Eu não me lembro de quando conheci o Marinho Pinto mas acho que foi quando teve um acesso de raiva com a Manuela Moura Guedes, acusando-a de não seguir o código deontológico dos jornalistas porque opinava demasiado. Primeiro dizer-se a uma mulher que opina muito demonstra coragem, quantos homens já ficaram sem festa durante meses por dizerem à mulher para estar caladinha e opinar menos. Muitas delas passam realmente a (o)pinar menos, pelo menos com os maridos. Até aqui tudo bem, as pessoas começaram a gostar do Marinho, um homem sem papas na língua e que diz as verdades incómodas. Isto porque muita gente não vai com a cara e especialmente a boca da Manela. O Marinho esteve para a Manela como o Lorenzo esteve para a Judite. Mas à Judite morreu-lhe o filho e já é a melhor pessoa do mundo outra vez, enquanto que a Manela teve que ir para o Quem Quer Ser Milionário.
O Marinho dizia umas coisas acertadas quando era bastonário da ordem dos advogados. Dizia que havia políticos impunes, criticava as ajudas à banca e dizia que o sistema judicial não era isento quando tinha que decidir entre prender uma idosa que roubou um saco de arroz e um gestor que roubou milhões. Depois deixou-se disso e foi-se meter na política.
Agora, o príncipe transformou-se em sapo, já vimos este fenómeno com o Paulo Portas, que era considerado um excelente jornalista e comentador, que dizia verdades sem medos de arranjar inimigos. Depois tornou-se no que todos sabemos. Hoje em dia já ninguém gosta do Marinho. Fez declarações que incendiaram as hostes homossexuais, forças de segurança e recentemente mais de 90% da população portuguesa. Os ciganos também não o suportam. Porquê? Já viram aquela cara de sapo que ele tem? Aquilo se lhe metem um charuto na boca ele inspira até rebentar de certeza. Os ciganos pelam-se por sapos e o Marinho é como se o sapo Cocas tivesse encontrado a fada do Pinóquio e lhe pedisse para ser um menino de verdade. Era giro o Marinho processar-me por causa deste artigo, não por lhe chamar cara de sapo mas por o comparar com o Paulo Portas, coisa que compreendo que seja bastante ofensiva para qualquer um.
Como disse, o Marinho agora esticou-se e algo me diz que não lhe vão perdoar. Primeiro foi eleito Euro-Deputado, grande feito, excepto num país em que se vota em quem aparece mais na TV. Depois chegou lá e decidiu que não era vida para ele. Denunciou que o salário de 18.000€ era obsceno mas que ainda assim ficava lá até Janeiro e não ia recusar o ordenado, mas que até andava mal disposto de tanta obscenidade. O Marinho Pinto é o Diácono Remédios do Parlamento Europeu, não havia necessidade. Diz que ao menos ele disse alguma coisa enquanto os outros ficaram lá a comer caladinhos. Aqui é que a porca torce o rabo e não estou a falar de um entorse nos glúteos da Fanny. Os outros não disseram nada porque não acham esse salário obsceno, acham até muito justo e sabe-lhes bem encher os bolsos a fazer, na maioria dos casos, nenhum. Marinho acha obsceno, e ainda vem dizê-lo à boca cheia, mas cheia de caviar, enquanto vai empurrando com um Château Mouton-Rothschild de 1982 e se limpa a uma nota de 500€. Limpa e não são os restos de comida, é aquela espuma nojenta que algumas pessoas fermentam nos cantos da boca. O Marinho devia estar calado porque não se fala de boca cheia. Boca, barriguinha e bolsos. Se não quer o dinheiro, se é obsceno que o rejeite ou mo dê a mim. Vamos acreditar que ele não sabia qual era o ordenado antes de se candidatar? Claro que sabia e foi tudo uma jogada premeditada. Até se pode dar o caso dele o juntar todo e dar a uma instituição qualquer sem dizer nada a ninguém para não dizerem que é para parecer bem. Até pode ser o caso... mas... claro que não é.
