4 de maio de 2015

Vida louca, brincar com o pinipom e pedir em namoro



Espero que o fim de semana tenha sido agradável, até porque a semana será certamente pior. Vamos a mais uma rubrica "Doutor G explica como se faz", o melhor consultório sentimental e sexual feito directamente da Buraca e por alguém sem habilitações para tal.


Caro Doutor G, tenho um amigo que não pode ver uma mulher que fica logo de pau feito e como deve imaginar é um bocado vergonhoso para nós. E agora que a queima das fitas esta a chegar tememos que nos possamos envolver em confusões devido a sua dificuldade em se conter. Sendo que qualquer pedaço de carne, bem recheado ou não já lhe serve, não diferenciando de solteiras, comprometidas, gordas ou magras.
Vasco, 25, Santarém 

Doutor G: Caro Vasco e a pergunta? Era só para contares a tua história ao mundo ou era suposto perguntares se eu tenho alguma sugestão? Vou partir do princípio que era a segunda. Peçam-lhe para colar com fita adesiva (daquela preta) o trombinhas à coxa durante 1 semana. Sempre que ele tiver uma erecção vai sentir uma dor acutilante, fazendo com que fique treinado para tal não acontecer. Uma espécie de pénis de Pavlov. Outra opção é contratarem um travesti para se colocar de costas para ele. Ele ao vê-lo vai ficar erecto, mas mal a Nádia Diamonds se vire e ele veja que é um homem, o sentimento de vergonha e culpa vai ser tal que é como se ficasse castrado quimicamente para o resto da vida.


Olá Dr. G! Vou direta ao assunto: tenho um amigo que está interessado em ter "festa" comigo mesmo estando numa relação aberta com a namorada. Está-me sempre a perguntar quando é que vamos ter "festa". O problema aqui é que não me está a apetecer visto eu própria não sou assim e mesmo que seja relação aberta acho estranho... Sei que no final a decisão é minha mas qual é a sua opinião?
M, 25, Lisboa

Doutor G: Cara M, se tu dizes que não te está a apetecer, qual é a dúvida? Das duas uma, ou és bipolar ou estás-te a armar sonsa. Um conselho, quando um rapaz diz a outra que tem uma relação aberta com a namorada, 99% das vezes é treta.


Caro Doutor, recentemente encontrei uma rapariga que gosta muito de mim, tanto gosta que para aí depois de estarmos juntos uma vez, quis partir logo para assuntos mais sérios. Ora bem, o problema é que só a vejo como uma docking station, somos amigos, falamos, mas ela quer-me exigir mais do que aquilo que deve, no entanto o desejo e vontade de andarmos todos pelados a jogar às escondidas, no escuro, debaixo dos lençóis é grande e por vezes acontece para matarmos o tempo, enquanto se espera pela hora de jantar, ou quando combinamos um café e não nos apetece despedir logo assim sem mais nem menos. Não estou preparado para assumir uma relação, mas este tipo de sentimento acontece-me por uma ou outra rapariga, sem nunca no entanto progredir para um sentimento que se diga de amor para viver no dia-a-dia. Acha que isto é um problema? Será que estou a sofrer do síndroma do banco de suplentes por não ter uma jogadora titular indiscutível?
Oscar Montanellas, 29, Visconde d'Elvas

Doutor G: Caro Oscar, como já disse várias vezes o que importa é a honestidade. Desde que ela saiba que apenas queres festa rija no leito e nada de namoros sérios e mesmo assim ela também queira, não há problema. É tudo uma questão de gerir as expectativas do cliente. O que acontece a quem tem o síndroma do banco de suplentes é que quando aparecer uma que tu queiras colocar a titular, o Karma vai-te lixar e fazer com que ela queira mudar de equipa. O Karma pode inclusivamente ser o nome do colega Moçambicano dela.


