É dia de mais uma consulta "Doutor G explica como se faz", o único consultório sexual e sentimental que vale a pena ler. Vamos lá então ajavardar com classe.
Caro Doutor G, sou o Anónimo que lhe escreveu há umas semanas atrás (estudante de informática) com o tal problema de falta de fé no sexo feminino. Decidi escrever novamente, não só para responder à sua mensagem que me ajudou a encontrar esperança onde não havia nenhuma, como também a dar uma boa gargalhada mas também para poder relatar a melhoria que houve na minha vida e um problema que surgiu com ela. Vamos ao que interessa! Após aceitar a "Quest" em busca da elfa da minha vida, parti numa aventura com a minha espada nivel 20 e encontrei algo ligeiramente diferente daquilo que esperava. Deparei-me com uma elfa sem bigode e ainda por cima séria e directa que não faz joguinhos estúpidos, e por estranho que pareça nem é de informática, muito menos criada com os lobos. E a coisa até meio que andou para a frente. Mas, começamos numa de friends with benefits. Jogávamos um com outro e acabávamos os jogos debaixo dos lençóis, e a coisa até tem funcionado bem assim e ambos estamos felizes com a relação. Até que começaram as confusões. Para começar, o irmão dela é um grande amigo meu e sente-se incomodado com a relação em si. Em segundo lugar, não existe qualquer paixão entre nós. Aliás, ela própria diz estar apaixonada por outro rapaz, mas que o está a tentar esquecer para seguir em frente, sinto-me meio usado, mas até gosto disso. O problema é que inevitavelmente um de nós possivelmente vai acabar por ficar apaixonado eventualmente e sair fortemente magoado desta relação. Em terceiro lugar e para piorar ainda a situação, ambos vivemos a grande distância um do outro, apesar de nos conseguirmos ver quase semanalmente. Tem algum concelho para enfrentar esta situação?
Anónimo, 20, Algures
Boas Dr. G. Desde que o meu ultimo relacionamento terminou, tenho manifestado uma certa curiosidade pelo mesmo sexo. Visto que sou nova nisto, diga me onde encontrar meninas e como abordá-las para tal efeito.
Ana, 19, Lisboa
- Olha, não tenho preservativos mas sou gaja para arriscar engravidar só para te comer toda;
- Sempre ajudei a minha avó na cozinha. Era eu que batia as claras em castelo... com a língua.
- Gostas da Dina?
Dr. G, escrevo lhe para lhe dizer que os seus conselhos ajudaram-me bastante. Ganhei um belo par de tomates e virei-me para uma rapariga que eu ambicionava ter um belo caso há bastante tempo, mas como ela estava sempre a sair magoada das relações porque os gajos comiam- na e "xau e adeus". Eu com ela tenho intenções diferentes das que tenho com as outras, somos amigos acima de tudo e não me vejo a ter nada sério com ela. Bom o que queria dizer é que acordei um dia e disse para mim: "tens de tomar alguma medida, a tua ex deixou-te de vez, agora estás livre", juntando esta motivação aos seu conselhos, propus lhe uma amizade pedagógica, está a entender? Aprender coisas novas um com o outro, o que fazer em determinadas situações, como fazer etc. Basicamente é uma amizade colorida, só que lhe dei um nome novo para ver se pega a moda e o pessoal começa a propor amizades pedagógicas a todas as raparigas que ambicionam ensinar algumas coisitas e aprender com elas! É uma forma de ganhar experiência e ela não é nada de deitar fora!!! Contudo, ela tem medo de se apaixonar... como posso evitar isso? Eu sei que não mando nos sentimentos de outrem, mas ser demasiado directo e dizer que não há cá misturas de sentimentos (e eu já fui muito directo minha abordagem nada descarada) pode deitar tudo a perder não? Para já vou levá-la no fim de semana a jantar fora e espero que ela aceite a minha magnifica proposta para frequentar a minha escola de verão.
