga para a levar para a cama, que acabou por correr mal. Tentaram acordá-la mas nada e então decidiram agarrar nela e levá-la até ao posto médico, que era uns 200 metros à frente. Chegamos ao posto médico, deitam-na numa cama e começam a dar-lhe café pela garganta abaixo, como se faz aos patos para engordarem e se lhes tirar o fígado para o foie gras. Coincidência ou não, o cheiro do vomitado fazia-me lembrar iscas em vinha de d'alhos, receita que eu detesto.

O pessoal do INEM lá concluiu que ela não iria entrar em coma e que só restava esperar que ela melhorasse. Vomitou mais umas vezes, desta vez de uma forma mais delicada. Sabem aquelas pessoas que põem a mão à frente e deixam cair o caroço da azeitona para o prato? Foi desse género, não foi bem vomitar, foi mais um bolsar eloquente. Passou-se uma hora e como já estava a ficar tarde e para nós já não havia mais festa, os bombeiros propõem levar-nos a casa, para facilitar todo o transporte da moribunda. Metem-nos numa carrinha, tudo numa alegre galhofa menos ela que ia saindo e entrando do seu estado catatônico. Eu vou indicando o caminho mas de cada vez que eu dizia esquerda, o bombeiro virava para a direita e vice versa. Confessou ser disléxico e pediu-me para lhe tocar num ombro direito quando dissesse direita e no esquerdo quando dissesse esquerda, que ele assim conseguia orientar-se. Eu lá fiz de GPS para surdos e conseguimos chegar a casa dela.

Ela lá me conseguiu dizer qual era o andar onde morava, eu tirei-lhe as chaves da mala e levei-a a casa, já ela conseguia andar pelo próprio pé mas só apoiada e de cabeça baixa. Ela vivia com uma amiga que ainda estava acordada na sala e ao ver todo aquele espectáculo logo se levantou preocupada e se prontificou para ajudar. Eu já tinha feito o meu papel e fazer sexo com cadáveres,  mesmo que ainda quentes, não é a minha cena, pelo que me despedi e como já estava mais que sóbrio nessa altura, peguei no carro e fui à minha vida.

No dia seguinte ela ligou-me a pedir desculpas por toda a situação. Eu tranquilizei-a a dizer que acontece aos melhores, que não era razão para se envergonhar e que o importante é que ela estava bem. Ela agradeceu tudo o que fiz e disse "Ainda me tiraste a roupa toda vomitada e me vestiste o pijama, és um amor." Isso tinha sido a amiga dela mas eu nem a desmenti, mas pareceu-me estranho que ela me achasse um amor e não um tarado por lhe ter tirado a roupa com ela quase inconsciente. Para terminar disse que me queria compensar e então convidou-me para ir lá a casa jantar pizza. Pareceu-me claramente uma metáfora para sexo, mas pelo sim pelo não, como estava a fazer dieta não fui.

PS: Quando eu digo que este foi o pior encontro de sempre, estou a ser egocêntrico, haverá quem já tenha tido piores, como por exemplo:
  • Pessoas que acabaram assassinadas
  • Pessoas que apanharam SIDA
  • Pessoas que acabaram por casar
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21 de abril de 2015

Pessoas que coçam os testículos em público



Foi o tema mais votado e como prometido cá estou eu para falar desse grande flagelo da humanidade, que são as pessoas que coçam os testículos em público. Testículos é uma palavra demasiado técnica e, para efeitos de comicidade, vamos passar a chamar-lhes "sacola dos girinos". É uma expressão inventada por mim, por isso espero que sempre que a usem façam publicidade ao meu blogue. Exemplo: 

"Isso, lambe mais em baixo... mais em baixo mesmo na sacola dos girinos! Por falar nisso, não te esqueças de fazer like na página do Por Falar Noutra Coisa! Calma, tão abaixo não, que assim fico com dúvidas da minha masculinidade!"