Agora veio mais uma vez abrir a boca para dizer alarvidades. Parece que andou a aprender com o Cavaco Silva e disse que um ordenado de 4800€ líquidos não dá para grande coisa para quem vive em Lisboa. Que "não é digno para um deputado". É indecente não terem dito ao senhor que há mais restaurantes para além do Tavares e o Eleven. Que se pode beber água da torneira em vez de Moët & Chandon e que a Sheila faz o mesmo serviço por metade do preço da Débora Crystal. Ser-se honesto e frontal é uma excelente qualidade, dizer-se o que se pensa é uma grande virtude, excepto quando se pensa muito em merda. Ser-se genuino e fiel a si próprio só é bom quando não se é um idiota. Não estou a dizer que o Marinho é. Também não estou a dizer que não é.
Talvez no dia que o dinheiro não seja um atractivo para quem vai para a política, talvez no dia em que seja por missão se comece a atrair quem quer realmente fazer o bem e mudar as coisas. Até lá, enquanto se achar que esse ordenado é pouco, não esquecendo todas as regalias que ter um cargo de político acarreta, vão-se atrair quem quer fazer da ser político um emprego bem pago e nada mais. Há médicos excelentes que vão para África sem ganhar quase um tusto, há outros que preferem estar nos hospitais públicos ou no interior do país quando podiam estar a ganhar balúrdios no privado, será que não haveria grandes governantes se fosse missão?
Com a nossa mentalidade claro que é utópico, mas idealmente era isso que devia ser na minha opinião. Podíamos estar pior mas livravamo-nos dos sanguessugas filhos de uma senhora que aluga partes do corpo à hora num vão de escadas do Intendente. O problema não são os ordenados, o problema é a incompetência! Se vivêssemos como na Suíça ou Dinamarca, onde as coisas funcionam e vemos o dinheiro dos impostos bem empregues ninguém tinha problemas com os ordenados dos políticos. Metam isto na linha e podem tirar 100 mil por mês que eu não me importo. Agora para fazer esta merda? 4800€ para a maioria ir arrastar o cu na Assembleia? É pouco? Não é digno? Fecha a boca se não entra mosca Marinho... é verdade, os sapos alimentam-se de moscas, então nada melhor do que estar no meio fétido da política para comer bem.
Por isto tudo Marinho, eu que até simpatizava contigo antes de te meteres directamente na política, em meu nome e penso que em nome de muita gente, de todos aqueles que vivem com o ordenado mínimo, dos que estão no desemprego, dos que têm que tratar dos filhos e dos pais porque lhes cortaram nas reformas miseráveis que já recebiam, em nome dos que têm que recorrer ao banco alimentar e às ajudas de amigos e em nome dos sem-abrigo que vejo todos os dias a multiplicarem-se nas ruas. Em nome de todos nós um forte bem haja e vai para o caralho, sim?
O Marinho dizia umas coisas acertadas quando era bastonário da ordem dos advogados. Dizia que havia políticos impunes, criticava as ajudas à banca e dizia que o sistema judicial não era isento quando tinha que decidir entre prender uma idosa que roubou um saco de arroz e um gestor que roubou milhões. Depois deixou-se disso e foi-se meter na política.
Ser bastonário fazia dele uma pessoa melhor, até o próprio nome do cargo parece saído de um filme de heróis fantásticos... ou de um filme porno: "Lolita e o bastonário de ferro"
Agora, o príncipe transformou-se em sapo, já vimos este fenómeno com o Paulo Portas, que era considerado um excelente jornalista e comentador, que dizia verdades sem medos de arranjar inimigos. Depois tornou-se no que todos sabemos. Hoje em dia já ninguém gosta do Marinho. Fez declarações que incendiaram as hostes homossexuais, forças de segurança e recentemente mais de 90% da população portuguesa. Os ciganos também não o suportam. Porquê? Já viram aquela cara de sapo que ele tem? Aquilo se lhe metem um charuto na boca ele inspira até rebentar de certeza. Os ciganos pelam-se por sapos e o Marinho é como se o sapo Cocas tivesse encontrado a fada do Pinóquio e lhe pedisse para ser um menino de verdade. Era giro o Marinho processar-me por causa deste artigo, não por lhe chamar cara de sapo mas por o comparar com o Paulo Portas, coisa que compreendo que seja bastante ofensiva para qualquer um.