Doutor G, sempre pensei que quando fosse para a Universidade ia ser a loucura, isto é, ia curtir a vida com cada rapaz que achasse piada. A verdade é que (pensava eu) encontrei o amor, ou ele a mim, e namorei no meu 1º ano de faculdade. Agora que acabou, pensava que ia voltar á "vida loca" que imaginei, mas descobri que, na verdade, não sei o que fazer para isso acontecer. Ok, não faltam candidatos sempre que saio, mas a verdade é que nenhum me agrada o suficiente. Além disso, tenho receio de ficar com um historial de conquistadora (se é que me entende). O que hei-de de fazer?
Melissa, 19, Guimarães

Doutor G: Cara Melissa, mal utilizaste a expressão "vida loca" lembrei-me da Fanny e bolsei um bocadinho na boca. Agora estou com azia, acho que devias ter mais cuidado com o que dizes. De resto, não tenho muito a dizer, se não aparece nenhum candidato que te agrade mais vale estar quieta ou beber para baixar os padrões. Quanto mais tempo passar em que não molhas o bico, salvo seja, esses padrões vão também descer e tornar a escolha mais fácil. Em relação à fama de conquistadora, não te preocupes com isso, não estamos em 1950 nem na Arábia Saudita, as mulheres têm tanto direito como os homens de andar no rodízio. Desde que não vás para a TV dizer que foste para a cama com mais de 200 gajos, que aí sim, serias umas porca. Haveria quem te chamasse revolucionária mas não, só o serias se os 200 homens fossem deputados e lhes tivesses pegado SIDA. Aí sim, eras uma Che Guevara do chavascal! Hasta la fornicación siempre!


Olá Doutor G, para além do meu namorado não ser grande espingarda no que toca à ''caça do gambozino'' decidiu que seria normal pedir-me em namoro à uns tempos especificamente no ato com barulhos estranhos pavorosos. Se antes já só se passava algo para o satisfazer a ele ( pois a minha vontade começa a ser pouca)...agora cada vez que tentamos desato a rir que nem uma louca. Estarei a ser exagerada? Será isto normal?
Olga, 19, Lisboa

Doutor G: Cara Olga, troca de namorado. O sexo não é tudo numa relação mas quando não é bom a relação não funciona. Ter um homem que te faça rir também é importante, mas nunca quando estão prestes a andarem à bulha todos nus. Quem é que no seu perfeito juízo acha que pedir em namoro durante o acto com barulhos é adequado? Imagina que quando te pedir em casamento traz uma banda filarmónica, dois malabaristas e um anão transformista a cantar Celine Dion, enquanto te sodomiza por trás? Não digo que não seja romântico, mas incomoda os vizinhos.


Boas Dr. G, vou tentar espremer a minha situação da melhor maneira. No ano passado perdi a virgindade com um rapaz (mais velho) e que nada tínhamos para além de amizade, mas a tensão, atracção e desejo sexual sobrepunham-se e lá nos envolvemos (sendo que ele traiu a namorada dele comigo). Tal aconteceu mais umas vezes mas com muitos intervalos de tempo e eu desenvolvendo sentimentos por ele... Recentemente ele terminou o seu relacionamento e, na sua 'solitude', virou-se novamente para mim depois de eu ter já partido para outra, e, apesar de não me encontrar numa relação (ainda ando numa de apalpar terreno), sinto que voltar a envolver-me com o meu "primeiro" será como uma traição, que não estou disposta a ceder, para além de que tenho receio que se reacendam as sequelas. Porém, a chama parece continuar a fervilhar e a actual pessoa com quem "estou" já me envolveu em chatices com a ex-namorada dele e ainda ando a reconquistar confiança e de pé atrás, se valerá a pena... Devo ir pelo caminho do prazer ou da "honestidade"?
Anónima, 19, Porto

Doutor G: Cara Anónima, nunca se deve voltar a um local onde já fomos felizes, diz o ditado. Se dizes que não namoras, não percebo o que queres dizer com caminho da honestidade. Dizes que tens a confiança abalada em relação ao rapaz com quem andas, no entanto nas costas dele andas a pensar em saltar para cima de outro. Juntem-se todos numa bela e honesta orgia. 