Haver homens que coçam a sacola em público é a prova que Darwin estava certo e que nós somos apenas seres um pouco mais evoluídos que os chimpanzés. Coçar a micose em público é dos actos mais cavernosos que existem, mesmo quando efectuado em frente a um grupo de amigos. Quando praticado em frente a desconhecidos, como por exemplo nos transportes públicos, não só demonstra que o nosso cérebro é ainda muito básico como transparece uma falta de educação tremenda para com as pessoas que têm que coabitar nos mesmos metros quadrados que nós. Este acto mostra também que os homens são seres muito menos evoluídos que as mulheres, embora se possa argumentar que elas não possuem sacola, nem mesmo uma pochette para coçar. Se a tivessem, duvido que a maioria a coçasse avidamente em público e mesmo que fosse esse o caso, cheira-me que a maioria dos homens ia achar tal acto sexualmente excitante e não nojento. Dualidades de critérios desta nossa sociedade machista.

Já vos terá acontecido certamente, estarem a conversar com alguém com quem não têm grande confiança, e denotam que uma das mãos do cavalheiro está abaixo do nível da cintura, a fazer movimentos que se assemelham ao dedilhar de um cavaquinho. Numa fração de segundos baixam os olhos e vislumbram que o espécime homo sapiens que está à vossa frente, está a aliviar a comichão de sua bolsa escrotal. Há automaticamente um sentimento de nojo e de repulsa que se instala e que piora quando e se essa pessoa se despede de nós com um aperto de mão. Ficamos automaticamente com um formigueiro no braço que parece a bicharada a trepar por nós acima. É por estas e por outras situações desagradáveis que eu tive uma ideia que gostava de levar ao Shark Tank português ou tanque das petingas. A ideia passa por criar umas cuecas ou boxers que cocem os testículos de quem as estiver a vestir. Podia ser um protótipo artesanal, feito com palitos, lixa grossa e motores de batedeiras eléctricas, apenas para provar o conceito. Mais tarde passar-se-ia para a nanotecnologia, com a qual teríamos nano robôs que identificariam a fonte da comichão e se apressariam a ir lá coçar assim que esta se manifestasse. Haverá quem diga que seria melhor prevenir a comichão, mas eu discordo, pois estar-se-ia a perder o prazer que se retira do alívio. É de notar que estes nano robôs poderiam ser fêmeas ou machos, consoante o gosto do cliente.

Seria um sucesso, pois coçar o Dom Quixote e os Sanchos Panças é perfeitamente normal e todos os homens o fazem, com excepção do filho do Nené.

Já dizia o António Feio na conversa da treta, que são os vincos dos tomates. Com a depilação e os pelos a crescer ainda piora e por vezes há realmente uma necessidade fulminante de nos coçarmos quais cães com sarna. No entanto, há sempre algumas técnicas para o podermos fazer em público, caso seja realmente inadiável e já estejamos a contorcer as pernas com espasmos de quem está a atingir o clímax ao contrário. Como sabem, sou um estudioso do ser humano e como tal, identifiquei alguns tipos de pessoas que coçam a genitália em público, desde os mais discretos, aos mais garganeiros.

O Cavaco
O Cavaco é um tipo discreto, que nem se dá por ele mas que a faz pela calada. É aquele tipo de pessoa que mete a mão num bolso e subtilmente coça os kiwis como quem está a ajeitar as calças. Este tipo é tão dissimulado que é capaz de ter os bolsos das calças propositadamente rasgados para ter um acesso mais fácil ao seu estojo dos sapinhos bebés.

O ninja
O ninja coça rápido, com veemência e eficácia. Vai lá com uma mão, duas ou três raspadelas e está feito. Os menos atentos nem percebem o que se passou, mas após ver o movimento em câmara lenta, verifica-se que houve efectivamente alívio de comichão voluntária e proactiva. 

O quebra-nozes
Este tipo de indivíduo é aquele que entala as miudezas entre o polegar e o indicador e está ali a coçar de modo medicamente desaconselhável. Parece que está a estalar aquelas bolhas de plástico de embrulhar. Este é aquele tipo que não tem vergonha e é capaz de manter toda uma conversa enquanto se vai aliviando.

