Deu-me para a nostalgia e, como tal, vou contar-vos a minha viagem de finalistas do 12º ano, coisa que aconteceu há cerca de 13 anos. A viagem foi a Lloret del Mar, essa bela e sofisticada cidade de nuestros hermanos, conhecida por, ali na altura da Páscoa, ser invadida por adolescentes imberbes, sedentos de álcool, sexo e javardice no geral. Como em qualquer escola em que os meninos não têm pais ricos para subsidiar a viagem, vendemos rifas e bolos. Sendo que era uma escola da Damaia, podíamos também ter vendido droga, ou juntado o melhor dos dois mundos e vendido bolos de erva. Não o fizemos mas lá conseguimos angariar dinheiro que pagasse cerca de metade da viagem e os pais meteram o resto. Não sendo ricos também não são pés rapados e têm é mais que abrir os cordões à bolsa para os filhos se irem desgraçar para Espanha.
Lá chegou a tão esperada data e às oito da manhã lá estávamos à porta da escola, com uma excitação desmedida e com a euforia de irmos fazer algo totalmente diferente. Era um momento importante, um ritual de passagem para a fase adulta, mas nós sentíamo-nos mais crianças do que nunca. Chega o autocarro ainda vazio pois haveríamos de passar em mais escolas a recolher os restantes finalistas.
Fomos a mais umas escolas, uma delas foi em Loures onde nos esperavam meninos e meninas aparentemente bem comportados. Vimo-los, pela janela, a abraçar os pais e a entrar ordeiramente no autocarro. Sentaram-se e o autocarro avança enquanto eles acenam, uma vez mais, aos seus entes mais queridos. Nisto, o autocarro dobra a esquina e começa tudo aos berros, feitos javalis a pisar legos e começam a saltar garrafas das mochilas, e começa automaticamente a cheirar a ganza. Nós, como éramos todos meio xoninhas, achamos de mau tom estarmos a levar com aquele fumo todo, já que na altura nunca nenhum de nós sequer tinha experimentado um charro. Fomos lá pedir, educadamente, para que não fumassem lá dentro, já que os motoristas não faziam nada com medo de levar uma facada no lombo.
- Olhem, podem não fumar aqui dentro? É que o fumo vai ali todo para trás.
- E então? Vocês são da onde?! - pergunta um deles com o seu chapéu da Lacoste.
- Damaia.
- Ah ok, é na boa nós só voltamos a fumar quando pararmos. Malta, apaguem aí as ganzas para não incomodar os nossos sócios da Damaia.
A partir daí a viagem correu docemente, foram cerca de dezoito horas entre muitas peripécias, como ver os motoristas do autocarro a revezarem-se em andamento, enquanto um saía da cadeira do condutor, com uma mão a segurar o volante, e o outro se sentava no seu lugar. Tudo altamente seguro e controlado, claro. Lembro-me, também, de alguns alunos quererem comprar VHS pornográficas na bomba de gasolina mas que o condutor alegou motivos religiosos para não as colocar na TV do autocarro. No entanto, o outro autocarro que também ia de viagem não tinha um condutor tão xoninhas e iam a ver cacetada de xixa à grande. Ao ver isto, o nosso condutor encontrou um buraco (salvo seja) nas regras da sua religião, e encostou-se, lado a lado, ao outro para que pudéssemos todos ter uma bela sessão de cinema em conjunto. Há pessoal mesmo prestável.
Lá chegamos ao nosso Hotel, três estrelas, onde fomos recebidos pelo staff antipático que nos deu um sermão de meia hora, onde nos mostraram a lista de todos os itens dos quartos e respectivos preços, julgado que éramos animais e iríamos ajavardar aquilo tudo, como tinha sido costume nos anos anteriores. Claro que não serviu de nada e, nos dias seguintes, todo o hotel parecia a faixa de Gaza, onde se viam marcas da destruição em vários locais. Havia, na altura, a febre das armas de airsoft, que se compravam lá nos indianos. Havia trincheiras e fortes montados no corredor do hotel e o tiroteio era constante de ambos os lados da barricada. Para entrarmos no quarto tínhamos que nos movimentar como o Neo, para não levarmos com uma bala perdida entre a rixa dos gangues de Loures e Portimão. Houve televisões a serem atiradas para a piscina, lançadas das varandas. Houve quartos que se fundiram num só, após paredes serem deitadas abaixo e houve, inclusivamente, fogueiras entre as quatro paredes dos aposentos.
