Muito se tem falado das novas políticas de imigração de Donald Trump que quer impedir a entrada no seu país de pessoas provenientes de vários países com maioria de população muçulmana. A medida foi barrada por um juiz, mas Trump diz que, mais cedo ou mais tarde, será aprovada, nem que seja à força do tweet embriagado. Uma das estratégias para fazer a vistoria na fronteira será a de aceder às redes sociais das pessoas para perceber se elas podem ter alguma afinidade ou afiliação a associações terroristas e radicais islâmicas. Acho uma excelente medida e sugiro que por cá se faça o mesmo para ver se Portugal vai para a frente. Deixo aqui as minhas sugestões para melhorar a lei da imigração com dez tipos de pessoa que não devia entrar em Portugal:
Páginas gostadas
O controlo inicial de redes sociais na fronteira deve fazer um rastreio das páginas gostadas. Especial alerta aquando da identificação de um suspeito com like nas seguintes páginas:
- Trump
- PNR
- Margarida Rebelo Pinto | Gustavo Santos | Pedro Chagas Freitas
Perfis conjuntos
Assim que um agente vir um casal a tentar passar no detector de metais de mãos dadas deve desconfiar. Se, ao vasculhar os seus telemóveis, for detectado que ambos partilham o mesmo perfil «Kátia e Sandro», o agente deve utilizar o taser e levá-los para salas separadas. O interrogatório poderá ser complicado de efectuar, já que estão habituados a falar em uníssono ou a acabar as frases um do outro. A tortura é aceitável nestas situações e a melhor técnica para eles cederem é a de criar um perfil pessoal para o seu cônjuge e adicionar, desde logo, as ex-namoradas e ex-namorados. Os casais com perfil conjunto são uma espécie de célula terrorista que partilha todos os ideais sem nunca questionar nada. Têm dificuldade em confiar nas outras pessoas e isso pode levar ao crime passional.
Indirectas
Assim que um agente do controlo de fronteiras identificar um ou mais posts com indirectas deve dar o alerta. Estamos perante alguém passivo-agressivo e que pode resvalar das palavras aos actos. Publicações como «Sozinha estou melhor.» ou «Mais uma desilusão. Parece que não aprendo.» devem ser tidas em consideração como ameaças terroristas contra a nação. Se essas indirectas forem feitas através da partilha de imagens com citações em português do Brasil, o agente deve, imediatamente, chamar reforços. A partilha da frase «Você tem de decidir viver, não agradar a outros.» deverá ser tratada da mesma forma que «Amanhã é segunda-feira e vou rebentar uma bomba na minha escola. #vivendoeaprendendo.»
Jogos
Se o agente detectar que estamos perante uma pessoa que envia, diariamente, mais de cinquenta pedidos para jogar Farmville e Candycrush, deve algemar o suspeito e obrigá-lo a comer dois fardos de palha sem bebida a acompanhar. O suspeito deve ficar de quarentena durante duas semanas, até que lhe morram todas as vacas e porcos da quinta. Nessa altura, deve ser encaminhado para terapia numa ilha deserta onde se poderá dedicar à agricultura e pecuária e a coleccionar conchas e agrupá-las por cores.
RIP
Se o suspeito for daquelas pessoas que passa a vida a publicar mensagens de RIP a todas as celebridades que vão morrendo, a entrada no país deve ser-lhe negada. Tratam-se de pessoas com um fascínio mórbido pela morte e com uma necessidade de usar falecimentos alheios para alguém lhes dar atenção. Por definição, isso é a mesma premissa de qualquer terrorista.
FakeNews
O agente deve vasculhar todas as notícias partilhadas pelo suspeito para perceber o seu nível de informação e inteligência. Se o agente detectar partilha de fontes que usam títulos sensacionalistas e notícias sem qualquer fundamento cientifico, deve, imediatamente, tatuar-lhe a testa com um FAKENEWS a bold para que as pessoas saibam que tudo o que essa pessoa diz está assente em informação falsa. Estas pessoas são um poço de ignorância e espalham a desinformação que é o combustível para a intolerância e o terrorismo. Pede-se especial atenção para notícias oriundas das seguintes fontes: MuitaLoucoNoticiasReais.com.br; DeusNoComandoNews.org e Correio da Manhã.
Fotos de perfil
Pessoas que mudam de foto de perfil cinco vezes por dia devem ser considerados um perigo para a nação. São pessoas com demasiada necessidade de atenção e demasiado tempo livre que são os dois dos ingredientes principais para a formação de um terrorista. Assim que esta situação for detectada, o agente deve mudar a foto de perfil do suspeito para uma imagem com a hashtag #JeSuisBurro. O suspeito poderá entrar no país se concordar em nunca mudar a fotografia de perfil nos próximos dez anos.
Hashtagger
Ao percorrer o perfil de todos os suspeitos, os agentes devem ter especial atenção às hashtags utilizadas. Se o suspeito utilizar mais de 50 por foto deve ser dado o alerta. O recurso indiscriminado a hashtags que não fazem sentido e que só são utilizadas numa tentativa desesperada de ter mais likes na fotos, pode dar origem a terrorismo por indicar palermice. Pode, também, ser uma forma de comunicar com outros terroristas sem que ninguém dê conta. Utilizar #MeMyselfeAndI numa fotografia de grupo no centro comercial pode ser uma maneira subtil de indicar um ataque iminente.
Futebol
A linha que separa um adepto ferrenho de futebol e um terrorista é muito ténue e, por isso, os agentes devem ter especial atenção a todos os suspeitos cujos posts são maioritariamente sobre futebol, com comentários onde discutem com amigos e se ofendem mutuamente. Todos os que tiverem uma foto de perfil e/ou de capa com o símbolo do clube, seja ele qual for, devem ser imediatamente referenciados. Deixa-se o aviso a todos os agentes que os adeptos que tenham o número 35 na foto de perfil isso se refere, muitas vezes, ao número do seu QI. Pede-se especial atenção para pessoas que ficam ofendidas com piadas sobre futebol e que partem para o insulto e ameaça na caixa de comentários. Essas podem ser abatidas no local.
Comentários
Há duas formas de conhecer realmente as pessoas: ver como elas se comportam no trânsito e ver os comentários que fazem nos sites de notícias. O facto de comentarem notícias deve ser logo motivo para ficarem assinalados na base de dados, mas uma análise mais profunda é necessária para aferir a inteligência e o civismo dos suspeitos. Comentários racistas, xenófobos, homofóbicos devem ser tidos em conta e devem dar origem à deportação imediata. Exemplos:
- «Esses pretos nunca deviam ter saído da selva!» - deportação para uma prisão na África do Sul com passagem obrigatória numa festa kizomba na discoteca Luanda.
- «Os paneleiros gostam todos é de comer crianças!» - deportação directa para Mikonos com passagem numa festa drag na discoteca Finalmente.
- «Os refugiados só querem é viver às nossas custas e são todos terroristas!» - deportação directa para a Síria só com uma lanterna e uma lata de atum.
Fica a minha proposta à espera que os nossos governantes tenham a coragem de a levar para a frente. A política de abrir fronteiras e de dizermos que somos todos iguais tem de ser revista e temos de começar a tornar Portugal grande outra vez.
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