O connoisseur
O connoisseur não se identifica pela forma como coça, mas sim por todo o acto que se segue. O connoisseur, após aliviar a comichão, leva os dedos às narinas, por vezes de forma directa, outras enquanto simula que está a coçar uma qualquer comichão imaginária no nariz. Faz isto para poder sentir as notas florais e de especiarias, ou até mesmo de amêndoa e avelã, resultado do envelhecimento em casca da carvalho. Viram? Podia ter feito um trocadilho com a palavra carvalho e contive-me, ando a ficar um erudito.

Falta falar da categoria mais nojenta de todos os coçadores de concentrado de tomatada. Essa categoria é a única que abrange tanto os homens quanto as mulheres, embora numa taxa mais pequena. Passam os dias todos a coçar e já nem disfarçam pois sabem que ninguém os irá chamar à atenção. Enquanto coçam a seu belo prazer, vão nos dando categóricos pontapés entre as nossas virilhas desprotegidas, sem coquilha devido à mini tanga que temos que usar em conjunto com cinto apertado que nos deixa com o rego à mostra. O pior é que por muito que nos doam esses pontapés, tendemos a esquecer a dor numa amnésia bissexta. Sim, estou a falar dessa categoria, que se aglomera em belas orgias de esfreganço testicular pagas por nós na Assembleia da República. Um bocadinho de crítica política para isto não ser um texto só parvo.

Para terminar, gostava de vos confessar um sonho que espero concretizar um dia. Esse sonho passa por convencer o Jorge Palma a cantar em pleno concerto, uma versão com letra da minha autoria da música "A gente vai continuar"Ainda me falta terminar e polir o poema mas deixo aqui um lamiré:

Tira a mão dos tomates, não coces mais isso,
Ninguém devia ser obrigado, a ver-te coçar,
Se tem mesmo que ser, mete a mão no bolso,
Esconde com o casaco ou usa a mala da namorada para tapar.
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à inquietação,
Esfrega até onde tu quiseres
Mas por favor não cheires a mão,

Enquanto não houver ferida para sarar,
A gente vai continuar
Enquanto não houver ferida para sarar
Enquanto houver pelos a brotar,
A gente não vai parar,
Enquanto houver comichão para coçar.

Um dia Jorge, um dia. Uma garrafa de James Martin e cantas isto no Coliseu. Vá, boa continuação e já sabem, não cocem isso em público se faz favor.

PS: Se partilharem este texto agradecia que utilizassem a hashtag #sacoladosgirinos. Obrigado.
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20 de abril de 2015

Panhonhas, xoninhas, pelos púbicos e virgindade



Bom dia pessoas razoavelmente fofinhas. É segunda-feira, aquele dia que todos detestamos, mas para piorar ainda mais é dia do consultório sentimental, sexual vá, "Doutor G explica como se faz". Vamos a isto que já chega de preliminares.


 
Caro Doutor G, um amigo da terrinha namora com uma rapariga que conheceu há pouco mais de 1 ano e já pensam em casar em 2016. Este individuo para estar com a namorada anterior, faziam (ele ou ela) cerca de 30 km e era só beijinhos. O que me parece que está a acontecer é que ele neste momento apanhou uma que lhe deixa molhar o pincel, e sente que é o homem mais feliz do mundo. Até aqui, tudo +/- bem. O problema é que sempre que eles estão juntos ele muda de personalidade e transforma-se num autêntico cocó, abrindo a boca apenas para respirar e a carteira para manter a menina. Será que eu e mais dois ou três amigos o devemos embebedar bem embebedado e levá-lo até Vigo a ver se ele se apercebe que as de lá pelo menos não o obrigam a ser outra pessoa para lhe esvaziarem a carteira?
Vitorino, 25, Minho

Doutor G: Caro Vitorino, há efectivamente muitos homens e mulheres também, que abdicam da sua própria personalidade quando estão numa relação amorosa. Existem até termos técnicos para denominar esse tipo de pessoas, desde panhonhas, xoninhas ou como mais vulgarmente são conhecidos, os bananas. Os bananas não têm cura, de nada serve levá-lo a Vigo, a Praga ou à recta das meninas da Reboleira. Ele abrirá os olhos mais tarde ou ficará para sempre nesse modo vegetal. Podem dar-lhe dois pares de estalos, que embora não resolvam nada, é giro de se fazer.