Boas, Dr. G, durante muito tempo (muito tempo mesmo) gostei de um rapaz mas ele tinha namorada e, mesmo não querendo, acabei por o esquecer (até pk dps arranjei outras pessoas).... Dps eles acabaram e nós voltámos a falar (mas apenas como amigos); entretanto já me sentia muito próxima do tal rapaz e ele acabou por também sentir o mesmo pk começámos a namorar; mas o namoro durou apenas 3 semanas e acabou por causa de uma brincadeira (na minha opinião de mau gosto) que ele teve.... Para mim a brincadeira não teve piada nenhuma e foi o que fez não só que acabássemos mas que discutíssemos muito na última semana.... Ele diz que passávamos a vida a discutir e que para ele isso não dava, mas na minha opinião, sem ser de facto na última semana, nós não discutíamos muito.... Já acabámos há quase dois meses mas a realidade é que não consigo mesmo deixar de pensar nele; o pior é que sei que ele já me esqueceu e até desconfio que já ande a falar com outra; e agora o que faço??
BGN, 17, Lisboa

Doutor G: Cara BGN, tanto drama por causa de um namoro de 3 semanas? Dizes que não passavam o tempo a discutir a não ser na última semana, ou seja passaram 1/3 do namoro a discutir, o que para mim é bastante. Sem saber qual foi a brincadeira, não posso opinar em conformidade. Se ele só andar a falar com outra já não é mau, mas se gostas mesmo dele diz-lhe "Coisinho, vamos na loucura namorar mais 3 semanas a ver no que dá? Não te ponhas é com brincadeiras de mau gosto, caso contrário também faço uma brincadeira que passa por espalhar o "boato" na escola que tens um micro pénis". Quando disseres a palavra "boato" usa mesmo o gesto de aspas, só para ele ficar na dúvida.


Ola Dr. G, como vai? A situação é a seguinte, eu nunca fui uma pessoa confiante no que toca a pedir nº e falar com raparigas que gostaria de conhecer, tanto no fb como na rua, mas um vez ou outra lá arranjo coragem para falar com alguma. Essas poucas com que falo são sempre interessantes e amáveis, dão a entender que me querem conhecer e que talvez possa haver alguma coisa, mas passado um tempo acabo por me aperceber que não bem assim, elas arranjam namorado ou começam a deixar de falar. Com todas estas raparigas, as que são poucas, a conversa costuma durar alguns meses, com uma delas cheguei a falar quase todos os dias. O que é certo é que nunca tenho sorte e acabo por ficar sempre a olhar para o ar. O problema é que elas pensam que um gajo vai falar com elas só porque quer ser amigo, quando na verdade o queremos é ver se ela é a tal com se que deva acasalar e mostrar o ninho do amor. Considero-me bonito, não um modelo de beleza, mas o necessário para que gostem de mim. Sou um rapaz engraçado em todas as situações do dia-a-dia e não sou do tipo que anda pelas noites a jafurdar nas discotecas armado em Zezé Camarinha. Eu gostaria que o Dr. me ajudasse, o que acha que deva fazer? Mandar me de cabeça as raparigas que me parecem interessante? (Não literalmente, visto que não sou nenhum búfalo para andar as cornadas para mostrar quem manda). Deverei ser mais serio no meu dia-a-dia? Deverei eu chegar a um ponto da conversa em que digo a minha verdadeira intensão? Espero que me possa ajudar, ou por compaixão, aceito uma garrafa de whisky para afogar as mágoas, ou entrar em coma alcoólico quem sabe.
Gabriel, 19, Porto