Escusado será dizer que os funcionários do hotel tinham razão no sermão que nos deram inicialmente e que não gostavam do nosso grupo, no qual nós também não nos revíamos. Havia barulho a toda à hora e nós, xoninhas, queríamos dormir para aproveitar bem o dia seguinte. Uma vez, andavam nos corredores a bater em todas as portas e a fazer chinfrim, quais peixeiras do gueto, nós abrimos a porta e pedimos para não voltarem a dar pontapés. Um grupo de três gajos, todos confiançudos, perguntam:
- Vocês são da onde?
- Damaia. - respondemos em uníssono.
- Nós somos de Portimão! Viva a Damaia e viva Portimão!
Foram à vida deles, vida essa que consistia em continuar a fazer merda e pontapear portas, mas, o que é certo, é que na nossa nunca mais tocaram. Não se deixem enganar, nós também éramos uns traquinas! Um dos nossos divertimentos no hotel era ligar para os outros quartos do telefone fixo, chamadas essas que eram gratuitas. Desde dizer que era da recepção e que tinham que fazer mais barulho, até ao bate coro descarado com uma desconhecida, ou um gajo que tinha a voz fininha e não dava para perceber que possuía pénis. Entre essas brincadeiras, havia a célebre chamada das "Fodas Mágicas" que consistia em ligar para outro quarto e perguntar "Queres uma foda mágica?". Normalmente havia uma pausa e depois perguntavam-nos no que consistia. A resposta era sempre a mesma, "Então... fodemos e depois... desaparecemos!". Havia, invariavelmente, risos, mostrando que para além de sentido de humor, era uma badalhoca que estava do outro lado da linha. Chegámos a colocar um cartaz no nosso quarto a anunciar a oferta de fodas mágicas a possíveis candidatas. Um desses telefonemas foi parar à pessoa errada e o namorado ficou bastante irritado. Veio ao nosso piso com mais quatro amigos, munidos de tacos de basebol. Como somos muito ninjas, colocámos, sem qualquer tipo de remorsos, o cartaz na porta da frente, até porque era o quarto de uns gajos palermas. Os outros vêm lançados, cheios de SWAG do princípio do milénio que não era mais que um andar coxo, e começam a bater na porta do outro quarto. Há gritaria da boa mas não chega a haver porrada. Nós rimos que nem perdidos na nossa cobardia xoninhas.
Dissemos adeus às famílias, algumas de lágrimas nos olhos a saber que, provavelmente, os filhos iriam falecer, ser presos, ou trazer a sida.
Fomos a mais umas escolas, uma delas foi em Loures onde nos esperavam meninos e meninas aparentemente bem comportados. Vimo-los, pela janela, a abraçar os pais e a entrar ordeiramente no autocarro. Sentaram-se e o autocarro avança enquanto eles acenam, uma vez mais, aos seus entes mais queridos. Nisto, o autocarro dobra a esquina e começa tudo aos berros, feitos javalis a pisar legos e começam a saltar garrafas das mochilas, e começa automaticamente a cheirar a ganza. Nós, como éramos todos meio xoninhas, achamos de mau tom estarmos a levar com aquele fumo todo, já que na altura nunca nenhum de nós sequer tinha experimentado um charro. Fomos lá pedir, educadamente, para que não fumassem lá dentro, já que os motoristas não faziam nada com medo de levar uma facada no lombo.
- Olhem, podem não fumar aqui dentro? É que o fumo vai ali todo para trás.
- E então? Vocês são da onde?! - pergunta um deles com o seu chapéu da Lacoste.
- Damaia.
- Ah ok, é na boa nós só voltamos a fumar quando pararmos. Malta, apaguem aí as ganzas para não incomodar os nossos sócios da Damaia.