Anónimo, 23, Viseu
Doutor G: Caro Anónimo, primeiro do que tudo, os meus parabéns pela expressão «amizade pedagógica». Parece-me realmente um termo excelente e que espero que pegue por esse mundo fora. Agora, se queres uma amizade colorida sem que ela se apaixone, tudo depende do tipo de pessoa que és. Eu nunca consegui ter nenhuma porque elas se apaixonam logo depois da primeira luta pelada. É a minha cruz, ser demasiado bom. Deixo-te algumas técnicas para que tentes evitar ao máximo que os sentimentos que ela nutre por ti passem da luxúria para a paixão:- Depois do sexo dizeres-lhe «Olha, vai-me fazer uma alheira com ovo e batata frita se faz favor.», isto enquanto puxas de um cigarro e limpas a enguia trapalhona aos cortinados. Se ela se apaixonar por ti assim, é muito mau sinal;
- Dizeres-lhe para se apressarem a fazer sexo porque ainda queres acabar a tempo de ver as tardes da Júlia;
- Dizeres que numa mulher valorizas mais a jeito para tirar as nódoas das cuecas do que a mestria no sexo oral.
Podes sempre optar pela técnica mais antiga de sempre que é dar-lhe um forrobodó mal amanhado e apenas preocupado com o teu prazer. Ela vai perder o interesse em ti como relacionamento amoroso, mas o mais provável é que não queira mais festa rija no leito. A vida é feita de escolhas.
Boa tarde Doctor, o ano passado conheci um sujeito italiano que desde cedo tentou tudo quanto podia a ver se conseguia, mas eu não lhe achava grande piada, portanto ficou em águas de bacalhau e com um rejected na testa. Agora, mais ou menos um ano depois, comecei-lhe a encontrar um certo charme e temos falado bastante. A questão é que ele, nas conversas, oscila entre o cordial/simpático/fixe, para raivoso/seco/a falar da sua ex que teve depois de eu lhe dar com os pés sem eu ter perguntado nada. A minha dúvida é: será que o jovem está a jogar o revenge game, ou terá ultrapassado a rejeição anterior e está disposto a esquecer tudo em nome de um bom samba pelado? É que falamos em encontrarmo-nos e tenho medo de ''acordar'' degolada na banheira do hotel. O que deverei fazer? Desistir da italian story ou tentar domesticar a fera à força bruta da chapada?
Anónima, 21, Porto
Boa tarde Dr. G, no passado mês conheci um moço de terras norte-americanas, alto, esbelto, com um corpo produzido por deuses gregos, inteligente e amável, enfim, tudo o que uma pessoa como eu poderia desejar. Na semana passada viajamos até ao vale dos lençóis e iniciámos uma guerra greco-romana que me concebeu vários orgasmos e uma dor de pernas no dia seguinte que quase me impossibilitava os movimentos. O que acontece é que, no início desta presente semana retomámos a javardice mas desta vez - talvez por ter ganho confiança comigo - o moço lembrou-se de começar a declamar nomes “ofensivos” da javardice, como prostituta e isso tudo. Calculo que lhe dê prazer mas a mim faz-me um pouco de confusão e põe-me algo desconfortável, retirando a vontade de praticar o ato da ginástica acrobática debaixo dos lençóis. Ajude-me Dr. G, o que devo fazer?