Doutor G: Caro Gabriel, obviamente que ficas a chuchar no dedo. Então passas meses na conversa sem tomar a iniciativa para mais? Claro que elas arranjam outro que lhes dê conversa à bruta. Mais de 1 mês de conversa diária e passas a amigo confidente, em vez de a potencial macho procriador. É a lei da selva e só se safam os mais fortes, que neste caso são os que tomam a iniciativa. Se elas falam contigo e aceitam o teu primeiro passo é porque te estão a dar abertura para mais tarde te darem a outra abertura. Sou um bardajão eu sei, mas o que é certo é que se passas 3 meses e não sais da conversa, há outro que vai preencher o lugar que podia ser teu. Sim, é outra metáfora porca. Convida-as para ir a qualquer lado, saiam da frente do PC e mamem-se da boca caraças! Em relação a seres mais sério no dia à dia, depende, é preciso dosear já que se estiveres constantemente a dizer "Quero-te comer! Ha ha ha, estava a brincar!", elas vão ficar confusas e não perceber se estás mesmo interessado ou és só um brincalhão. As intenções não se dizem em conversa, vais insinuando mas mostrar é com actos, mas nada de violações.


Olá Senhor Doutor G, esta história é verídica e aconteceu com uma amiga. Somos quatro raparigas (entre os 21 e os 25 anos) e nenhuma tem currículo suficiente para perceber a anormalidade da coisa. Somos meninas de respeito, mas estas situações são sempre caricatas e torna-se motivo de conversa e chacota capaz de durar três dias. (qual festa cigana).

Aqui vai: Certo dia, apresentei a minha amiga a outro amigo. Eles acharam piada um ao outro, tomaram um café ele levou-a casa a e ficaram pelo carro. Depois de um longo beijo, ela repara que ele SACOU-A LITERALMENTE PARA FORA. (Nota: Ela não lhe tocou, apenas foi um beijo). Olhando para o pequeno Pinipom ela disse que já não tinha idade para brincar com bonecos e que, portanto, não ia acontecer nada (como disse, somos meninas de respeito). Ele aborrecido, e como queria brincadeira, não faz mais nada e pega-lhe na mão, várias vezes, com o intuito de perceber se ela era capaz de pôr mudanças. Não foi. É menina que não conduz carros alheios assim com duas de treta. Ele, desesperado, agarrou no Pinipom e brincou sozinho (qual filho único). (SIM, SÓ ESTAVAM AOS BEIJOS).

Diga-me, Senhor Doutor G, isto é normal? Corremos o risco de passar pelo mesmo? Isto não é chato por causa das constipações? As mães não ensinam aos filhos que não a devem mostrar a qualquer uma sem mais nem quê? Que ela deve ficar quentinha, protegida e embalada em vácuo? Sabemos que são várias dúvidas, mas são realmente importantes nas nossas vidas. O público feminino agradece.
Sara, 22, Lisboa

Doutor G: Cara Sara, os homens são uns porcos, disso já todas deviam estar cientes. Também se pode dar o caso de serem as mulheres que são demasiado sensíveis, já que se fosse ao contrário e fosse uma mulher que levantasse a saia e começasse a tocar à campainha de satã, nenhum homem ficaria ofendido, muito antes pelo contrário. No entanto compreendo que seja de mau tom. Uma solução para esses casos é olharem para o rapaz e seu fiel amigo e dizerem "Olha, um pinipom!", como tu própria lhe chamaste. Quase que aposto que ele o vai meter de novo nas calças, com o ego ferido. Também se pode dar o caso de a tua amiga ter ar safadão e dar beijos como quem quer levar com ele já ali e tenha assim induzido em erro o rapaz. Ela que considere toda a situação como um elogio.



Está feito. Tentem abreviar as questões por favor, mas não deixem de partilhar e enviar as vossas dúvidas para porfalarnoutracoisa@gmail.com.


Até lá, façam muito amor à bruta, que de guerras o mundo já está cheio.





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