A partir daí a viagem correu docemente, foram cerca de dezoito horas entre muitas peripécias, como ver os motoristas do autocarro a revezarem-se em andamento, enquanto um saía da cadeira do condutor, com uma mão a segurar o volante, e o outro se sentava no seu lugar. Tudo altamente seguro e controlado, claro. Lembro-me, também, de alguns alunos quererem comprar VHS pornográficas na bomba de gasolina mas que o condutor alegou motivos religiosos para não as colocar na TV do autocarro. No entanto, o outro autocarro que também ia de viagem não tinha um condutor tão xoninhas e iam a ver cacetada de xixa à grande. Ao ver isto, o nosso condutor encontrou um buraco (salvo seja) nas regras da sua religião, e encostou-se, lado a lado, ao outro para que pudéssemos todos ter uma bela sessão de cinema em conjunto. Há pessoal mesmo prestável.
Lá chegamos ao nosso Hotel, três estrelas, onde fomos recebidos pelo staff antipático que nos deu um sermão de meia hora, onde nos mostraram a lista de todos os itens dos quartos e respectivos preços, julgado que éramos animais e iríamos ajavardar aquilo tudo, como tinha sido costume nos anos anteriores. Claro que não serviu de nada e, nos dias seguintes, todo o hotel parecia a faixa de Gaza, onde se viam marcas da destruição em vários locais. Havia, na altura, a febre das armas de airsoft, que se compravam lá nos indianos. Havia trincheiras e fortes montados no corredor do hotel e o tiroteio era constante de ambos os lados da barricada. Para entrarmos no quarto tínhamos que nos movimentar como o Neo, para não levarmos com uma bala perdida entre a rixa dos gangues de Loures e Portimão. Houve televisões a serem atiradas para a piscina, lançadas das varandas. Houve quartos que se fundiram num só, após paredes serem deitadas abaixo e houve, inclusivamente, fogueiras entre as quatro paredes dos aposentos.
Quem vem das barracas não consegue passar sem um bom acampamento à moda antiga e, parecendo que não, com uma fogueira à mão a ganza desfaz-se melhor.
Escusado será dizer que os funcionários do hotel tinham razão no sermão que nos deram inicialmente e que não gostavam do nosso grupo, no qual nós também não nos revíamos. Havia barulho a toda à hora e nós, xoninhas, queríamos dormir para aproveitar bem o dia seguinte. Uma vez, andavam nos corredores a bater em todas as portas e a fazer chinfrim, quais peixeiras do gueto, nós abrimos a porta e pedimos para não voltarem a dar pontapés. Um grupo de três gajos, todos confiançudos, perguntam:
- Vocês são da onde?
- Damaia. - respondemos em uníssono.
- Nós somos de Portimão! Viva a Damaia e viva Portimão!
Foram à vida deles, vida essa que consistia em continuar a fazer merda e pontapear portas, mas, o que é certo, é que na nossa nunca mais tocaram. Não se deixem enganar, nós também éramos uns traquinas! Um dos nossos divertimentos no hotel era ligar para os outros quartos do telefone fixo, chamadas essas que eram gratuitas. Desde dizer que era da recepção e que tinham que fazer mais barulho, até ao bate coro descarado com uma desconhecida, ou um gajo que tinha a voz fininha e não dava para perceber que possuía pénis. Entre essas brincadeiras, havia a célebre chamada das "Fodas Mágicas" que consistia em ligar para outro quarto e perguntar "Queres uma foda mágica?". Normalmente havia uma pausa e depois perguntavam-nos no que consistia. A resposta era sempre a mesma, "Então... fodemos e depois... desaparecemos!". Havia, invariavelmente, risos, mostrando que para além de sentido de humor, era uma badalhoca que estava do outro lado da linha. Chegámos a colocar um cartaz no nosso quarto a anunciar a oferta de fodas mágicas a possíveis candidatas. Um desses telefonemas foi parar à pessoa errada e o namorado ficou bastante irritado. Veio ao nosso piso com mais quatro amigos, munidos de tacos de basebol. Como somos muito ninjas, colocámos, sem qualquer tipo de remorsos, o cartaz na porta da frente, até porque era o quarto de uns gajos palermas. Os outros vêm lançados, cheios de SWAG do princípio do milénio que não era mais que um andar coxo, e começam a bater na porta do outro quarto. Há gritaria da boa mas não chega a haver porrada. Nós rimos que nem perdidos na nossa cobardia xoninhas.
