Bom dia caros ouvintes, caso sejam cegos e alguém vos estiver a ler isto. Se não for o caso, então bom dia caros leitores. Ontem saiu uma notícia de uma artista americana que abriu uma galeria com arte invisível, como podem comprovar na fotografia deste post. Há quem diga que foi um protesto e feito a gozar, mas o que é certo é que houve uma catrefada de atrasados mentais que pagaram bom dinheiro e fizeram dela milionária. Sim, milionária. Quando digo atrasados mentais não estou a exagerar, esta gente é clinicamente retardada e deviam estar internados no Júlio de Matos, com tratamentos semanais à base de chapada com as costas das mãos no focinho. Há gente mesmo otária. Bem, já respirei fundo, estou mais calmo, peço desculpa. Peço desculpa o cara...
Bem, isto fez-me lembrar uma vez que fui ao Museu Colecção Berardo. Fui lá porque estava aberto à noite e havia bebida, atenção que não sou nenhum erudito, como já devem ter percebido pelo parágrafo anterior. O que vi eu aí? Vi coisas e cenas, apelidadas de arte que custaram uns bons milhares de euros. Ele era tijolos e bocados de betão amontoados, obras de arte que qualquer trolha faz enquanto come a sandes de torresmos que levou para o pequeno almoço. Ele era pedaços de manequins de loja pendurados em cordas, coisa que qualquer criança com tendências psicopatas também faria facilmente. Mas, para mim o pináculo daquela exposição era uma tela em branco. Não como a da fotografia em que nem telas há, mas sim uma tela branca, pendurada numa parede vazia e também ela branca. Em frente a essa tela estava um guia artístico, um connoisseur de arte moderna, a explicar a cerca de 20 pessoas o que aquilo significava. "O que o artista quer transmitir com este quadro é que a arte está na cabeça de quem a vê, o público é que é o verdadeiro artista ao imaginar o que pode estar aqui". Dissertava ele, enquanto as 20 pessoas olhavam e abanavam a cabeça afirmativamente e largavam um "hum hum" e "exactamente", enquanto coçavam a barba no queixo (as mulheres também) e tinham mini orgasmos hipsters nas calças de flanela. Era um quadro branco, ponto final! Estou a ver Miguel Ângelo a dizer ao Papa "Olhe, se calhar isto fica em branco e depois as pessoas imaginam? O que acha? É mais rápido, mais barato e não me dá cabo das costas". No mínimo tinha sido queimado numa fogueira. Belos tempos.
Depois havia outra obra de arte que não era mais do que uma chapa de metal no chão, em que uma parte era de aço inoxidável e a outra não. Uma chapa quadrada, de 2 metros por 2 metros, com uma circunferência de 10 centímetros de diâmetro algures, não no meio, porque a simetria é para artistas sem imaginação. O mesmo conhecedor explicava mais uma vez "Aqui temos esta peça, em que o metal se vai erodindo com os quatro elementos da natureza e principalmente com todos nós que lhe passamos por cima. Nós é que estamos a criar a arte".
A mim apetecia-me fazer arte com a cara deles raspando-a na placa metálica enquanto lhes fazia uma soberbo sapateado na moleirinha. Isso ou puxar ali as calças para baixo e efectuar um excelso cocó em cima da placa e depois dizer em tom solene "É uma honra contribuir para esta obra de arte em constante transformação, estas fezes são os valores da sociedade actual e o cheiro simboliza o imenso esgoto onde todos andamos a vaguear que nem ratos à procura da sobrevivência". Garanto-vos que ia ser aplaudido e ia ser notícia. Nem que fosse nos insólitos do Correio da Manhã. Por falar em parir lontras bebés, há uns tempos também foi noticia em Portugal uma peça artística em que pessoas baixavam as calças e urinavam em cima de jornais com notícias políticas. Fiquei contente porque isso faz do meu falecido cão um artista de primeira água, sendo que não era um cão de água mas sim um shar-pei.
Mais uma vez cabeças concordantes, ovelhas do anti-sistema que acham que são cultas quando não passam de um bando de mentecaptos que seguem a moda de não seguir a moda
A mim apetecia-me fazer arte com a cara deles raspando-a na placa metálica enquanto lhes fazia uma soberbo sapateado na moleirinha. Isso ou puxar ali as calças para baixo e efectuar um excelso cocó em cima da placa e depois dizer em tom solene "É uma honra contribuir para esta obra de arte em constante transformação, estas fezes são os valores da sociedade actual e o cheiro simboliza o imenso esgoto onde todos andamos a vaguear que nem ratos à procura da sobrevivência". Garanto-vos que ia ser aplaudido e ia ser notícia. Nem que fosse nos insólitos do Correio da Manhã. Por falar em parir lontras bebés, há uns tempos também foi noticia em Portugal uma peça artística em que pessoas baixavam as calças e urinavam em cima de jornais com notícias políticas. Fiquei contente porque isso faz do meu falecido cão um artista de primeira água, sendo que não era um cão de água mas sim um shar-pei.
Queria apenas fazer um aparte para falar de muita da dança contemporânea que de artística tem tanto como o rapaz que uma vez vi nas urgências a ter espasmos epilépticos no meio da sala de espera. Aquilo sim, era dança contemporânea com fusão dubstep e ainda o bónus visual da espuma a sair-lhe da boca, de certo uma afirmação política e filosófica de uma profundidade de deixar qualquer menina da casa dos segredos com inveja.
É uma ofensa aos verdadeiros artistas que tentam criar algo diferente. São estes atrasados que descredibilizam a arte e fazem com que cada vez haja menos subsídios e apoios. Realmente para este tipo de arte era dar-lhes os subsídios em notas dentro de um extintor e enfiar-lhes no recto enquanto se puxava a cavilha. Era vê-los aos saltos a expelir neve carbónica num natal dos pobres antecipado. Arte... Mas o que é arte afinal? Quem é que decide isso? Eu não sou é certo, mas arte invisível e quadros em branco são apenas e só isso, digo eu. Uma vez vi o Fernando Alvim a entrevistar um actor pornográfico e perguntou-lhe "Consideras-te um artista?" e ele respondeu "Artista é todo aquele que faz as coisas por prazer". Faz sentido. Eu acho que arte é tudo aquilo que nos faz sentir algo, que nos desperta sentimentos e nesse sentido estas obras despertam em mim raiva e indignação. Mas também sinto isso quando vejo uma debate político e não me parece que os políticos sejam artistas. Pelo menos no bom sentido da palavra.
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