Doutor G, comecei a desenvolver sentimentos por um amigo e descobri, ao desabafar sobre a minha paixoneta com outros amigos, que ele gostava de mim já há algum tempo. Beijamo-nos passadas umas semanas, mas depois disse-me que estava "confuso", "atraído por mim, mas confuso", algo que interpretei como "é pá afinal não estou interessado em ti". Tudo ok, tive o meu desgosto, mas tentei ignorar os meus sentimentos em nome da nossa amizade. O único problema é que ele me está constantemente a provocar e a dar-me sinais que gosta de mim. O nosso círculo de amigos já todo reparou nisto e na nossa tão óbvia tensão sexual e sinto que estou na friend zone porque isto já se prolonga há meses. Não consigo passar para outra, mas, simultaneamente, acho que isto nunca há-de desenvolver... 
Anónima, 20, Lisboa

Doutor G: Cara Anónima, pode ter-se dado o caso de seres um destes 10 tipos de pessoas que não sabem beijar, o que o terá levado a mudar de ideias. Tens duas opções: apanharem uma bebedeira e andarem à bulha todos pelados ou esqueceres e partires (para) outro. Tens que o encostar à parede e dizer "Provocaste, agora vais ter que provar". As mulheres saem facilmente da friendzone mostrando os seios. Este conselho foi de borla.


Caro Doutor G, é o Pedro xoninhas da edição Doutor G de 16 de Março. Como me disse, falei um bocado com a rapariga no face, ela deu-me o número dela, e começamos a falar. O problema é que ela é tão ou mais tímida do que eu. Falei-lhe em levá-la à escola de mota, nada, de carro também não, perguntei-lhe se queria ir ao cinema, também não queria ir comigo porque não se ia sentir confortável, mesmo se não fôssemos só nós os dois, e, já que ela gosta disso, perguntei-lhe se não queria ir jogar snooker um dia comigo. Também não quer. Mas também lhe disse que se calhar ainda a ensinava a andar de mota e ela disse que ainda podia gostar disso. Mas ao fim de falar com ela durante mais um bocado de tempo, numa conversa mais "séria" em que tentei perceber o porquê de ela não querer fazer nada comigo, ela disse-me que não estava interessada em encontros nem nada dessas coisas. Será que com isso ela quis dizer que não está interessada em mim como namorado, não está interessada em arranjar namorado, ou quis dizer outra coisa? Acha que vale a pena continuar a tentar?
Pedro, 18, Entroncamento 

Doutor G: Caro Pedro, lamento informar-te mas uma mulher que recusa um convite, seja para o que for, é porque não está interessada. Então rejeitar tantos ainda pior. Pode dar-se o caso de ela ao dizer que não está interessada em encontros querer realmente dizer que só quer festa rija no leito. Convida-a para ir dar uma volta no banco de trás da tua mota e no fim mete um emoticon a piscar o olho. Se ela recusar, arranja uma outra com mamas maiores, só para lhe meteres inveja.


Caro Dr. G, tenho um amigo já de longa data com quem comecei a ter uma relação mais intima, uma espécie de amigos coloridos. Isto já dura à quase um ano e não passamos disto, amigos. Ele diz que gosta muito de mim mas tem medo de assumir uma relação pois acha que não esta preparado, sendo que nunca teve nenhuma namorada nem nada parecido. Temos muitos amigos em comum e inclusive conheço quase toda a família dele, será que é por isso que ele não quer assumir uma relação? Qual é a sua opinião? 
S, 19 anos, Porto

Doutor G: Cara S, já reparaste que ao verbalizar S, parece Ass? Coisas da vida. Adiante, a minha opinião é que homem, ou mulher que diga que não está preparado para assumir uma relação séria, quer apenas e só dizer, que quer ter todos os privilégios de um namoro, com as vantagens de estar solteiro e poder fazer o que bem lhe apetecer. Há também casos onde isso pode acontecer porque a outra pessoa mete medo ao susto e ele tem vergonha de assumir algo sério. Nunca te vi, por isso não posso opinar. Seja como for, se ele não quiser realmente assumir nada contigo parte para outro. Pode ser que depois dele ver que sem namoro não vê pipi, mude de ideias. Os homens são uns porcos.