Talvez o mais xoninhas de todo o nosso grupo tenha acabado por ser a maior personagem da viagem. Foi uma espécie de Murphy onde tudo o que lhe poderia correr mal, correu ainda pior:
- Na viagem de ida adormeceu e numa curva foi dar de queixos no chão do corredor do autocarro, provocando a risota geral;
- Perdeu 100€ no primeiro dia. "Ah e tal isto de levar dinheiro é que é seguro porque cartões nunca se sabe...";
- Alugámos scooters e fomos dar uma volta. Não era preciso licença e ninguém sabia conduzir aquilo muito bem, mas ele mostrou porque é que é preciso tirar a carta. Esbardalhou-se todo numa curva porque decidiu ir a conduzir e a tirar fotografias ao mesmo tempo. Perdeu o equilíbrio e foi de rojo pelo alcatrão, todo pimpão, e partiu uma parte considerável da mota. Ao ver que ele tinha caído, um amigo meu perguntou-lhe logo preocupado "Estás bem?!" ao que ele respondeu que sim, levantando-se prontamente. "Pronto, siga então que ainda temos meia hora.". Ele ficou lá a recolher os plásticos partidos;
- Na última noite alguém lhe colocou droga numa bebida ou algo do género porque ele não bebeu nada e ficou que parecia um atrasado mental acabado de sair de uma anestesia geral. Tivemos que carregar com ele do bar até ao hotel e dar-lhe banho de água fria. "Estás melhor?", perguntei-lhe. "Sim", responde ele. "Qual é o teu nome?" e ele começa a contar pelos dedos e responde "Sete". Chamámos a ambulância e ele pagou 150€.
Por falar em gente que se sabe divertir, também fomos a Salou, ao Parque Aventura, andar nas montanhas russas. Eu não andei que este corpinho não foi feito para essas merdas. Fiquei só ver com a desculpa de que alguém tinha que tirar fotografias para a posteridade. Sempre me sacrifiquei pelos outros. Visitámos tudo o que havia para visitar, fomos à praia e à piscina e saímos todas as noites. A noite era gira, uma espécie de Albufeira mas com mais portugueses, onde só passava Shakira e espanholadas do género.
O mais curioso dessas noites é que nenhum de nós bebeu mais do que duas ou três bebidas, na maioria das vezes aqueles cocktails meio maricas que a juventude bebia na altura: Pisang Ambon com sumo de laranja e Blue Corazón com 7Up. Até aposto que foi por palhinha e com sombrinha rosa e tudo. Ninguém se embebedou do nosso grupo e, obviamente, ninguém comeu gajas (nem gajos). Minto, houve um de nós que se enrolou com uma colega no quarto. Pode parecer garanhão mas o que aconteceu foi o seguinte: ela já andava com ele fisgado e, claramente queria funaná pelado. Estávamos todos deitados em três camas de um dos quartos, éramos uns seis, rapazes e raparigas, e estávamos só na conversa. Nisto alguém apaga a luz sem querer e, automaticamente, ouvem-se dentes a bater. Percebemos logo quem era, ficámos ali um pouco sem saber qual era a regra de etiqueta que se aplicava ali. Ouvimos a rapariga a dizer "Está tanto calor, vou tirar as calças!" e o nosso amigo a dizer um sensual "Ok". Nesse momento, percebemos que se calhar era melhor sair. Saímos todos de fininho menos um, que estava a dormir e ficou lá a ressonar na cama ao lado. Eles acabaram por não ir até ao fim e, no dia seguinte, vejo esse meu amigo com ela, de braço por cima do ombro, agarradinhos como quem tinha concebido trigémeos no dia antes. Ele olha para mim e encolhe os ombros com uma cara de pânico de como quem não sabe como é que se meteu naquele filme. Entrámos no autocarro para ir não sei onde e ele, sentado ao lado dela que dormia, vira-se para trás e diz-me baixinho "O que é que eu faço? Não quero namorar com ela, não!". Eu já dava muitos bons conselhos na altura e disse-lhe para lhe dizer e ser honesto. Ele seguiu o meu conselho e ela, no dia seguinte, foi contar às amigas que tinham decido acabar porque os sentimentos estavam a ficar muito fortes e não se queriam magoar. O que as pessoas precisam de inventar para aliviar a nódoa negra no cu do chuto que acabaram de levar.