Como disse, o Marinho agora esticou-se e algo me diz que não lhe vão perdoar. Primeiro foi eleito Euro-Deputado, grande feito, excepto num país em que se vota em quem aparece mais na TV. Depois chegou lá e decidiu que não era vida para ele. Denunciou que o salário de 18.000€ era obsceno mas que ainda assim ficava lá até Janeiro e não ia recusar o ordenado, mas que até andava mal disposto de tanta obscenidade. O Marinho Pinto é o Diácono Remédios do Parlamento Europeu, não havia necessidade. Diz que ao menos ele disse alguma coisa enquanto os outros ficaram lá a comer caladinhos. Aqui é que a porca torce o rabo e não estou a falar de um entorse nos glúteos da Fanny. Os outros não disseram nada porque não acham esse salário obsceno, acham até muito justo e sabe-lhes bem encher os bolsos a fazer, na maioria dos casos, nenhum. Marinho acha obsceno, e ainda vem dizê-lo à boca cheia, mas cheia de caviar, enquanto vai empurrando com um Château Mouton-Rothschild de 1982 e se limpa a uma nota de 500€. Limpa e não são os restos de comida, é aquela espuma nojenta que algumas pessoas fermentam nos cantos da boca. O Marinho devia estar calado porque não se fala de boca cheia. Boca, barriguinha e bolsos. Se não quer o dinheiro, se é obsceno que o rejeite ou mo dê a mim. Vamos acreditar que ele não sabia qual era o ordenado antes de se candidatar? Claro que sabia e foi tudo uma jogada premeditada. Até se pode dar o caso dele o juntar todo e dar a uma instituição qualquer sem dizer nada a ninguém para não dizerem que é para parecer bem. Até pode ser o caso... mas... claro que não é.
Agora veio mais uma vez abrir a boca para dizer alarvidades. Parece que andou a aprender com o Cavaco Silva e disse que um ordenado de 4800€ líquidos não dá para grande coisa para quem vive em Lisboa. Que "não é digno para um deputado". É indecente não terem dito ao senhor que há mais restaurantes para além do Tavares e o Eleven. Que se pode beber água da torneira em vez de Moët & Chandon e que a Sheila faz o mesmo serviço por metade do preço da Débora Crystal. Ser-se honesto e frontal é uma excelente qualidade, dizer-se o que se pensa é uma grande virtude, excepto quando se pensa muito em merda. Ser-se genuino e fiel a si próprio só é bom quando não se é um idiota. Não estou a dizer que o Marinho é. Também não estou a dizer que não é.
Talvez no dia que o dinheiro não seja um atractivo para quem vai para a política, talvez no dia em que seja por missão se comece a atrair quem quer realmente fazer o bem e mudar as coisas. Até lá, enquanto se achar que esse ordenado é pouco, não esquecendo todas as regalias que ter um cargo de político acarreta, vão-se atrair quem quer fazer da ser político um emprego bem pago e nada mais. Há médicos excelentes que vão para África sem ganhar quase um tusto, há outros que preferem estar nos hospitais públicos ou no interior do país quando podiam estar a ganhar balúrdios no privado, será que não haveria grandes governantes se fosse missão?
O primeiro ano de deputado devia ser estágio não remunerado, ou ordenado mínimo a recibos verdes ou a apresentar facturas da gasolina e do Pingo Doce.
Com a nossa mentalidade claro que é utópico, mas idealmente era isso que devia ser na minha opinião. Podíamos estar pior mas livravamo-nos dos sanguessugas filhos de uma senhora que aluga partes do corpo à hora num vão de escadas do Intendente. O problema não são os ordenados, o problema é a incompetência! Se vivêssemos como na Suíça ou Dinamarca, onde as coisas funcionam e vemos o dinheiro dos impostos bem empregues ninguém tinha problemas com os ordenados dos políticos. Metam isto na linha e podem tirar 100 mil por mês que eu não me importo. Agora para fazer esta merda? 4800€ para a maioria ir arrastar o cu na Assembleia? É pouco? Não é digno? Fecha a boca se não entra mosca Marinho... é verdade, os sapos alimentam-se de moscas, então nada melhor do que estar no meio fétido da política para comer bem.
Por isto tudo Marinho, eu que até simpatizava contigo antes de te meteres directamente na política, em meu nome e penso que em nome de muita gente, de todos aqueles que vivem com o ordenado mínimo, dos que estão no desemprego, dos que têm que tratar dos filhos e dos pais porque lhes cortaram nas reformas miseráveis que já recebiam, em nome dos que têm que recorrer ao banco alimentar e às ajudas de amigos e em nome dos sem-abrigo que vejo todos os dias a multiplicarem-se nas ruas. Em nome de todos nós um forte bem haja e vai para o caralho, sim?
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