Caro Doutor G, devo começar por dizer que me considero um rapaz relativamente bem parecido e com boas qualidades mas sou muito tímido e com pouca confiança. Ao longo destes anos, só tive uma namorada e comi uma gaja na queima (ela claramente queria mais que eu). Sinto que estou a desperdiçar os potenciais melhores anos para viver e quero mudar isso. Gostava de experimentar mais do que o mercado tem para oferecer, mas não creio ter os recursos necessários para o fazer. O Doutor tem algum tutorial de como comer gajas em discotecas ou de como ultrapassar a falta de confiança sabendo aceitar uma ou outra nega?
João, 21, Coimbra

Doutor G: Caro João, o Doutor G nunca foi gajo de engate em discotecas. Sempre fui mais pescador que caçador, elas se quisessem muito que viessem morder a minhoca, que andar nas discotecas a meter conversa não é para mim. De qualquer forma o tutorial simples é apenas estatística. Quantas mais tentativas, maior a probabilidade de haver uma que queira forrobodó. O facto de tentares traz também a vantagem de te ires habituando às negas e com esse hábito vem a confiança e a facilidade de entrares no modo "estou-me a cagar". Normalmente as mulheres apreciam esse modo, desde que não literal. Experimenta diferentes abordagens e para maximizares a taxa de sucesso vai à mais feia do grupo, que é o que os predadores fazem quando caçam gazelas. Encontra a tua gazela coxa e ataca-lhe a jugular, com sorte foi ela que levou o carro e nem gastas dinheiro no táxi.


Caro Dr. G, sou virgem e não por opção. Pensei que isso ia mudar quando entrasse para a faculdade, mas já estou a meio do segundo ano e nunca tive um namorado. Ando a ficar cada vez mais excitada. Já não posso ver um pepino na loja da Ti’Maria que não fique logo com a pussy a miar e afagá-la já não me chega. O que hei-de fazer?
Carla, 20, Coimbra

Doutor G: Cara Carla, uma mulher só é virgem se quiser. Se me dizes que não queres e não consegues resolver o assunto tenho que partir do princípio que te assemelhas a um mastodonte mal conservado em gelo glaciar. Se estou enganado então o que te está a faltar é atitude e mostrar que estás disponível nos rituais de acasalamento que se praticam nas discotecas. De qualquer forma, como Doutor tenho que te aconselhar a pensares em perder a virgindade com alguém especial e não com um qualquer gajo que encontres na noite. Até lá, compra uns brinquedos para melhor afagares a gatinha.


Caro Doutor G, Tenho 45 anos, nasci em Inglaterra e sou uma espécie de Zezé Camarinha de Birmingham. Contudo, mudei-me para Portugal há 5 anos com o sonho de praticar o coito com fêmeas que possuam bigode... Infelizmente não tenho tido muito sucesso junto do sexo oposto, uma vez que sinto tal atracção por mulheres com pelos faciais que se torna impossível de evitar as ejaculações prematuras, ejaculações essas que aniquilam qualquer hipótese que eu tenha de seduzir a fêmea em questão. O que recomenda para que eu consiga voltar a entrar em contacto com o macho alfa que há dentro de mim e possa restaurar a confiança e virilidade perdidas de modo a, não só concretizar as minhas fantasias, mas também satisfazer as minhas parceiras?
Emanuel Bacano, 45, Braga

Doutor G: Caro Emanuel, a ejaculação precoce é um problema apenas se o interpretares como tal. Quando isso acontecer, diz-lhes para considerarem um elogio e em seguida limpa-lhes o bigode. Sou nojento, bem sei, mas já devias saber com o que contavas ao enviar-me a tua dúvida. 


