8 de abril de 2014

Crítica ao filme "Sei lá"



Pois é, parece que o livro da Margarida Rebelo Pinto, "Sei lá", está em formato de filme no cinema. Uma versão do "Sexo e a Cidade" à portuguesa, mas criado ainda antes do "Sexo e a Cidade" existir como eles tanto afirmam. Uma coisa é a Margarida plagiar-se a ela própria outra era plagiar outros. Mas já agora deixo só a dica que o "Sexo e a Cidade" não foi a primeira obra de ficção em que mulheres se fartam de achincalhar os homens sem no entanto saberem viver sem eles. Já tinha havido 932 antes. Bem vamos à crítica propriamente dita deste filme.

Primeiro que tudo o cartaz é giro. Boas gajas, com pernas à mostra, o que é sempre simpático. A da direita está com cara de quem está a ter um derrame mas acho que é coerente com a personagem. Pronto, os pontos positivos já estão, vamos agora aos negativos. No que difere isto do "Sexo e a Cidade"? No facto de um ter diálogos muito bem escritos, um sentido de humor inteligente e o outro não. Não preciso de dizer qual é qual, pois não?

Se o filme fosse ao contrário tínhamos ai as feministas de bigode à porta a dizer que era machista e inaceitável! A queimar soutiens encardidos e a desfraldar cuecas da avó ao vento, ainda com bocados de carcaça de ontem. Como é para enxovalhar homens é giro. Mas tenho para mim que este filme é mais machista do que muitos filmes pôrno de gangbang e bukakke (se não sabem o que é procurem no google mas não o façam no trabalho), da maneira como diminui as mulheres a seres independentes, mas que não conseguem ser felizes nem falar de mais nada a não ser de gajos. No fundo este filme é um elogio aos homens e da importância que nós temos na vida das mulheres. No trailer pode-se ler em letras cor de rosa que os homens são uns básicos, inúteis e uns "grandessíssimos cabrões", mas que as mulheres não "podem viver sem eles". Se as mulheres não podem viver sem seres dotados de tantas qualidades como as descritas isso fará delas o quê? Deixo no ar a pergunta, mas calculo que a resposta não seja "inteligentes".

Confesso que a Margarida Rebelo Pinto me faz comichão, e não é daquela boa que apetece coçar de mão cheia. E nem é pelas baboseiras que andou a dizer há uns tempos na TVÉ principalmente por uma vez, há uns bons 10 anos, lhe ter segurado a porta para ela passar na entrada Colombo (ainda sem ter visto que era ela), e ela passar toda pimpona a abanar o esqueleto, num andar sobranceiro e marialva, e nem obrigado nem o caralho soube dizer. Uma coisa é ser-se parva, outra é não ter boa educação. Sim porque eu fi-lo por cortesia, não foi certamente para apreciar o rabo fantástico que ela não possui. Eu sou um gajo que guarda rancores, bem sei, mas ficou-me marcado. Até me lembro que ia toda de branco, o que inviabiliza estar de mau humor por ter vindo de um funeral ou por estar com o período, aprendi eu nos anúncios da Evax.

Nem todos os filmes têm que ser profundos e inteligentes, podem ser apenas e só entretenimento puro, que descansar o cérebro também faz falta. O que me faz confusão é venderem-no como o retrato real da mulher portuguesa sofisticada. E nem é por mim, que sou gajo e não tomo isso como ofensa, é pelas mulheres inteligentes que conheço e que conseguem fazer frases completas e com sentido. E aqui até vou fazer uma coisa que é defender a sôdona Pinto. A culpa é de quem fez o filme! Porque fazer um livro não custa dinheiro e sendo uma merda, pela relação custo/qualidade, está bem melhor que o filme. Culpa foi quem o adaptou ao cinema de forma tão pobre, principalmente em diálogos, coisa que os actores, que são bons, mereciam melhor.

Para finalizar confesso que não li o livro nem tão pouco vi o filme, por isso a minha crítica vale o que vale. Mas se por acaso algum de vocês o vir digam-me lá se não tenho razão. "Ai mas se não viste como é que podes dizer mal?", perguntam alguns de vocês. Sei lá! Escrevo o que bem me apetece e ninguém tem nada a ver com isso! Estamos entendidos? Também nunca experimentei heroína e sei bem que faz mossa no corpinho. Vá, ficamos por aqui que já me estão a enervar com tanta pergunta.




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