Margarida, 19, Lisboa
Doutor G: Cara Margarida, o que deves fazer? Já lhe disseste que não gostas? É que provavelmente basta isso: dizer-lhe. Sendo que ele é "amaricano", deduzo que sejam nomes em inglês: slut, whore e coisas fofas desse género. Ou ele, como qualquer estrangeiro, já aprendeu os palavrões portugueses e chama-te "puta" com sotaque de britânico reformado no Algarve? É que se for isso, realmente percebe-se que possa quebrar a clima do momento. De qualquer das formas, no sexo vale tudo, tens de entrar no momento e dizeres-lhe «Yes, I'm uma slut do caraças. Yes, I like it à bruta por trás like a bitch. Yes, I'm a prostitute e no fim até arrotas 500€. Cum'on madafaca». O gajo vai adorar e tu pode ser que ganhes qualquer coisita no fim. Os americanos estão habituados a dar gorjeta, é aproveitar. Faz é como os táxistas, dá umas voltas e engonha um bocado para o gajo largar mais nota.Fofinho Doutor G , tenho uma amiga bissexual que se apaixonou por mim, e eu, como já não sabia o que fazer por ela estar tão triste, resolvi apresenta-la ao meu melhor amigo, que por acaso é muito parecido com ela em tudo. Uma coisa leva à outra e passado um bocado lá acabaram no forrobodó um com o outro debaixo do meu nariz. Agora namoram a sério, e, apesar de ficar muito feliz por eles estarem apaixonados, sinto-me ciumenta. Não sei o que se passa comigo, porque já não consigo falar com nenhum deles sem sentir que me estou a intrometer nalguma coisa ou que tudo o que eu lhe digo ele vai dizer a ela e vice versa. E ainda por cima eu tenho namorado!! Que, por acaso, se farta de rir de mim por causa disto tudo. Bem, dá-me aí uma mãozinha se puderes.
Sofia, 21, Sintra
Caro Dr. G, tenho 28 anos e já vivi muita coisa, maluquices, namoros, javardices, copos e férias com a malta, cheias daquelas histórias para lembrar mais tarde mas das quais mal me lembro de metade tal o nível de ebriedade presente. Mas há 3 anos atrás conheci uma rapariga e namorámos no primeiro ano e meio e desde então que tem sido acabar e voltar a estar juntos constantemente. Primeiro ela andava um bocado presa ao ex-namorado e mais recentemente tenho sido eu que quero estar sozinho. O problema é que quando estou com ela (e gosto muito de estar com ela) sinto falta das maluquices de ser solteiro e de me ir esbardalhar para noite e ir conhecer miúdas. Mas nos períodos em que estamos afastados e que estou sem ela sinto falta dela e só de a imaginar a dançar pelada com outro dá-me voltas ao estômago. Bem sei que é injusto para ela, que isto não é quando um gajo quer e lhe apetece, mas é assim que me sinto e não o consigo evitar. Parece que quando estou com ela só quero estar sozinho e quando estou sozinho quero-a de volta e penso que é provavelmente a miúda da minha vida e eventualmente posso perdê-la de vez e arrepender-me para sempre. Achas que sou só um otário que não sabe o que quer e devo deixar a miúda em paz antes que a magoe mais? Ou é só uma fase que eventualmente irá passar?
Leonel, 28, Braga
- Numa placa diz «50% de probabilidade de uma vida feliz e estável com a Miquelina (ou seja lá qual for o nome da tua "namorada").
- Na outra diz «50% de probabilidade de sexo com a Adriana Lima mas os restantes 50% são referentes à probabilidade de seres violado analmente pelo Wilson, um rapaz moçambicano cuja alcunha é "O Tripé".»
Queridíssimo Dr. G, namoro há um ano e tal (não quero ser como as mães chatas que dizem: "este é o meu filho, ele tem 5348 dias!") e apesar da nossa relação ser óptima, quando chegamos à parte de lhe sambar no colo, o homem consegue estragar tudo. Não me interprete mal, ele tem uns dedos mágicos e sabe dar à língua melhor que aquelas vizinha que sabem tudo sobre todos (see what i did there).. mas quando chega à penetração, e depois de colocar o preservativo, na hora de trocar de posição o meu macho perde a erecção. quais poderão ser as causas? Há soluções para o problema?
A, 19, Lisboa
Já repararam em como as dúvidas que chegam, na sua maioria, já conjugam correctamente o verbo haver? Ainda dizem que o Doutor G não ensina nada de jeito. Obrigado a todos e, como sempre, continuem a enviar as vossas questões para porfalarnoutracoisa@gmail.com.
Partilhem e façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.
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