Foram dez dias que passaram a correr e que aproveitámos como só se aproveita quando ainda se têm a vida toda pela frente. Viemos embora felizes por saber que, certamente, haveria mais oportunidades de repetir este tipo de experiências. Não houve. Chegámos a casa com um sentimento de missão cumprida. Rimos, convivemos e ninguém apanhou uma bebedeira. Moral da história: A inocência da altura era suficiente para nos divertirmos ao máximo e sermos felizes. Isso e que éramos todos xoninhas.
Aliás, sempre usámos isso a nosso favor e dissemos a toda a gente que foi a loucura, espanholadas todas as noites.
O mais curioso dessas noites é que nenhum de nós bebeu mais do que duas ou três bebidas, na maioria das vezes aqueles cocktails meio maricas que a juventude bebia na altura: Pisang Ambon com sumo de laranja e Blue Corazón com 7Up. Até aposto que foi por palhinha e com sombrinha rosa e tudo. Ninguém se embebedou do nosso grupo e, obviamente, ninguém comeu gajas (nem gajos). Minto, houve um de nós que se enrolou com uma colega no quarto. Pode parecer garanhão mas o que aconteceu foi o seguinte: ela já andava com ele fisgado e, claramente queria funaná pelado. Estávamos todos deitados em três camas de um dos quartos, éramos uns seis, rapazes e raparigas, e estávamos só na conversa. Nisto alguém apaga a luz sem querer e, automaticamente, ouvem-se dentes a bater. Percebemos logo quem era, ficámos ali um pouco sem saber qual era a regra de etiqueta que se aplicava ali. Ouvimos a rapariga a dizer "Está tanto calor, vou tirar as calças!" e o nosso amigo a dizer um sensual "Ok". Nesse momento, percebemos que se calhar era melhor sair. Saímos todos de fininho menos um, que estava a dormir e ficou lá a ressonar na cama ao lado. Eles acabaram por não ir até ao fim e, no dia seguinte, vejo esse meu amigo com ela, de braço por cima do ombro, agarradinhos como quem tinha concebido trigémeos no dia antes. Ele olha para mim e encolhe os ombros com uma cara de pânico de como quem não sabe como é que se meteu naquele filme. Entrámos no autocarro para ir não sei onde e ele, sentado ao lado dela que dormia, vira-se para trás e diz-me baixinho "O que é que eu faço? Não quero namorar com ela, não!". Eu já dava muitos bons conselhos na altura e disse-lhe para lhe dizer e ser honesto. Ele seguiu o meu conselho e ela, no dia seguinte, foi contar às amigas que tinham decido acabar porque os sentimentos estavam a ficar muito fortes e não se queriam magoar. O que as pessoas precisam de inventar para aliviar a nódoa negra no cu do chuto que acabaram de levar.
Foram dez dias que passaram a correr e que aproveitámos como só se aproveita quando ainda se têm a vida toda pela frente. Viemos embora felizes por saber que, certamente, haveria mais oportunidades de repetir este tipo de experiências. Não houve. Chegámos a casa com um sentimento de missão cumprida. Rimos, convivemos e ninguém apanhou uma bebedeira. Moral da história: A inocência da altura era suficiente para nos divertirmos ao máximo e sermos felizes. Isso e que éramos todos xoninhas.
PODES SEGUIR-ME NO INSTAGRAM