Boa tarde Doutor G. A minha questão é a seguinte, eu gostava muito de raspadinhas, sempre gostei, e ainda gosto muito, alias, acho até que estou viciado em raspadinhas, mas ultimamente tem-me apetecido muito deixar as raspadinhas e tentar arranjar uma pentelhuda, mas hoje em dia não é fácil, porque já se vê pouco, já pensei em frequentar dançeterias, e tentar arranjar uma cota, para ver se tenho sorte, o que me aconselha Doutor G.
José Manuel, 32, Évora 

Doutor G: Caro José, o que mais me preocupa no teu caso é teres escrito "dançeteria" com ç. Iço é um herro gravíçimo! Felizmente, graças a Deus todo poderoso, que cada vez há menos mulheres que acham que podem salvar a floresta amazónica, conservando o seu belo matagal intacto. Haverá no entanto, zona do interior de Portugal onde usar-se tal pilosidades ainda seja habitual. Aconselho-te por isso a investir no Portugal profundo, que até há bons subsídios europeus para isso. As cotas, é preciso ter cuidado, porque a partir de uma certa idade os pelos do corpo caem todos.


No passado fim de semana foi a ALTA festa no Porto organizada pela Rádio Festival! Como homem solteiro, costumo vir sempre a estas festas porque descobri que é fácil ter conversa "ao nível da cintura" com raparigas que ainda não estão embriagadas e que muito possivelmente não vejo mais! Então, nesta última festa, encontrei uma rapariga espetacular, tipo "the girl next door", e fiz de tudo para ter "uma jam session" a dois. E estava tudo a correr como planeado, tocou-me ao oboé e tudo! Além de ter soprado um bocado... Só que quando eu quero mais música ela diz-me que é virgem e tem medo que o piercing que eu tenho na ponta do meu "instrumento" fique agarrado ao "íman" dela. Isso é verdade? Acontece mesmo?
Zefas, 27, Ermesinde

Doutor G: Caro Zefas, não sei que tipo de girl next door conheces, mas eu nunca tive nenhuma vizinha que me tocasse uma sinfonia de oboé no dia em que me conheceu. É para casar certamente. Sim, ela está bem informada, é realmente muito comum, aliás a forma de ver se uma mulher é virgem é atirá-la contra o frigorífico e caso lá fique agarrada é porque tem íman. São também as melhores a abrir garrafas de cerveja.


Caro Dr. G, gostaria de lhe pedir a sua opinião num assunto muito particular. Noutro dia, foi a uma festa no Porto com umas amigas com o intuito de me arranjarem alguém. Estava a divertir-me muito a dançar, só que só me apareciam senhores demasiado velhos para mim para dançar. Quando eu já estava prestes a desistir, veio ter comigo um rapaz que me tirou o fôlego! Como eu não tenho muita experiência nestas situações, as minhas amigas deram-me umas dicas como lembrar-me como era quando eu tocava flauta no colégio e coisas assim. Lá tentei pôr estas coisas em prática mas vi que o tal rapaz tinha um brinquinho na ponta da flautinha dele. Eu disse que não podíamos continuar com aquilo porque tinha medo que ficasse colado ao meu "íman". Ele disse-me que isso não podia ser, mas eu estudei isto na escola e sei muito bem que os ímans atraem o metal! Será que devia ter continuado e arriscar ficar ligada ao rapaz?
Damiana, 19, Lordelo

Doutor G: Cara Damiana, que feliz coincidência! Como podes ler na resposta anterior fizeste muito bem. Não sei se o Zefas vai ficar contente que te refiras ao seu membro como flautinha mas pronto, dizem que o tamanho não importa. Podes sempre usar um brinquedo maior, andar a cavalo ou fazer a espargata à bruta para romper o íman. Assim já podes juntar os trapinhos com o Zefas e viver feliz para sempre bem juntos, ficando assim ligados mas sem ser fisicamente pela genitália.



Isto quase que está a ficar uma casa de respeito, não se compreende. Peço-vos que tentem abreviar as vossas questões, ninguém está interessado em saber qual era o nome da festa e quem a organizou por exemplo. Parecem as velhas a dar detalhes desnecessários. Já agora, acham que o tamanho da rubrica está bom? Ou está muito grande? Já me fizeram queixas do tamanho anteriormente, por isso gostava de saber a vossa opinião. Outra coisa, mudei a versão do blogue para telemóveis, se virem que alguma coisa não está bem ou acharem que a anterior era melhor digam-me, se faz favor. Obrigado, sois uns fofos.

Se querem mais para semana já sabem, partilhem e enviem as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com.


Até lá, façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.

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